sexta-feira, 15 de setembro de 2017

[Castle Fic] Vendetta - Cap.8


Nota da Autora: As postagens ainda não estão em ritmo normal. Não ando com tempo para me dedicar a escrever como gostaria. Paciência, please! Alguns assuntos tensos, outros íntimos, emocionantes e a evidência de que o perigo se aproxima. Para as fãs de ONO, vocês irão gostar de um dialogo nesse capitulo. Enjoy! 


Cap.8  


No dia seguinte, Jordan retornou ao distrito para se despedir dos amigos. Encontrou Castle sentado em uma das cadeiras na sala da capitã saboreando um café na companhia da esposa. 
— Vejo que depois que foi promovida, Castle acha que é o dono do distrito, não? Sua musa não vai para a rua e não há muito o que aprender com papelada. Achei que você estivesse interessado nos crimes ou se aposentou da profissão de escritor? - Beckett riu da alfinetada de Jordan. 
— Pelo contrário, a vida de escritor está movimentada. Estarei lançando meu sétimo Nikki Heat daqui a três semanas. Você deveria comparecer ao lançamento. Se quiser eu coloco seu nome na lista dos convidados VIPs. 
— Obrigada pelo convite, mas não é tão fácil deixar meus afazeres em Washington. 
— Ah, que isso! Será em um fim de semana. Vou deixar seu nome na lista mesmo assim. 
— Eu preciso ir. Castle, cuide da sua esposa não deixe-a trabalhar demais. E Kate, por favor, nada de exageros. Se precisarem de ajuda a qualquer momento, com qualquer caso, vocês tem linha direta comigo - ela entregou um cartão a cada um - Não hesitem em me ligar. É sempre um prazer trabalhar com os dois - após um longo abraço, ela deixou a sala de Beckett. 
Meia hora depois, Esposito entra na sala da capitã sorrindo. 
— Yo, Castle! Temos um novo caso. Achei que você ia gostar de nos acompanhar nesse. Segundo Lanie foi uma briga de bar que resultou em homicídio. 
— Então já foi resolvido. Eu passo. 
— Claro que não! A vitima é o dono do bar. Foi atacado após o fechamento do estabelecimento e adivinha? A coisa foi feia. A arma do crime foi: garrafas de cerveja. Está retalhado de uma maneira que você nem imagina. 
— Ok, não diga mais nada! Vai tirar a graça de adivinhar onde ele foi cortado. Estou dentro - ele virou-se para Beckett - tudo bem para você, amor? 
— Claro! Vá se divertir investigando crimes. Eu tenho relatórios para terminar. 
— Ótimo - ele beijou o rosto dela e voltou sua atenção a conversa com Esposito - será que perdeu dedos? Tem algum desenho estranho no corpo? Eu fico imaginando se de repente não acertou o…- a cara sacana de Espo dizia tudo - não? De verdade? Eu tenho que ver isso! - Beckett rindo do jeito do marido acabou voltando sua atenção para os papéis sobre sua mesa. 
Duas semanas depois, Logan finalmente recebera noticias de Mike. A carta lhe foi entregue pelo mesmo mensageiro da outra vez. Na biblioteca, ele escondeu o envelope dentro de um dos livros. Iria lê-la apenas na sua cela. Nesse momento, ele estava interessado em outro assunto igualmente importante. Apesar de ser fevereiro ainda, Logan começava a preparar sua saída da prisão para a primavera. Ele vinha lendo muitos casos de apelação e condicional que estavam arquivados nas pastas da area jurídica da biblioteca. Durante suas pesquisas, ele não tinha encontrado muitos casos favoráveis para serem usados como precedentes para sua defesa, então Logan estava pensando no plano B. E não se tratava de fuga. 
A cerca de um mês, ele soube que um prisioneiro ilustre se mudara para a mesma ala que ele. Chegou a vê-lo alguns dias na biblioteca. O ex-senador vivia isolado e não era chegado a muita conversa. Logan vinha observando sua rotina há duas semanas. Estava sempre sozinho, seja no patio, na cafeteria ou ali. Não era de se misturar ou conversar com ninguém. Ele pretendia se aproximar, apenas precisava encontrar o melhor momento. Ele e o senador Bracken tinha um interesse em comum, afinal. Talvez ele fosse o seu passaporte de saída da prisão para finalmente executar sua missão, sua obra final.  
Desde que encerraram o caso, as aparências ditaram as atitudes de Beckett. Para o pessoal do distrito, ela não revelara as suas reais suspeitas de Logan, para Castle agia como se aquele fosse apenas mais um caso que passara pelo 12th e que não fora resolvido. Ficara esquecido entre os arquivos mortos. 
A realidade era um pouco diferente. 
Beckett teve outro pesadelo com Logan. Sonhara que estava sendo maltratada por ele em um quarto vazio. Estava amarrada a uma coluna. Seus braços sangravam e ele dizia que era apenas o começo.  
