quinta-feira, 28 de setembro de 2017

[Castle Fic] A (Im)Perfect Love Story - Cap.25


Nota da Autora: Quem é vivo.... sim, estou de volta! E a palavra de ordem do capitulo é: Maternidade! Fortes emoções, novas descobertas e muitos momentos cutes. As mamães reinando nesse capitulo e o papai... adivinha? Babando... Se é para chorar, que seja de alegria. Divirtam-se! 



Cap.25 

— Ok, Kate seu papel aqui é bem simples embora árduo. Primeiro quero que você não se esqueça de respirar ritmadamente. Castle, você é responsável por ela manter o foco. Eu irei contar até três e mandarei você empurrar. Use toda a força que puder, se agir assim é provável que Lily nasça rapidamente - Charlotte olhou para Castle que segurava a mão da esposa - eu vou precisar que você apoie as costas de Kate, Castle. Algumas vezes será necessário você segura-la pelos ombros com uma certa força. 
— Tudo bem - ele assumiu a posição que a médica desejava.
— Quando eu contar até 3 e pedir para você empurrar, use toda a força que puder. Preciso ter uma ideia de como estamos para trazer Lily ao mundo. Comigo, um, dois, três, empurre! - Beckett obedeceu soltando um grito pela força que fazia e pelo efeito de uma nova contração. Charlotte balançou a cabeça satisfeita - ótimo trabalho, mamãe. Você vai ter que fazer isso várias vezes. Respire… Castle, enxugue a testa dela. Kate, prepare-se para o segundo empurrão. Na minha contagem. Um, dois, três. Empurre! 
E Beckett obedeceu. Repetiram o gesto por três vezes. Agora já não segurava mais a mão do marido, Beckett empurrava arfando e gemendo, na ultima tentativa agarrou o braço de Castle firmemente o que o escritor imaginou que deixaria marcas, sem contar as unhas na pele. Castle respirou fundo. Sabia que ela não fazia por mal. Ela estava visivelmente exausta e irritada. Quando ouviu Charlotte dizendo que ela teria que fazer força outra vez, praticamente entregou os pontos. 
— Não, eu não consigo… já chega. E-eu estou cansada… e com dor…não posso! - Castle enxugou a testa dela, as mãos massageavam as costas. 
— Claro que pode, amor. É só um empurrãozinho - bastou ver o olhar que ela dirigiu a ele para entender que tinha cometido um erro.  
— Empurrãozinho? Quero ver você fazer metade do que eu estou fazendo! - sim, o tom de voz era de irritação. 
— Você sabe que eu não conseguiria… mas vai ter que fazer. Você está indo muito bem, Beckett. Pense que você já enfrentou tantas coisas piores, correu atrás de bandidos, lutou, você é forte…
— E-eu estou cansada, não tenho mais forças… 
— Não, isso não é verdade. Você tem força para enfrentar um batalhão. Você não está cansada, isso é psicológico. Mentalize e… - mas Castle trocou a próxima palavra por um grito - aiaiaiai!!! Meu Deus, mulher! Vai arrancar minha orelha! - o gesto que ela já fizera tantas vezes, no segundo anterior fora quase brutal. Percebendo o semblante de dor do marido, ela se arrependeu. 
— Oh, babe… desculpa… e-eu sinto muito… não queria e…- ela ergueu a mão para tocar o rosto dele, porém Castle se esquivou com medo de receber outro beliscão - eu não vou machucar você, já disse que sinto muito. Eu só quero que isso termine, quero minha filha… 
— Se quiser ver Lily, terá que empurrar - disse Charlote - vamos, Kate. Estamos quase terminando. Prometo que não demorara, logo segurará sua filha nos braços. Pronta? - ela trocou um olhar com Castle, encontrou no gesto o incentivo que precisava - Respire. Na minha contagem, certo? Um, dois, três e empurre! - Beckett usou toda a sua força para o próximo empurrão. O grito dela ecoou na sala. Sorrindo, Charlotte respondeu - eu posso ver a cabeça, vamos outro como esse. Um, dois, três… empurre! - e Kate fez. Charlotte vibrou afirmando - eu estou segurando a cabeça, mais um Kate! - ela obedeceu. A cabeça e os ombros da criança já apareciam. Bastava mais um empurrão. Castle já correu para o lado da médica ansioso para saber se estava tudo bem - prometo que é o ultimo. Empurre! - Beckett usou todo o resto das suas forças e apertou os lençóis e o colchão empurrando e gritando. Um chorinho surgiu baixo a principio, porém crescendo de segundo a segundo até tomar conta de toda a sala de cirurgia. 
Castle ria olhando para o pequeno bebê a sua frente. Beckett reparou que os olhos azuis estavam cheios d’água, ela também estava ansiosa, queria saber o que estava acontecendo. 
— Castle, fale comigo! Ela está bem? - ele olhava maravilhado para a criança. Com o celular em mãos, ele filmava os primeiros movimentos da filha.  
— Dez dedinhos nas mãos, dez nos pés. Dois belos olhinhos, um nariz e… essa boquinha! Meu Deus! Ela é perfeita, Kate… - as lágrimas escorriam pelo rosto. Charlotte entregou a tesoura para Castle. 
— Bem-vinda ao mundo, Lily. Faça as honras, papai - Castle pegou a tesoura, os dedos trêmulos embora sorrisse. O celular foi esquecido. Essa não era sua primeira vez, porém ele a considerava tão diferente, tão especial. Finalmente, ele conseguiu cortar. Charlotte enrolou a menina em uma das mantas do hospital. Carregando a bebê nos braços, a médica se aproximou de Kate colocando a menina sob seu colo - olha quem chegou mamãe. 
Kate olha maravilhada para a menina. Com uma das mãos, ela acariciou o rosto de Lily bem de leve. O sorriso estampado no rosto. Castle estava outra vez ao seu lado limpando as lágrimas e sorrindo. 
— Hey, Lily… seja muito bem-vinda. É um prazer conhece-la finalmente. Sabe quem sou eu, meu amor? Sua mamãe. Você é tão pequena, tão indefesa. Eu prometo que vou amar muito você. Cuidar, proteger. Always… - as lágrimas de Castle que haviam cessado, tornaram a cair - e quem é esse bobo chorando ao meu lado, filha? É o seu daddy, daddy bobo parece uma manteiga derretida - ela olhou para o marido sorrindo. Castle beijou-lhe os lábios. 
— Hey, minha princesa. Papai está muito feliz em ver você. Minha rainha e minha princesa, eu definitivamente sou o cara mais sortudo do universo. Amo tanto vocês… always - ele disse olhando para a esposa - ela fala de mim, mas o rosto está molhado pelas lagrimas, Lily. Parece que você tem o dom de emocionar as pessoas, minha filha - Era um sentimento intenso, difícil de explicar. A menina parecia atenta aos sons oriundos da voz de Castle e Beckett, como se fosse possível um certo reconhecimento. Parecia fita-los atenciosamente o que de fato não ocorria, recém nascidos não percebem tanto o ambiente assim. Havia uma magia no ar. Charlotte se aproximou e pediu licença. 