Assustada, ela levantou da cama com cuidado para não acordar Castle e foi para o banheiro. Lavou o rosto e tentava afastar as imagens ruins de sua mente. Obviamente perdera o sono. Seguiu para o escritório onde havia deixado seu notebook, sentou-se na cadeira de Castle e contemplou a tela do notebook ponderando se deveria ou não fazer o que instinto lhe dizia mesmo sabendo que aquilo iria continuar a fazer mal a sua mente como o pesadelo. Não resistiu. Abriu os arquivos e as fotos das cenas dos crimes foram as primeiras imagens que viu. Ela permaneceu contemplando o arquivo por umas duas horas quando finalmente decidiu voltar para cama. Aconchegou-se no corpo dele e fechou os olhos.  
Essa mesma situação se repetiu algumas noites durante o mês de fevereiro até o dia em que Castle percebeu.  
Uma semana depois, na antevéspera do lançamento de seu livro, Castle acorda no meio da madrugada e estranha a ausência de Beckett ao seu lado. Levanta-se da cama e deixa o quarto procurando por ela. Ele a encontra com o notebook no colo sentada no sofa da sala. 
— Kate? Diga por favor que você está tentando ler o draft final do meu livro… - mas apenas pelo jeito que ela fitava a tela, Castle sabia que não era nada que ele escrevera. Ela estava olhando os arquivos do caso Logan e Mike - eu não posso acreditar - ele suspira sentando-se ao lado dela, fecha o notebook. Um pouco envergonhada, ela o encara. 
— Castle, eu nao consegui dormir. Insônia. Por isso sai do quarto e vim para cá. 
— Deu para mentir agora, Beckett? 
— Não estou mentindo. Eu peguei o notebook para olhar coisas na internet e então eu acabei clicando nos arquivos e pensei: “por que, não?” posso ver algo diferente, que deixei passar. 
— Quantas vezes eu terei que dizer que não pode fazer nada escondido de mim? Eu não quero vê-la assim. Lembra o que você me prometeu? Que ia me ouvi se eu detectasse um comportamento que indicasse que você está perdendo a linha? Entrando na obsessão? 
— Castle, eu estou bem. De verdade. Aconteceu sem querer e… 
— Quantas vezes você tem feito isso na madrugada, Beckett? Não minta para mim. Essa não foi a primeira vez. Quero a verdade - ela suspirou passando as mãos nos cabelos - Kate?
— Aconteceu três vezes na ultima semana. Essa é a quarta. 
— Por que não me disse? Droga, Beckett! Eu disse que não deveríamos ter segredos, você tinha que me procurar quando isso começou. Você me prometeu que deixaria eu intervir. Esse sou eu fazendo exatamente o que disse que ia fazer. Não quero vê-la perto desses arquivos. Já se passaram três semanas e nada aconteceu. Está na hora de esquecer esse caso. Por você, por nós - ele podia notar que ela estava arrependida e culpada por ter escondido o que se passava dele - pensei que confiasse em mim o bastante para me contar quando algo assim acontecesse. 
— Eu confio, babe. E-eu sinto muito. Eu não devia. Você está chateado - ela acariciou a mão dele. 
— Sim, estou. Kate, como poderei te ajudar se você não me conta que está com problemas? Isso é casamento. Nós dividimos tudo, problemas, alegrias. Eu estou aqui para você, Kate. Sou seu marido. Se não conversar e se abrir comigo, fará com quem? Pessoas casadas dizem tudo uma às outras. Não se feche, por favor - naquele instante ao fitar os olhos azuis, Beckett compreendeu o quanto errara. Por segundos, ela se viu nos olhos dele. Só que não era ela e sim a velha Kate. Não gostou da imagem. Ela o abraçou forte. 
— E-eu sinto muito, Castle. Eu não quero magoa-lo. Desculpe, eu… você tem razão. Temos que contar tudo um para o outro. Sem mentiras. Eu prometo - ele vira a sinceridade nos olhos dela. Beijou-lhe a testa. 
— Como são os pesadelos? Precisa falar sobre isso. 
— Comigo. Ele me fez sua prisioneira, me machucava. Havia tanto sangue… 
— Beckett, se você estiver entrando naquela fase de obsessão, se achar que deveria conversar com alguém além de mim, ligue para Dana. Sei quanto essa luta de pesadelos pode ser difícil. Se não quiser se abrir comigo, ao menos fale com ela. 
— Não, você está certo. Nada de segredos. E-eu acho que toda aquelas historia de ser a próxima vitima, Jordan me pedindo para ter cuidado. Isso ficou na minha mente. Parece loucura. Eu sei que Logan está preso na Sing Sing. Não tem como chegar até mim. Eu fico pensando, se algo acontecer e…
— Nada vai acontecer, Kate. 
— Eu estava avaliando os arquivos, talvez nós deixamos de notar algo importante - ele fez uma careta - Tem razão, não posso transformar isso em uma caçada pessoal. Não gosto de me sentir vulnerável e sem poder de decisão. E se algo acontecer a você? Como acha que vou me sentir? - ela olhava preocupada para o marido, acariciou seu rosto - eu não quero passar novamente pelo terror daqueles dois meses em que esteve desaparecido, não posso. Você é a minha vida, Castle. E pensar que alguém como Logan pode nos fazer mal… não precisamos de outro Jerry Tyson em nossas vidas - comovido pelas palavras da esposa, ele tornou a abraça-la forte, beijou-lhe os cabelos e sussurrou ao ouvido de Beckett. 
— Tudo bem, não vou desaparecer. Logan não nos alcançará. Esqueça isso, Kate. Vamos viver nossas vidas. Você sabe que eu a amo e faria qualquer loucura por você. Mas nesse instante, eu prefiro fazer loucuras com você, Beckett - ele sorria - loucuras pelados, se é que me entende - ela riu - ah! um sorriso… meu charme sempre funciona. Vem amor, vamos para a cama. Chega de pensar em casos frios. Temos que nos concentrar no lançamento de depois de amanhã. Você terá que cumprir brilhantemente seu papel de esposa, musa e policial. Três em um, Beckett. Uma grande noite nos espera. 
— O que aconteceu com a sua ideia de fazer loucuras comigo? 
— Continua de pé - ele fez sinal para que ela olhasse para onde Castle apontava , Beckett mordeu os lábios e deu um saquinho nele - começaremos a festa agora… 
— Vamos dormir pelados, Castle? - ela implicou. 
— Quem falou em dormir? 
Castle tinha razão. O lançamento de Driving Heat podia ser chamado de evento glamoroso. Gina caprichara na decoração, nos detalhes e na cobertura da imprensa. Beckett acompanhou o marido trajando um vestido longo em tom laranja para combinar com as cores da festa. Orgulhosa, observou o marido dar entrevistas, falar de sua inspiração a elogiando e subir no púlpito para conversar sobre sua nova aventura escrita. Após a leitura, ele agradeceu a presença dos fãs avisando que autografaria os livros e fez uma pequena homenagem a esposa dizendo que se a série Heat chegara em seu sétimo livro era mérito dela. E avisou que outras historias estariam a caminho. 
Ela esperou Castle terminar sua sessão de autógrafos para saborear uma taça de champagne em sua companhia. Após brindarem, ela sorriu e beijou-o levemente nos lábios. 
— Parabéns, escritor. Eu me pergunto como seus leitores após tantos anos ainda acreditam e caem na sua lábia… - provocou. 
— Ah, eu não sei… talvez da mesma forma que uma capitã da NYPD também acredita. Eu sou muito bom de lábia, sabia? Até a convenci a casar comigo! - ela riu. 
— Você é convencido e bobo. 
— Sorte minha que você aprecia essas minhas qualidades além da escrita, claro - ela ia beija-lo outra vez quando um fotografo apareceu na frente deles. 
— Por favor, Sr. Castle. Apenas uma foto para o New York Ledger com Nikki Heat. Por favor… - ele olhou para a esposa, Beckett deu de ombros e concedeu a foto ao lado de Castle. O fotografo agradeceu várias vezes. 
— O que acha de nós esquecermos essa festa e partir para uma comemoração mais intima, Castle? 
— Eu adoraria e o pedido de uma musa é lei. Vou avisar Gina que estamos de saída. Volto já - dez minutos depois, ele se juntava a ela e deixavam o local rumo ao loft onde a comemoração duraria a noite inteira. 

Sing Sing 

Duas semanas se passaram e Logan estava na sua cela acordado. Não eram seis da manhã ainda e ele estava esperando o toque de levantar. Tinha o envelope e a carta enviada por Mike em mãos. Ele decidira relê-la para quem sabe criar coragem durante o dia de hoje para avançar em seu plano. Ainda se perguntava como aquela mulher conseguira chegar até seu aprendiz. Era muita pretensão. 

“Estimado Mestre, 
mesmo tendo escrito essa carta na data mostrada acima, tive que optar para envia-la apenas duas semanas mais tarde. Houveram alguns desenvolvimentos no nosso plano não esperados. Não sei dizer ao certo como, porém sua inimiga consegui chegar até a mim. Não se preocupe embora tenha estado em sua delegacia para responder algumas perguntas, ela não tem ideia da minha ligação com o mestre a não ser pelo apartamento. Como esses policiais são previsíveis, eu desconfiei que pudessem ter colocado uma escolta para se certificarem de meus passos. Algumas coisas nunca mudam. De qualquer forma, ela sofreu outro baque na televisão. Eu fiz questão de usar outra vez o nosso contato. 
De acordo com o nosso planejamento, eu continuarei vivendo como um pacato cidadão que apenas quer provar que mudou. Aguardo ansioso o nosso reencontro em breve, querido mestre. 
Seu humilde servo,
M.