— Eu acredito que precisamos limpar a nossa Lily, checar sua saúde e arruma-la. Então, enquanto a enfermeira faz isso, eu vou finalizar com você e transferi-la para um quarto. Lily logo estará em sua companhia. Não vai demorar. Você terá que alimenta-la, deve estar faminta - Charlotte chamou pelo residente pedindo para que ele cuidasse do quarto. Limpou o local, livrou-se da placenta. Castle enxugou o rosto de Kate - como se sente, mamãe? 
— Cansada…não, exausta e extremamente feliz. 
— Está só começando. Castle, enquanto transferimos sua esposa para o quarto, que tal dar a boa noticia aos demais? Aposto que os avós estão ansiosos por novidades e Johanna deve estar morrendo! 
— Eu vou - ele beijou a cabeça de Kate e depois os lábios - eu já volto. Eu amo você - ele saiu quase correndo, Kate riu do jeito do marido. Seu eterno menino grande. 
Castle apressava o passo rumo a recepção do hospital. Ao ver o filho vindo agitado ao seu encontro, Martha soube que a neta nascera. Abriu um sorriso e esperou para ouvir dele a novidade. 
— Nasceu, mãe. Ela nasceu, Lily! Deus! Ela é linda! 
— Oh, Richard… - Martha abraçou o filho sorrindo - estou tão feliz por vocês. Como está Katherine? 
— Ela está bem, cansada. Mas acho que nunca vi minha esposa tão feliz. Exceto no dia do nosso casamento - Jim se aproximou para abraça-lo. 
— Parabéns, papai. 
— Parabéns para você também, vovô. E cadê a Johanna? 
— Ela foi chamada para dar uma consulta a um colega - disse Jim. 
— Ela precisa saber que Lily nasceu, vou avisa-la e… 
— Calma, Richard. Primeiro nos diga, já podemos ver nossa neta? 
— Ainda não, Charlotte está providenciando a transferência de Beckett para um quarto. Está cuidando de Lily. Imagino que não vai demorar muito, ela disse que Lily tem que comer. E-eu vou atrás de Johanna - Castle se dirigiu até o balcão da recepção - com licença, pode localizar a Dr. Marshall para mim? 
— A doutora não está trabalhando hoje. Terá que voltar outro dia - Castle suspirou. 
— É, Cindy certo? Seu nome? - a moça olhou intrigada para ele - eu sou Castle. Minha esposa é a policial grávida que estava com Johanna, que salvou a vida dela. Eu sei que ela está em algum lugar do hospital. Voltou porque sabia que minha mulher estava prestes a dar a luz, portanto será que você poderia fazer a gentileza de localiza-la? 
— Oh! Sua esposa é a grávida? Do tiroteio? 
— Ela mesma. 
— E-eu vou localizar a doutora. Um minuto - Castle apenas sorriu. 
Johanna tinha se ausentado da companhia de Martha e Jim a pedido de Daniel. Ele estava com um paciente e necessitava de uma consulta. Claro que não se negaria a ajuda-lo, ele era o único medico da traumatologia trabalhando já que ela fora dispensada por causa do ataque e Paul não estava escalado. Mesmo o namorado estando no hospital, o Dr. Lewis não quis força-lo a trabalhar. Queria que os dois tivessem uma pausa do dia tumultuado que viveram, porém Paul acabou ajudando fazendo uma certa triagem nos pacientes mais urgentes e reorganizando o funcionamento do hospital. Claro que muitos pacientes foram transferidos para outros locais. 
A médica observava uma tomografia analisando a imagem quando seu bipe soou. Era da recepção. Por alguns segundos ela demorou a deduzir o que a mensagem significava. Estava tão absorta no quadro clinico do paciente que esquecera do fato que Kate estava em trabalho de parto. 
— Eu acredito que a sua conclusão é aceitável. Realize o procedimento, Daniel. Desculpe, mas eu preciso ir a recepção. 
— Johanna, você não está trabalhando. Se é um novo paciente, eu darei conta dele. Não tem que se envolver hoje. Deveria estar em casa. 
— Não, é Kate. Eu acho. A bebê. Ela estava em trabalho de parto. Você sabe do Paul? 
— A ultima vez que chequei ele estava na enfermaria #3. 
— Certo, eu o encontro. Preciso ver Kate - Johanna deixa a sala rumo a recepção. Pega o celular no bolso e liga para o namorado. Paul atende no terceiro toque - oi, onde você está? Acho que Lily nasceu. 
— Estou saindo da enfermaria do terceiro andar. Encontro você na recepção? 
— Sim - ela desligou e apressou o passo estava ansiosa para ver a menina. Avistou Castle conversando com a mãe - Castle? - ele virou-se na direção dela. Bastou ver a felicidade no rosto dele para ter a certeza - Lily nasceu. 
— Sim, Johanna. Ela nasceu e… - mas a médica voou no pescoço dele abraçando-o. 
— Parabéns, papai. Ah, eu estou tão feliz! Como ela é? Como está Kate? Podemos vê-la? Cadê a Charlotte…
— Hey, relaxa. Você conhece a rotina melhor que eu. Ela está bem, as duas estão. Beckett irá para um quarto então podem vê-la - nesse instante o residente que estava auxiliando Charlotte aparece. 
— Com licença. Sr. Castle? Pode me acompanhar até o quarto de sua esposa? 
— E quanto a nós? - Martha perguntou - quero ver minha nora e minha neta também. 
— Todos poderão vê-la em pouco tempo. A doutora virá avisa-los. O quarto é de numero 12. 
— E cadê a Charlotte? 
— Está com a paciente no quarto. Quer que eu a chame, Dr. Marshall? 
— Não precisa, eu verei Kate em breve então falo com ela - o rapaz desapareceu com Castle pelo corredor. ao chegarem no quarto, ele a viu sentada na cama. Os cabelos penteados, o rosto limpo embora aparentasse cansaço. Também trocara de roupa. Aproximou-se da cama. As mãos buscando uma a outra. 
— Hey… 
— Hey…
— Como você está? - ele beijou a testa dela - certo, foi uma pergunta retórica. Posso ver no seu rosto o misto de felicidade e cansaço. Eu nunca pensei que minha mãe fosse ficar tão animada com uma nova netinha. Está ansiosa para ver Lily e também perguntou de você. Alias seu pai também ficou calado, mas pude ver em seu rosto o quanto quer lhe ver. 
— Que bom! E Johanna? 
— Essa está só alegria. Lily vai ser muito paparicada. 