P.S.: Pude conhecer o marido dela. Realmente um idiota que acredita e acata tudo o que ela diz. Claramente enfeitiçado por sua suposta beleza e pelo sexo. Ela não perde por esperar. 

Logan dobrou a carta pensativo. Sabia que a essa altura o caso criado por Mike já se tornara esquecido, arquivado em caixas junto a tantos outros crimes não solucionados da NYPD. O som da sineta ecoou. Ele guardou o envelope debaixo do seu colchão e se colocou de pé para esperar a contagem matinal. 
Quando Logan chegou na biblioteca após o café e sua sessão de terapia com o psiquiatra, ele ficou surpreso de ver quem estava lendo a edição nova do New York Ledger que receberam naquela manhã. Normalmente, ele era o primeiro que lia. 
Não hoje. 
Sentado em uma das mesas de canto estava o ex-senador Bracken, virando as paginas do jornal. Logan optou por sentar-se a uma certa distância dele, porém de frente para que pudesse observa-lo. Escolheu um livro qualquer para disfarçar o que fazia. 
Bracken virava as paginas do jornal até que uma noticia em particular chamou sua atenção. 
— Inacreditável! Essa é a imagem da NYPD? Essa mulher não tem limites mesmo - ele resmungou - Heat está de volta. O que o comandante não faz por publicidade gratuita. Mulherzinha prepotente - vendo a oportunidade que se desenhava em sua frente, Logan levantou-se de onde estava e sentou-se na mesma mesa de Bracken. 
— Não pude deixar de notar que você ficou muito irritado com a noticia no jornal, percebi sua indignação. Permita-me me apresentar. Andrew Logan, é uma satisfação conhecê-lo, senador Bracken. Acredito que temos um interesse em comum - ele apontou para a foto de Beckett - o que você faria para se vingar da mulher que o colocou aqui? - Bracken riu debochado.  
— Está brincando, não? Eu nunca conseguiria. Mesmo que saísse daqui, não poderia ir atrás dela é óbvio demais. Todos saberiam das minhas intenções seria vigiado 24 horas.  
— Mas gostaria de se vingar, correto? - Bracken o olhou intrigado - veja só, eu sei quem você é e porque está aqui. Aliás, sei que ela o colocou na cadeia. Um audaciosa e irritante detetive. 
— Ela é capitã agora. 
— Sim, mas não passa de uma mulher aproveitadora que claramente usou sua prisão para conseguir subir de patente. O que você não faria para se vingar de Kate Beckett? O que? Não adianta me dizer que estou errado. Ambos sabemos que não é verdade. 
— Tem razão, exceto por um detalhe incrivelmente relevante. Eu não posso me vingar. Eu sou a pessoa cotada para ser a mais monitorada caso saia daqui. Eu sequer posso sonhar em chegar perto de Beckett. Não vejo como teríamos coisas em comum. 
— É ai que você se engana. Tenho mais coisas em comum com você do que imagina. Eu posso ser seu instrumento de vingança. 
— Acredito não ser mistério para ninguém o quanto odiamos um ao outro. Mas, por que me pergunta? Qual o seu interesse em Kate Beckett? 
— Digamos que nós temos um inimigo em comum. 
— A quanto tempo está aqui? Dez anos? 
— Doze e basicamente por causa dela. 
— Doze anos? Ela era praticamente uma novata na NYPD. Nem lembro se já era detetive.
— Sim, ela era. Como você disse, uma novata, mas foi metida e atrevida o suficiente para mexer comigo - Bracken podia ver a raiva nos olhos de Logan. 
— Pelo que diz, posso assumir que tem um plano para se vingar dela, não? E como não sou idiota, imagino que queira ajuda para executa-lo. Está perdendo seu tempo, eu não posso ser envolvido em nada contra Beckett, isso apenas aumentaria minha sentença e acredite: não tenho a minima vontade de estender minha estadia aqui. 
— Vamos chamar nossa união de uma parceria bem sucedida. Ambos temos o mesmo objetivo. Vendetta, como se diz no italiano. Eu posso realizar o ato, porém preciso sair daqui. Minha pena não atingiu um terço para eu apelar para a condicional, contudo meu comportamento exemplar pode me ajudar se tiver o apoio certo de um bom advogado e principalmente de um juiz para autorizar o meu pedido, expedir meu processo. Entendo que ainda mantém boas conexões com o governo e o departamento de justiça. Muitos amigos juízes, com favores a pagar. 
— Vejo que está determinado em sair desse lugar. Fez sua pesquisa direitinho. 
— Não tao determinado quanto estou em acabar com a vida dessa mulher. Espero há doze anos por esse momento. 
— Vai mata-la? - perguntou Bracken realmente interessado. 
— Ah, não! Matar seria muito fácil. Há muito o que fazer com ela antes da “pincelada” final. Ela merece sofrer por doze anos perdidos da minha vida. quando devia estar fazendo minha arte. 
Claro que Bracken entendeu que por arte, Logan se referia a matar. O ex-senador não era idiota. Sabia que se o ajudasse estava libertando um sociopata em Nova York, mas esse não era seu problema agora. Afinal, ninguém iria julga-lo culpado por essas ações e os futuros crimes que Logan cometesse em nome do que ele intitula arte. Tinha o alibi perfeito. Se ele tinha a chance de eliminar Kate Beckett do seu caminho sem sujar suas mãos, por que não faze-lo? Era uma situação cômoda. Como se costuma dizer nos negócios, um ganha-ganha para todos. 
— Você tem razão. Tenho alguns favores para coletar, porém essas coisas levam um certo tempo. O meu advogado terá que trabalhar com o seu para montar o caso, convencer o juiz, diria no mínimo três meses. 
— Três meses é bem melhor do que doze anos, não acha? Isso quer dizer que temos um acordo? 
— Não tão rápido. Preciso consultar minhas fontes, pensar quem seria a melhor pessoa para contatar no tribunal. Tem certeza que pode mata-la? Com todo o respeito, apesar de tudo, Beckett é uma excelente policial. Sabe atacar e se defender muito bem. Eu admiro sua tenacidade, sua teimosia. Talvez você devesse considerar vingar-se dela através do marido - ele apontou para a foto de Castle - ele é o seu ponto fraco, seu calcanhar de aquiles. Meu palpite é que ela faria tudo para salva-lo e algo me diz que não consegue viver sem ele - Logan nada disse. Levantou-se e afastou-se da mesa, balançou a cabeça e falou. 
— Você tem até amanhã para me dar uma resposta. Nos encontraremos aqui, nesse mesmo horário. 
No dia seguinte, Bracken apareceu na biblioteca conforme o combinado. Sentou-se na mesma mesa e observou que o jornal tinha uma pagina a menos. Sorriu. Parece que encontrara alguém obcecado pela capitã. Estava prestes a fechar um bom negócio. 
Logan sentou-se de frente para ele. 
— Notei que está faltando uma pagina interessante do jornal. 
— Digamos que é considerado um item de coleção. 
— Entendo… sobre a nossa conversa de ontem, nós temos um acordo. Irei contatar meu advogado hoje. Com sorte, ele terá uma abertura em sua agenda para vir me visitar o quanto antes e colocar o processo para rodar. Eu lhe informo quando deverá trazer seu advogado aqui para cuidar da papelada. Mais uma coisa: nem uma palavra com qualquer outra pessoa. se eu desconfiar que meu nome está atrelado ao seu, o acordo está desfeito. 
— Tem a minha palavra. Ninguém saberá. 
— Você pensou na minha sugestão? Atacar o marido? 
— Sim, pensei. Minha resposta é não. Eu levo meus princípios bem à sério, assim como minha arte. Eu tenho minha própria maneira de trabalhar. Usar um homem não é parte da minha arte. Ela é quem precisa sentir na pele o que fez - Bracken se levantou - acredite, o mundo não precisa de mulheres como a tal capitã Beckett. 
— Estamos de acordo. Lembre-se: eu o procuro - Bracken olhou-o sério. Logan entendeu o recado - passar bem - ele deixou a biblioteca. O sociopata sorriu. O jogo começara de verdade. 

XXXXXXXXX

A vida de Castle e Beckett finalmente entrara nos eixos. O mês de fevereiro passou, veio março e abril dentro da rotina. Ela trabalhando concentrada em gerenciar o 12th, ele ajudando os rapazes a investigar crimes. Castle também viajou duas semanas para fazer o tour de seu livro pela costa leste. Enquanto eles curtiam a normalidade, Logan trabalhava com Bracken para conseguir sua liberdade tão desejada.  
Em meados de maio, a primavera trazia o sol e as flores para a bela Nova York. Eram quase cinco da tarde quando Castle entrou na sala da capitã com um sorriso enorme no rosto. 
— Pronta para deixar essa sala e experimentar um pouco da primavera? - ela olhou para o marido arqueando as sobrancelhas - o que? Não posso convidar minha esposa para um passeio? Vamos, Beckett. Largue esses relatórios e saia comigo para namorar. 
— Nossa! O que deu em você? Pensei que estava ocupado investigando o caso com o Esposito. 
— Exatamente! Estava, você empregou o tempo verbal correto. Já fechamos o caso - ele sentou-se na cadeira de frente para ela - você precisava ter visto. Um homem enorme, sabe aqueles típicos armários que nós vemos trabalhando como segurança? Então, qualquer um ficaria aterrorizado com a possibilidade de confronta-lo. Eu estava com medo. Esposito também embora não revele porque quer sempre parecer o valentão. Quando mencionamos o motivo provável dele ter cometido o crime aconteceu algo inesperado! O cara começou a chorar! Sério, consegue entender? Visualizar? Um homem daquele tamanho se desfazendo em lágrimas contanto porque assassinara a mulher? 