— Estou percebendo. Diga para Johanna sossegar. Ela precisa dar prioridade à familia. E olha quem chegou… a estrela da festa - a enfermeira trazia a menina nos braços com um dos bodies que Beckett trouxera e estava enrolada na manta roxa. Kate a pegou nos braços - atenção mamãe e papai, eu medi 51 cm e 3,3 kg. Sou um bebê saudável e perfeito. Nada mal para quem nasceu com aproximadamente duas semanas de antecedência. 30 de maio às 11: 12 da noite. Você vai querer furar a orelha dela agora? Ou vai deixar para mais tarde? 
— Já vai levar furada? Tadinha! 
— Vá se acostumando, mamãe. Tem muita vacina ai pela frente. Vou buscar sua mãe e seu pai. Eles já esperaram demais para ver a neta - mas nenhum dos dois estavam prestando muita atenção no que Charlotte dissera. Eles se perdiam olhando maravilhados para a filha. 
— Oi, Lily… sentiu saudades da mamãe? Eu estou aqui de novo. Conta para mim o que você está achando dessa nova vida? É tudo muito estranho, não meu amor? Mamãe entende. E o daddy? Ele está babando na sua beleza. 
— Estou mesmo. Minha princesa puxou para você. O cabelinho, os olhos. E essa boquinha, os lábios. É a mãe todinha. Sua cópia, Kate. 
— O que me leva a concluir que se ela sou eu na aparência, deve ser igual ao pai na personalidade. Terei que me preparar bem para lidar com Castle em miniatura. 
— Quem garante que ela será como eu? Pode ter puxado a você, nem quero imaginar o que sera ter uma mini Beckett pela casa mandando em todo mundo e… vamos todos obedecer porque não poderemos dizer não a uma fofura como você. 
— Teremos que dizer não eventualmente, Castle. Não é assim que se educa uma criança e…
— Shhhh, mamãe pare de discutir com o papai porque agora é hora de conversar comigo - o jeito de Castle fez Beckett sorrir. Nesse instante, Martha e Jim entram no quarto e encontram seus filhos debruçados na pequena com olhares bobos - Lily, você tem ideia de como é linda, hum? Sabe, minha princesa? - a menina esboçou o que lembrava um sorriso - oh, meu Deus! Você sorriu para o papai? Sorriu, sim… nós amamos tanto você, eu e a mamãe. Muito mesmo. Always - ele trocou um olhar com a esposa que sorriu, ambos voltaram sua atenção para a menina. 
— Olhe para eles, Jim. Estão no papel perfeito. Dois bobocas babando na filha. Te lembra algo? 
— Ah! E como, Martha… bons tempos. Joh, ela… não parava de sorrir um segundo quando tinha a pequena Katie nos braços - Martha reparou que ele estava emocionado. Eles se aproximaram da cama - oi, filha. Estamos aqui para conhecer nossa netinha. Hey, Lily! Seja bem-vinda ao mundo. Posso segura-la? 
— Claro, pai - ela ergueu a criança entregando para Jim. Sorrindo, ele acariciava a cabecinha da neta com carinho. 
— Hey, Lily. Eu sou seu vovô Jim. É um prazer conhece-la, bebê. Você é bem parecida com sua mãe, sabia? Olhando para você agora, me fez lembrar do dia em que sua mãe nasceu. Linda, assim como você - ele trocou um olhar com a filha. Martha se juntou a Jim para mexer com a menina. Logo tinha a neta no colo. 
— Ah, Katherine… ela é a sua cara. Lily, sou sua vovó. Mas vai demorar até conseguir me chamar assim. Prometo que vou ajuda-la a levar seus pais à loucura porque é isso que vovós fazem - ela sorriu para Kate. 
— Estou começando a ficar com medo - disse Castle - o que você acha, amor? 
— Acho que Martha está em seu papel de vó. Mimar os netos é prioridade, não? 
— Exatamente, Katherine - ela entregou a criança para a mamãe outra vez. Kate cheirou a cabeça dela. Deus! Ela adorava o cheirinho da sua Lily. Foi a vez de outra convidada ansiosa se juntar à festa. Johanna entrou no quarto. Um imenso sorriso no rosto quando se deparou com a imagem de Kate cheirando sua filha. 
— Olha a mamãe lambendo sua cria… ah, Katie! Você está irradiando felicidade. Cadê a minha afilhada? - ela já estava ao lado da cama olhando para a pequena - ela é linda. Hey, Lily. É sua dinda Joh. Posso? - Beckett meneou a cabeça dando permissão para a amiga pegar a criança em seu colo. Por uns segundos, Johanna ficou calada contemplando encantada a pequena -  Vamos nos divertir muito, ok? Você terá sua dinda sempre ao seu lado. É só gritar Joh! E eu apareço. Mal posso esperar para você começar a explorar o mundo. Um sorriso! Ah, que fofo. Tia Joh ama você - Kate trocava um olhar com o pai. Ouvir Johanna conversando com a filha a fez lembrar de sua própria mãe. Ela suspirou. Nesse momento, Lily começou a reclamar. Beckett reparou que a pequena mexia a boquinha constantemente. O chorinho aumentou. 
— Alguém está com fome. Que tal dar a sua primeira refeição? Mamãe é com você - disse Johanna olhando para a amiga - e precisamos de privacidade. 
— Ela tem razão e isso se aplica a você, Richard. 
— Mas ela é minha filha quero vê-la mamando - a cara de chateado de Castle fez Johanna rir. 
— Você terá outras oportunidades. Agora é um momento entre mãe e filha - ela disse empurrando o escritor em direção à porta. 
— E por que você pode ficar? 
— Vou apenas orienta-la depois saio também. Vamos quanto mais tempo você demora, mais fome ela tem e não deve irritar sua filha. 
— Vai, babe. Prometo que a próxima você estará ao meu lado - Beckett jogou um beijo no ar para o marido. Resignado, ele deixou o quarto.
— Certo, primeiro vamos fazer uma sepsia nos seios. Temos que assegurar que estão livres de qualquer contaminação - a enfermeira ajudava Kate - sua vez de segura-la. Apoio o braço na parte de trás da cabeça, isso. Ofereça o seio. Lily vai tentar abocanha-lo, não necessariamente conseguirá de primeira ou pode solta-lo também. Você deve assegurar que ela está realmente mamando. Isso, leve a boquinha dela rente ao seio - Beckett observava o jeito da filha tentando abocanhar seu mamilo. Mexia a cabecinha várias vezes até que finalmente conseguiu o que queria. 
Quando isso aconteceu, Kate soltou um gemido baixo. Naquele momento, ela experimentava a sensação plena de sua maternidade. Os gestos feitos por Lily enquanto sugava seu seio lhe proporcionava uma sensação de prazer inigualável. Prazer não no sentido promiscuo da palavra. Era algo mais que reconfortante, era uma ligação diferente de tudo o que já sentira. A pequena mão de Lily estava apoiada em seu seio. A boca sugando sem parar e os olhos fechados como se quisesse aproveitar o momento como um todo. Kate desliza os dedos de leve pela cabecinha da menina. As lagrimas se formavam nos olhos dela. Kate não conseguia explicar o que estava sentindo. Amor? Definitivamente. E talvez seja isso o que as pessoas chamam de felicidade. 
Lily soltou o seio da mãe, a boquinha procurava por mais. A enfermeira se aproximou e ajudou-a a mudar de lado. 
— Você tem que estimular a produção de leite dos dois seios - disse Charlotte. Somente então Beckett saiu do seu transe percebendo que Johanna não estava mais no quarto - quanto mais Lily sugar, mais leite seu corpo irá produzir - a pequena voltava a sugar o outro seio fazendo Kate sorrir. Novamente, Kate experimentou a sensação de plenitude. O sorriso se expandia no rosto. Podia ouvir pequenos gemidos da filha. Ela devia estar adorando tudo aquilo. 
Beckett nunca pensou que se sentiria assim. Explodindo de felicidade. O que experimentava ali, naquele exato momento, era a sua ligação com Lily. Então era isso que significava ser mãe? Alimentar, proteger, amar incondicionalmente. Saber que aquele pequeno ser depende de você, conta com a sua ajuda para crescer, aprender, viver. A emoção que a tomava era avassaladora. Intensa e reconfortante. Ela faria tudo por sua Lily. O rosto estava marcado por umas lagrimas teimosas que escaparam. 
— Eu amo tanto você, minha pequena. Terá que ter paciência com a mamãe porque tudo isso é novo para mim também. Vamos aprender juntas. Se sua vó Joh tivesse aqui, ela me ensinaria tudo. Eu vou tentar me lembrar de varias coisas que ela dizia e fazia para mim. Seu daddy também vai me ajudar, vovó Martha e sua dinda…. Joh. Prometo que nada acontecerá com você, prometo que estarei cuidando, brincando sempre. Iremos crescer juntas, Lily. Saiba que eu amo cada pedacinho de você. Lily, você é fruto de uma historia muito especial. Imperfeita em muitos sentidos, mas uma historia de luta, confiança e amor. Um dia eu lhe contarei como eu e seu pai ficamos juntos e como decidimos que precisávamos de você. Eu te amo tanto, minha menina. Como o daddy diz, always. 
Lily finalmente se deu por satisfeita largando o mamilo da mãe. Ela quase ronronava de satisfação. A enfermeira novamente se aproximou e orientou Kate a coloca-la de bruços em seu ombro explicando que após toda a mamada, ela deveria colocar a filha nessa posição para arrotar e evitar que a criança sentisse dores ou ficasse com gases. Deveria bater de leve em suas costas e somente tira-la da posição após ouvir algum som ser emitido. Por cinco minutos, ela segurou a filha fazendo o que a enfermeira lhe dizia. Lily emitiu pequena arrotos fazendo a mãe sorrir. 
— Ela deve dormir agora? - perguntou Kate. 
— Com certeza. Dormirá umas três horas e voltará a querer mamar. Se prepare que sua noite será longa - disse Charlotte. Beckett notou que a filha já adormecera em seus braços - a enfermeira a colocará no bercinho. Vai passar a noite ao seu lado. Você deveria aproveitar e descansar também. Quando o bebê dorme, a mamãe faz o mesmo. Alem do mais, você não teve um minuto de descanso ainda desde que tudo começou. Vou mante-la no hospital até amanhã à tarde. Descanse. Vou alertar Castle sobre seu descanso. Acredito que ele passará a noite com você, não? 
— E você acha que alguma de nós conseguiria faze-lo ir para casa? - elas riram - obrigada por tudo, Charlotte. Sei que não fui uma paciente fácil em especial nesse ultimo episódio. 
— Você é meio rebelde, mas é uma boa paciente. Será uma ótima mãe, Kate. Vejo você amanhã - Charlotte saiu do quarto e Beckett encostou a cabeça no travesseiro fechando os olhos. Sim, ela estava muito cansada. 
Do lado de fora, a euforia tomava conta dos vovôs e do papai. Johanna e Paul também eram parte da conversa animada que se desenrolava quando Charlotte surgiu. 
— Certo, pessoal. A farra acabou. Hora de irem para casa.Lilly já mamou e está dormindo. Kate merece descanso e acredito que vocês também. Johanna, você sequer deveria estar nesse hospital depois de tudo o que aconteceu. Paul, leve sua namorada para casa. E você, Castle pode ficar com sua esposa, porém deixe-a dormir. Estará ao seu lado para dar apoio. Eu volto para vê-la pela manhã. Já dei todas as orientações necessárias para a enfermeira e o residente de plantão. O que estão esperando? Vão para casa. 
Todos obedeceram Charlotte. É claro que Castle sabia do cansaço da esposa, porém antes dela dormir, a enfermeira trouxe um mingau de aveia e um suco visto que Beckett não se alimentava desde o momento que entrara naquele hospital. Ao terminar de comer, ela se aninhou no travesseiro. Castle estava ao seu lado, acariciou-lhe os cabelos e beijou-lhe a testa. 
— Você está sentindo alguma dor? 
— Estou um pouco dolorida devido ao parto, mas é normal. Charlotte me orientou quanto a isso. 
— Então feche os olhos e durma. Siga o exemplo de Lily. 
— Está bem - Beckett fechou os olhos e suspirou. Castle ficou ao seu lado até se certificar que ela dormira. Depois, ficou velando o sono da filha por um tempo e finalmente se rendeu sentando-se na poltrona ao lado da cama e adormecendo. 
Por volta de quatro e meia da manhã, Lily dá sinal de que estava com fome. Era a hora da segunda amamentação. Castle acordou com o chorinho e com todo cuidado pegou a filha nos braços e levou até a mamãe que também já acordara e estava pronta para amamentar sua cria. Castle a acomodou no colo de Kate e esperou que a menina sugasse o seio da mãe. 
Enquanto Lily mamava, Kate falava baixinho com a filha acariciando de leve os cabelos parcos e o rostinho. Estava absorta em seu próprio mundo e Castle, bem, Castle observava encantado o pequeno espetáculo que ocorria a sua frente. Tinha um olhar abobalhado. Um dos maiores símbolos da maternidade. Ele não sabia explicar, mas sua esposa estava mais linda que antes se é que isso era possível. Havia uma aura luminosa emanando dela, um vibração de felicidade ao redor de Beckett. Era emocionante vê-la com a filha. No fundo, Castle estava realizando um sonho que nascera no instante em que ele conhecera Kate Beckett e decidira que ela seria sua mulher custe o que custasse. Era algo que sua mente sempre planejara, porém que se negara dizer em voz alta exatamente para não assusta-la, porque conhecia muito bem a personalidade da mulher que amava, da sua esposa. Não se deu conta de que lagrimas molhavam seu rosto até sentir um gosto salgado em seus lábios. Ele limpou-as rapidamente. 