— Você realmente gostou de ver essa situação, não? Isso o deixou animado a ponto de querer sair comigo? Castle, isso é muito estranho… claramente não entendi como as duas coisas estão relacionadas. 
— Não, amor. Não se trata disso. É claro que gostei muito do interrogatório. Quero que fique registrado que não tenho nada contra homens chorarem, detesto essa mania de forçarem os meninos desde cedo a não expressar suas emoções, mas foi bem surpreendente ver a cena. E não tem relação com você. Eu estou satisfeito com o meu dia de trabalho e acho ser bem razoável providenciar um momento prazeroso ao lado da minha esposa. Não posso? 
— É claro que pode - sorrindo Beckett desligou o computador, levantou-se e ficando de frente para Castle, respondeu - eu aceito seu convite, escritor. Acho que será um ótimo passeio. 
— Vamos aproveitar a primavera, Kate - de mãos dadas eles caminhavam até o elevador. 
— Onde vamos? 
— A um lugar que ambos gostamos, prometo. 
Castle não a enganara. O lugar escolhido para o passeio de primavera ficava a alguns quarteirões dali. Um velho e simbólico ponto de encontro do casal. Eles retornaram ao parque onde ficavam os balanços que serviram de palco para grandes decisões em suas vidas. Assim que entraram no parque, Castle ofereceu um sorvete a Beckett que aceitou prontamente. Sentados no mesmo local de tantas vezes, ela se pronunciou. 
— Boa escolha, escritor. Eu gosto muito desse lugar. Muitas lembranças boas. A mais especial? Nossa conversa antes de você me dar esse anel. Eu fui promovida naquele dia, lembra? Lieutenant. E você me pediu em casamento. 
— Impossível esquecer, Kate. Sabe que foi nessa época, não? Primavera - ela sorriu concentrando-se no sorvete. Era incrível como muitas vezes Castle parecia a mulher da relação. Ela adorava o fato dele se recordar de todos esses detalhes. 
— Esse sorvete está gostoso. Poderia comer mais um, mas não sei ao certo quais são seus planos para esse passeio. 
— Você quer jantar? Posso leva-la para jantar onde quiser. A escolha é sua - ela olhou para o marido analisando seu semblante. 
— Você tem segundas intenções nesse passeio, não? 
— Se por segundas intenções você está se referindo a fazer amor com a minha esposa, tem razão, contudo isso nunca foi considerado segundas intenções entre nós. 
— Concordo, exatamente por isso insisto em dizer que você tem um objetivo com isso. O que está planejando, Castle? 
— Não posso fazer nada devagar com você, hein? Essa sua mania de analisar tudo, investigar - ele riu - que eu adoro, devo acrescentar. Tudo bem, você tem razão. Eu quero conversar sobre um assunto em especial. Acredito que aqui é o lugar perfeito para isso, porém eu quero seu compromisso quanto a continuarmos nosso encontro primaveril em seguida e que você me deixará falar tudo o que preciso, temos um acordo? 
— Quanto misterio, escritor! 
— Responda, Beckett. 
— Tudo bem. Iremos jantar e já que é uma ocasião especial, por que não visitarmos uma cantina italiana? Afinal é difícil não relembrar o que aconteceu aqui e não pensar em Roma. 
— Italiano será - ele viu que Beckett acabara o sorvete. Movimentava-se despretensiosamente no balanço. Tirou aquele momento para contempla-la. Aquela era sua bela mulher, o amor de sua vida. A sagaz capitã da NYPD era, naquele instante, a imagem de uma criança, sem preocupações, problemas, estava livre curtindo um pouco da liberdade oferecida. Ele inspirava-se ao vê-la assim, serena e sorrindo. O que o lembrava de seu propósito ali. 
Nos últimos meses, Castle vinha pensando sobre o futuro deles, as próximas etapas. Todas as vezes que fizera isso, um assunto pairava em sua mente. Um ponto de interrogação. Isso o intrigava porque era talvez a única vez que não conseguia inferir ou imaginar a opinião de Beckett.  Era sobre isso que ele queria conversar. Esticou a mão tocando seu braço obrigando-a a parar os movimentos. Ele buscou contato enroscando a mão dele entre os dedos finos e delicados. Levou a mão até os lábios e beijou o anel que lhe dera. 
— Sobre o que quer conversar, Castle? 
— Kate, nos últimos meses eu me peguei pensando em vários assuntos que dizem respeito a nós dois, todos eles estão conectados com um só. Nosso futuro. Essa é a nossa situação hoje: você é capitã de seu próprio distrito, eu continuo sendo um escritor de best-sellers. Profissionalmente, galgamos muitos degraus. Eu me pergunto: qual seria o proximo passo? Você pensa sobre isso? Quer ser comandante da NYPD? Quer voltar ao FBI? Ou talvez tentar a carreira na política? Quanto a mim, devo continuar escrevendo thrillers de mistério até quando? Devo começar a escrever sobre assuntos mais sérios em paralelo? Que fique registrado que em nenhum momento eu pensei em matar ou abandonar Nikki Heat. 