Beckett trocou a filha de lado e quando Lily por fim se satisfez, ela realizou o ritual seguinte. Estava estranhando o silêncio do marido, contudo não podia culpa-lo. Ela se fechara em seu próprio mundo e conhecendo Castle, ele apenas estava dando um tempo para que pudesse realizar sua tarefa à vontade. 
— Castle, pode coloca-la de volta no berço? 
— Claro - ele realizou a atividade em silêncio. Após acomodar a filha, cobriu-a com a manta e sentou-se na poltrona outra vez. Nenhuma conversa. 
— Por que você está tão calado, Castle? Algum problema, babe? Está cansado? Se quiser pode ir para casa, volte amanhã. Nós não iremos a lugar algum. 
— Eu estou bem. Não deixarei você sozinha. E-eu apenas estava perdido entre pensamentos e admirando a bela cena a minha frente - ele se levantou da poltrona aproximando-se da cama e segurando a mão dela - eu sonhei tanto com esse momento. Antes mesmo de ficarmos juntos, Kate. 
— Você sonhava em ter outro filho? Comigo? Por que?
— Sim, sonhava. Sempre foi você, Kate. A minha pessoa, meu par, a minha chance de ser feliz - ele se debruçou na cama e beijou-lhe os lábios - volte a dormir, aposto que nossa Lily vai acordar daqui a três horas para comer outra vez - ela sorriu.  
Por volta das sete da manhã, logo após Kate dar uma nova mamada para Lily, Johanna surge no quarto. Ela ficou um tempo com a amiga para que Castle pudesse comer alguma coisa. Mais tarde, foi a vez de Jim aparecer e Castle tratou de informar Ryan sobre o nascimento de sua filha. O amigo vibrou e disse que ia ligar para Espo em seguida. 
Charlotte veio checar suas pacientes por volta das dez da manhã. Ficou bastante satisfeita com o que encontrou. Fez um exame rápido em Beckett, deu várias orientações e confirmou que ia dar alta a elas ao meio-dia. Paul tornou a aparecer no quarto em busca de Johanna. Ele estava de plantão, mas a médica recebera três dias de folga devido ao atentado que sofrera. 
— Kate, será que você consegue colocar um pouco de juízo na cabeça dessa sua amiga? Ela devia estar longe desse lugar. Recebeu três dias de folga que podia estar descansando ou aproveitando ao lado de Audrey, mas ela teve que se levantar cedo e me acompanhar até o hospital. 
— Eu disse que voltaria para ver Kate e Lily. 
— Tudo bem, mas às seis da manhã? 
— Paul tem razão, você deveria aproveitar para curtir sua filha. Em menos de um mês ela irá viajar. 
— Vocês são dois chatos! Cadê o Castle para me apoiar nessas horas? - Paul e Kate trocaram um olhar rindo da médica logo em seguida. Cinco minutos depois, Castle surge com um copo de café que supostamente bebia, era o segundo. A enfermeira vinha atrás com um lanche para Beckett. Frutas, iogurte e para beber suco de laranja. 
— Castle, isso é covardia! O cheiro desse café vai me matar. Eu ainda não posso tomar. 
— Desculpe, Beckett. Irei seguir todas as ordens médicas que recebi a risca. E sabia que Johanna estava precisando de cafeína a essa hora da manhã. 
— Johanna? Mas é você quem está bebendo… - resmungou Beckett. 
— Acertou - disse a médica tirando o copo das mãos de Castle - Será que você pode me ajudar a convencer esses dois que não há nada de errado em eu querer vir ao hospital ver a minha afilhada? 
— Não tem nada de errado, mas você deveria estar descansando. É o mínimo depois do stress com Ron. 
— Está vendo? Nem o Castle concorda com você, Joh. Vá ficar com Audrey. 
— Castle! Deixa de ser traidor. Você deveria ter ficado ao meu lado - ele deu de ombros - e quanto a você… - ela pensou um pouco no que ia falar - quer saber? Eu vou passar minha folga somente com Audrey, três dias e noites inteiros com a minha filha, ouviu bem Paul? 
— Ui! Alguém vai ficar sem diversão por um tempo - comentou Castle. Beckett riu. Paul olhava provocando a namorada como quem diz “duvido”. Ela fechou a cara, deu um beijo em Kate, fez um carinho em Lily e antes de sair do quarto, acrescentou - implicantes! 
Mais tarde, assim que Charlotte assinou a alta de Beckett, Castle ajudou-a a descer da cama. Tomou banho com a ajuda da enfermeira e vestiu-se sozinha embora devagar. Depois, foi a vez da mamãe com a orientação da enfermeira de trocar a fralda e a roupa de Lily para que ela deixasse o hospital. Conforme prometera para o pai, ela colocou o agnus dei no body vermelho, azul e branco que Lily usava. Também calçou os sapatinhos vermelhos que a dinda dera. Claro que o papai babão tirou uma foto dos seus dois amores juntos. 
Caminhando lado a lado e apoiando-a com cuidado, Castle levou a esposa até seu carro. Acomodou-as na parte de trás e sentou-se ao volante. Sabia que o carro de Beckett ainda estava estacionado na frente do hospital. Fez uma nota mental para ligar para Ryan e pedir para que viesse busca-lo. Martha já telefonara para o filho avisando que ela e Jim estavam esperando os dois com um almoço saudável para Kate. Ele não tinha pressa queria levar a esposa e a filha com segurança para casa. Vez ou outra, ele virava-se para trás e perguntava como Beckett estava apenas para se certificar que tudo estava indo bem. 
Ao chegar no loft, ele fez questão de auxilia-la na saída do carro e carregar o máximo de coisas que tinham levado. Como tudo acontecera no susto, coube a Martha fazer o papel de anjo da guarda ao levar valise pronta para o hospital. Pegaram o elevador e estando de frente para a porta do loft, Castle pediu. 
— Amor, você espera apenas um pouco? Eu realmente quero filmar a chegada da nossa filha em casa. Não tive condições de filmar nada no hospital.  
— Tudo bem, vá em frente - ele pegou o celular, acionou a camera e se pos a gravar. Primeiro um close na mãe e depois na menina. Kate sorria satisfazendo a vontade do marido. 
— Hoje nossa pequena princesa Lily está vindo para sua casa pela primeira vez. Vai conhecer o lugar onde eu e a mamãe vivemos vários momentos especiais. Irá conhecer o seu quarto e descobrirá que aqui ela vai ser muito feliz, aqui ela pode tudo. Bem-vinda ao lar, Lily! - ele finalmente abre a porta do loft ainda filmando a pequena. Martha e Jim estavam na sala aguardando, Castle fez sinal para eles ficarem calados. O escritor descrevia para a filha a casa até mencionar os avós - e aqui estão vovô Jim e vovó Martha, kiddo. 
— Ela está usando o agnus dei como você pediu, pai. 
— Ela está linda, filha. 
— Vamos conhecer seu quarto, Lily? - Castle deixou Beckett ir na frente com a menina. Ao entrarem no quarto minuciosamente preparado com todo amor e carinho para a filha, Beckett sentiu um arrepio no corpo. Estava realmente acontecendo. Agora ela era mãe, tinha uma familia. O marido continuava mostrando as coisas do quarto para Lily como se a criança entendesse o que ele estava falando, Beckett não se importava. Ela mesma estava um tanto quanto perdida em pensamentos e realizações. A ficha começava a cair enfim - e por ultimo, Lily vou dizer que a cor roxa é a preferida da mamãe e os elefantes também. Por isso tem um em seu berço.
A menina começou a reclamar no colo de Beckett, os gemidos se transformaram em choro. 
— Acho que ela está com fome outra vez. 
— Sente-se na poltrona e a alimente, Kate - ela fez o que o marido dizia, antes porém, ela pediu para que ele segurasse a criança a fim de se livrar as roupas que usava. Ficando apenas de sutiã, acomodou-se na cadeira e colocou uma almofada grande para apoiar a menina que ajudaria no processo de amamentação. Castle devolveu Lily para a mãe e esperou Kate estar segura do que fazia e Lily abocanhar o seio da mãe para deixar o quarto dando uma certa privacidade a elas. 
Beckett continuava deslumbrada diante do ato de amamentar. Ali era o seu cantinho especial a partir de agora, seu e de Lily. A menina devorava o leite materno. Observando o comportamento da filha, ela se lembrou outra vez da mãe. Será que dona Johanna também se sentiu assim tão maravilhada quando a segurara em seus braços e amamentara? Sera que foi pega de surpresa por uma emoção inexplicável? Ela gostaria muito de saber, de dividir suas experiências com a mãe, infelizmente não era possível. Ela soltou um longo suspiro. 
Percebeu que estava na hora de trocar a filha para o outro seio. Assim que o fez, seus pensamentos voltaram a mãe e a saudade que sentia dela. Pelo menos não iria fazer isso sozinha. Tinha Castle, Martha, seu pai e tinha Joh. Eles ajudariam a tornar tudo mais fácil e Johanna, assim como o marido, tinha um papel especial nessa nova jornada. 
— Está satisfeita, meu amor? - ela perguntou ao ver que a menina soltara o bico de seu seio - acho que alguém quer dormir - Beckett cobriu o seio com o sutiã, ergueu a filha e completou o ritual de amamentação outra vez. Logo Lily estava dormindo. Com todo o cuidado, ela colocou a filha no berço. Certificou-se que havia proteção suficiente e pegou a babá eletrônica, Ao chegar na cozinha, encontrou todos conversando - ela dormiu. 
— Ótimo. Aproveite para se alimentar. Mais do que nunca uma alimentação saudável é fundamental para ajudar na produção de leite. Sente-se, Katherine. Estávamos esperando por você. 
O resto do dia transcorreu muito bem. O maior trabalho estava com Kate que alimentava a pequena de quatro em quatro horas. Castle cuidava das fraldas. A noite continuavam no mesmo ritmo bem como o fim de semana, afinal essa seria sua rotina a partir de agora. 
Na segunda-feira às oito horas da manhã, Gates estava no 12th distrito. Ryan sempre um bom seguidor do regulamento havia ligado para a capitã assim que terminou de falar com Castle para contar a novidade a sua superiora. Era por esse motivo que ela estava ali reunindo todos os policiais da delegacia gerida por Kate Beckett. 
— Bom dia a todos. O motivo de eu estar aqui tão cedo pela manhã é para comunicar que no ultimo sábado, a capitã do 12th distrito deu a luz a uma menina saudável e linda. Lily e a mãe estão bem e em casa, Beckett está oficialmente de licença maternidade. Contudo eu gostaria de ressaltar que antes da chegada de Lily, a capitã demonstrou o porque dela ser tão respeitada na NYPD. Beckett esteve na operação que capturou o sequestrador do hospital presbiteriano, ela serviu de isca e conseguiu detê-lo entrando em trabalho de parto logo depois. Eu enviei um buque de flores para cumprimenta-la pelo nascimento da filha em nome de toda a equipe do 12th e da 1PP. A partir desde instante gostaria de comunicar que o comando dessa delegacia está nas mãos do Lieutenant Ryan que responderá como capitão interino até a volta de Beckett. Portanto, espero que obedecem e respeitem o substituto que Beckett fez questão de escolher antes de se ausentar. Mais do que isso, continuem mantendo a performance alta para honrar o trabalho e o reconhecimento que a capitã de vocês tem por essa equipe. Estão dispensados. Bom trabalho. 
Os demais policiais e detetives vieram cumprimentar Ryan. Ele agradeceu e reforçou que todos deviam continuar o bom trabalho por Beckett. Mais tarde, dirigindo-se à sala da capitã, ele pegou o telefone e ligou para ela a fim de saber como estava e dar a oportunidade de sua superior lhe fornecer os últimos conselhos antes de assumir a sua nova função por quatro meses. 
Beckett ficou feliz com o telefonema do amigo. Agradeceu as flores e quis saber como tinha sido a passagem de bastão. Após ouvir o que Ryan relatara, como o próprio Lieutenant esperava, ela lhe deu vários conselhos, dicas e recomendações reforçando que ele poderia ligar sempre que precisasse. Ele agradeceu por tudo e pela confiança depositada em seu trabalho e prometeu visita-la assim que a pequena tivesse um mês. Ao vê-la desligar o celular e suspirar, Castle sorriu e beijou-lhe a testa. 
— Está mais calma agora? Sua segunda casa está em boas mãos, Beckett. Ryan vai dar conta das novas responsabilidades. 
— Eu acredito que sim. 
— Ótimo! Então, seu foco está 100% voltado para sua filha e a maternidade.
— Posso afirmar que sim, não é como se Lily me deixasse esquecer - eles riram.  