— Wow! Você tem pensando bastante. 
— Sim, tem mais. E pessoalmente? O que eu e você esperamos da nossa relação para o futuro? Onde serão nossas próximas ferias? Como comemoraremos nossa segunda lua de mel. Parecem futilidades, mas para mim são questões relevantes a considerar como casal. Então eu percebi que para todas elas, profissionais ou não, eu tinha uma resposta, conseguia ter uma ideia ou adivinhar o que faríamos. Exceto uma. Na minha opinião, a mais importante. Familia. Eu percebi que não sei o que esperar sobre futuro no quesito filhos - ele deu um longo suspiro fitando a esposa como sempre fazia ao querer a resposta direta, a verdade. Beckett desviou o olhar por alguns segundos claramente fitando o horizonte a sua frente. Tornou a encara-lo. 
— Você realmente pensa sobre isso? Filhos? 
— Você achou que porque já sou pai não consideraria a possibilidade? 
— Não, quer dizer não sei. Nós nunca conversamos seriamente sobre isso. 
— Eu sei. Exatamente por esse motivo é que eu não sei o que pensar. Qual é sua opinião no assunto. Não vou mentir, eu adoraria ter filhos com você. Acho que chegamos ao momento de falar sobre isso. O proximo passo. Eu consigo visualiza-los no meu futuro, no nosso. Então eu me deparei com a pergunta sem resposta. E você? Consegue se ver como mãe? 
Beckett estava surpresa com o tópico. Contudo, ao contrario do que Castle imaginava, o assunto rondara sua mente algumas vezes. Ela não sabia como iniciar uma conversa sobre isso. Era uma das qualidades que admirava em Castle. Ele conseguia achar o momento certo. Aqui estavam eles, no mesmo cenário que ditara momentos importantes de suas vidas prestes a falar de mais um. 
— Kate? Me antecipei? É cedo demais? - ela ergueu a mão acariciando o rosto do marido. Sorriu. 
— Não, acho que precisamos ter essa conversa. Nós já enfrentamos muitos desafios, demoramos para crescer em nosso relacionamento e sim, eu penso sobre o assunto. É minha culpa você não saber o que penso porque eu nunca deixei claro a ideia de ter uma familia. Pelas nossas experiências juntos, eu apenas revelei que não sou boa com crianças. Não me imaginava como mãe por tudo que a relação com a minha própria familia representou para mim ao longo dos anos e se não fosse a terapia, talvez minha visão não tivesse mudado. Futuro? Parece algo tão distante e ao mesmo tempo tão perto, amanhã é parte do futuro. 
— Você está enrolando… vai responder a minha pergunta? 
— Vou - ela deixou o polegar roçar em seus lábios - sim, eu quero ter filhos com você. Estou preparada? Talvez, não sei. Eu acredito que ninguém realmente está, mas eu quero tentar. Eu quero uma familia com você, Rick. 
— E-eu fico muito feliz em ouvir isso. De verdade - ela notou as lágrimas se formando nos olhos azuis - aproveitando que estamos aqui, o que você acha de começarmos a treinar a partir de hoje? Eliminarmos a pílula e qualquer proteção? 
— Você quer que eu diga sim? - ela sorria - como uma proposta? - ele anuiu - ah, Castle… 
— Por favor? 
— Sim, claro que sim. Eu te amo o suficiente para querer ter um bebê com você - uma lágrima escapou dos olhos azuis, ela sorriu e implicou - você está chorando? 
— Kate, esse é um momento especial. Tenho o direito de ficar emocionado. 
— Mas eu apenas disse que vamos tentar, não disse que estou grávida. 
— Não estrague minha historia com sua lógica, capitã. Obrigado. Eu te amo, sabia? - ele  puxou a corrente do balanço aproximando seus corpos. Beijou-lhe os lábios apaixonadamente. 
— Always. Será que podemos jantar? Ainda tem algo na lista desse encontro de primavera que pretendo realizar - ela mordiscou o lábio com cara levada. 
— Kate Beckett, deixe de ser pervertida! - ela gargalhou levantando-se do balanço e beijando-o outra vez. 
— Você disse que a decisão era minha, estou oficialmente tomando a frente desse encontro - e saiu puxando-o pela mão em direção ao carro. 
O jantar na cantina italiana foi excelente. Acabaram por relembrar ótimos momentos juntos. Sua trajetória como parceiros, amigos e casal. Comer massa regada a um bom vinho era sempre inspirador. Mesmo dirigindo, a capitã se permitiu abusar do álcool e secaram duas garrafas de vinho. Castle pagou a conta e deixaram o restaurante. No estacionamento, ele perguntou se ela estava bem para dirigir. Claro que a teimosia dela falara mais alto e afirmou com todas as letras que sim, apesar de estar rindo à toa. Ele não ia discutir com ela. Entrou no carro. Obviamente, Beckett sabia de suas limitações, portanto decidiu dirigir com cautela, bem devagar. 