Quinze dias depois… 

Johanna estava ansiosa. Na verdade, para Paul, ela estava uma pilha de nervos. Estavam no aeroporto. Hoje era o dia que Audrey embarcava para Paris. Por mais que quisesse ver a filha se desenvolver e ganhar o mundo, coração de mãe sempre se preocupa com cada detalhe. Paul já perdera as contas de quantas vezes ela perguntara sobre o passaporte, a passagem, os documentos da escola. Quando ia repetir o ritual, ele simplesmente apertou-lhe o ombro fazendo-a virar para fita-lo. 
— Joh, tudo bem. Ela tem tudo sob controle - ele a abraçou beijando o topo da cabeça da namorada. 
— Estou ficando paranóica, não? Estou soando como uma daquelas mães desesperadas que envergonham os filhos. Ah, Deus! Por que estou tão nervosa? Não deveria. É o que ela queria. 
— Você está nervosa porque é natural. É a primeira vez que sua única filha irá ficar longe de você por um tempo maior. Três meses, Joh. Apenas relaxe. Vai passar bem rápido e Audrey vai amar cada minuto de sua experiência, assim como eu amarei cada segundo da nossa. Eu estarei aqui ao seu lado nem que seja para ouvir que está morrendo de saudades. 
— Ah, moreno… só você mesmo para me acalmar - o voo para Paris foi anunciado no sistema de som. Era o momento de se despedir. Audrey aproximou-se da mãe e sem dizer uma palavra a princípio abraçou-a muito forte. Johanna retribuiu o gesto da filha, tentava segurar as lagrimas sem sucesso. Ao se afastar, encheu a menina de beijos. 
— Mãe! Não precisa exagerar. Eu sei que vou morrer de saudades, mas vai ser muito bom. Além do mais, você, dona Johanna, também tem uma ótima experiência pela frente. Preste atenção: nada de ligar todos os dias. Temos fuso horário e deve respeitar meus horários de curso. Não trabalhe demais, especialmente agora que estava morando com seu namorado. E por favor, nada de aventuras malucas baseadas em livros de mistério. Não quero estar em Paris e receber uma ligação dizendo que minha mãe atirou em alguém. Por ultimo e não menos importante: divirta-se! - Johanna ria. Meu Deus! Essa menina tem apenas quatorze anos! Audrey se virou para Paul. 
— Paul, por favor, você é o responsável pela dona Johanna agora. Cuide bem dela e não a deixe fazer nenhuma besteira. 
— Audrey Marshall! Onde já se viu? Eu sou responsável por meus atos. Não preciso de babá. A menor aqui é você. 
— Mamãe, não se trata de babá. Eu estou dando carta branca para Paul cuidar de você. Só isso. Ele é seu namorado, em quem mais eu iria confiar para ficar com você? Eu preciso ir - ela abraçou e beijou a mãe outra vez - ligo quando chegar e ai de você se ainda estiver no nosso apartamento. Paul, leve-a direto para sua casa - ela deu um beijo no rosto dele. Au revoir, ma cherrie! - rindo ela atravessou o portão rumo a alfândega. Johanna suspirou encostando o corpo no namorado. Paul a abraçou beijando seu pescoço. 

— DNA não nega. Ela definitivamente é sua filha, Joh. Vem, vamos para casa. Nossa casa pelos próximos três meses - de mãos dadas, eles deixaram o aeroporto.  


Continua....

3 comentários:

Unknown disse...

Em primeiro lugar ;que bom quê você está de volta,pois já estava angústianda.
Agora falando da fins ;simplesmente maravilhosa emocionante você como sempre arrasou merece meus aplausos 👏👏👏👏👏👏👏👏.
Merece milhares de corações 💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞💞
KATE sendo Kate perfeita ,e Castle nossa não têm como não ama-lo pois ele é um homem perfeito o amor dele pela Kate pela família e visível, um amor sem limites mesmo entre eles gostoso de vê.
Já Martha e Jim foram incríveis, sensacional milhares de ❤❤❤❤❤❤❤💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕.

Joh outra linda, incrível como ela é Kate ser tornará grandes amigas fico comovida, com o carinho de uma pela outra e Paul e sendo um amorcom Joh sempre querendo cuidar dela muito lindo de ser vê 💟💟💟💟💟💟.

E Audrey sendo uma filha excepcional, preocupada com a mãe muito lindo 😙😙😙😙😙😙😙😙.
Ps.Não demorem postar pois suas fins são incríveis ,maravilhas na verdade .
Quando falo pra não demora me refiro a todas tanto as fins ,quê falar do casal CASKETT que amo, como as que sê referente a # STANATHAN amo essa fins ,não vejo a hora do encontro deles e o encontro da Staninha com a Michelle.
Sem falar de saber o que vai acontecer com a nossa linda Gigi e Jeff .
Nossa acho que exagerei no comentário, mas valeu a pena .
E só pra não pedem o costume obrigada e obrigada 💗💗💗💗💗💗💗💗💗💗💗

cleotavares disse...

Ebaaaaaaaa!

Gente! Coitado do Castle, quase sendo assassinado pela esposa na sala de parto. E a Lily? tão fofa de titia. Foi muito lindo, a emoção da Kate com as filhas nos braços e o momento mais terno, a hora da amamentação. A Kate pode não ter a mãe ao seu lado pra curtir e ajudá-la com a Lily, porém, tem os avós maravilhosos e uma dinda que vai ajudar muito.
Amei o momento família da Joh, Paul e Audrey pedindo ao Paul para cuidar da mãe.

Vanessa disse...


E chegou a hora...
Charlotte tão calma dando as instruções. Eu ja to agoniada com a dor. hahaha
Meu Deus, tem que empurrar assim, sem pausa? Tipo deveria ter um minuto ao menos. Kate nem se refez ainda. Percebe que to sofrendo junto aqui... hahaha
Castle dando apoio para Kate. Imagina o quanto ele está nervoso e ansioso hahaha
Coitada da Beckett. "Só um empurrãozinho" hahahahaha
Ainda bem que Castle consertou e muito bem. Kate dá conta. Mano ela apertou a orelha dele? hahahahahahahahaha Isso foi inédito na sala do parto hahaha
Ela se desculpando e ele com medo. hahaha
Charlotte que frieza, "vai ter que empurrar". To traumatizando mais com parto normal hahahaha
Como assim Castle, abandonar o posto pra ver Lily? Não pode, tem que ficar com a parceira ate o fim.
A reação de Castle me quebrou, ta perdoado. Papai babão mais lindo do mundo.
Kate pegando a filha no colo pela primeira vez e essas palavras lindas... Como que não chora? Always
La vai Charlotte acabando com a magia hahaha Ta, eu sei que ela ta certa, tem que cuidar de Lily e da mamae.
Parece que Castle ganhou o presente mais maravilhoso de natal. O eterno homem criança.
Tão bonitinho Castle tentando achar Joh para dar a noticia.
Joh abraçando Castle. Sei que é loucura, mas parece uma forma de Johanna Beckett estar presente fisicamente.
Uma mini Beckett ♥♥♥. Acho que Lily vai ser a mistura dos dois, na personalidade. hahaha
Papais babões lindos. Martha e Jim observando os filhos, ai que fofinho.
Martha ja prometendo tocar o terror com Lily hahahahaah
A dinda babona, chegou na área hahaha
Lembrei do meu dia. Tirei 70 fotos, e segurei meu lindinho (mesmo com medo de deixar cair).
È possivel ver a carinha de decepção de Castle por ter que sair nessa hora.
A descrição perfeita da primeira amamentação foi magica. O cuidado nas palavras e o significado, essa conexão entre mae e filha.
Não há outra palavra a não ser magia. Esse universo de amor, tão genuino. Da ate vontade de viver isso. (tirando o parto hahaha).
Não to sabendo lidar com Kate falando com Lily. Amor demais. Always.
Charlotte pondo ordem de novo hahaha
Castle falando para Kate descansar e depois velando o sono da filha.
Ele vendo esse momento magico, claro que ficaria bobo, extasiado e emocionado.
E ainda deixando escapar que sempre sonhou com isso, mesmo antes de estarem juntos. My person!♥♥
Paul e Kate se unindo contra Joh, e ate Castle hahaha Implicantes hahaha
Castle todo babão filmando a chegada de Lily ao loft.
Kate amamentando e pensando na mãe. Ela está se saindo tão bem. Johanna diria isso, e acredito que ela tenha sentido o mesmo.
E a aventura dos papais está começando.
Amei Gate falando de Beckett com admiração e ainda nomeando Ryan como capitão interino e pedindo para respeita-lo como tal.
Que fofinho Ryan ligar pra Kate querendo conselhos. Amei isso.
Nossa Audrey ja está indo para Paris? Joh bancando a mae paranoica hahaah
E a filha que da as recomendações hahahahaha
AMei isso hahaha
Mal posso esperar para as aventuras na vida dos dois casais.