Ao abrirem a porta do loft, eles riam juntos. 
— Você está de pilequinho! 
— Não estou não! - ela falava alto e ria. 
— Está sim… assuma. Queria ver se uma patrulhinha lhe parasse. 
— Você não conhece meus… li-limites… - deu um passo na direção do quarto e quase se desequilibrou dos saltos. Tirou os sapatos e ao ver a cara dele pronto para atestar o óbvio, ela se antecipou - nem mais uma palavra…escritor. Pegue a garrafa de vinho na geladeira, vou te esperar no quarto - rindo, ele a obedeceu. 
Beckett foi direto para o banheiro. Tirou a roupa ficando apenas de calcinha e sutiã. Também reconhecia que estava um pouco bêbada e acreditava que o motivo fora o cansaço e o pequeno momento emocional proporcionado pelo marido ao final da tarde. Ao ouvir o barulho das taças sabia que ele estava no quarto. Chamou por ele. 
— Castle! Pode vir aqui no banheiro um instante? - ele entrou no cômodo encontrando-a praticamente sem roupa. 
— Alguém está ansiosa para a festa de segundas intenções… 
— Está vendo isso? - ela segurava a cartela com seu anticoncepcional - quero que seja testemunha do que irei fazer. Preparado? - Beckett ergueu a tampa do vaso e um a um foi depositando os comprimidos na agua. Castle observava o gesto sorrindo. Assim que terminou, ela jogou a cartela vazia no cesto de lixo e puxou a descarga - sabe o que isso significa? - ela se aproximou dele desfazendo os botões da camisa que ele usava. Abriu-a e jogou-a no chão do banheiro. 
— Diga… - ela envolveu os braços na cintura dele enquanto os lábios depositavam vários beijinhos no tórax, nos ombros, no pescoço até chegar aos lábios de Castle. 
— Significa que iremos a partir desse momento começar a praticar e quem sabe quando menos esperarmos teremos a noticia de que seremos pais? O que acha? Está pronto para começar o treinamento, Castle? - ela deslizou uma das mãos para o meio das calças dele - hum, tudo indica que sim - ela o puxou pela mão em direção ao quarto. Enquanto pegava um pouco de vinho, ele se livrara das roupas ficando completamente nu. Beckett entregou a ele uma das taças. Fizeram um rápido brinde. No minuto seguinte, ela estava deitada na cama com Castle sobre ela. 
Carinhosamente, ele começava a viagem pelo corpo de Beckett. Os lábios provavam o pescoço, o colo, o meio dos seios. As mãos que primeiramente deslizavam pela lateral do corpo, agora tocavam o tecido do sutiã acariciando e provocando. Castle beijava a pele do estômago descendo até o elástico da calcinha, fez questão de roçar os dentes contra a pele macia do ventre dela. Ouviu o gemido que significava que ela queria mais. Voltou sua atenção aos seios finalmente desfazendo-se da peça. 
Antes de tocar-los como Beckett esperava, ele optou por roubar-lhe um beijo. Castle sorveu os lábios da esposa com intensidade. As línguas se provocavam, se completavam. Ela deslizava as mãos pelas costas dele. Sentia a ereção contra sua coxa. Estava excitada também e lutava contra a vontade louca de tê-lo dentro de si naquele exato minuto. Quando sentiu Castle apertando seu mamilo, gemeu arqueando o corpo. Novamente, ele quebrou o beijo e passou a contemplar os pequenos seios da amada. Ele fazia tudo. Acariciava, apertava, lambia, sugava. A cada etapa de caricias, ela gemia mais. Completamente entregue a ele. Enquanto a boca sugava um dos seios, as mãos se livravam da calcinha. 
Beckett estava perdida entre as sensações causadas pelas caricias dos lábios de Castle que surpreendeu-se quando ele a penetrou de uma vez. O grito de prazer escapou-lhe aos lábios. Castle beijou-a outra vez antes de começar a mover-se dentro dela. Beckett adorava essa sensação de plenitude, de estar conectada a ele. Um só corpo, desejo e amor em cada gesto. Foi a vez dela dominar a situação. Em um movimento rápido, ela o colocou contra o colchão  ficando por cima. Apoiando as mãos em seu peito, ela movia-se ritmadamente com ele. 
Castle aproveitou-se da posição para continuar explorando o corpo da esposa, instigando-a com seu toque. Apertando os seios, puxando os mamilos. Não aguentando mais, ele sentou-se na cama mirando diretamente um dos seios, ao abocanha-lo segurou com força na cintura dela se aprofundando dentro de Beckett. Ela jogou a cabeça para trás querendo dar mais acesso, querendo sentir as maravilhas que o toque dele provocava em seu corpo. Ele avançava mais e mais, rápido e constante dentro dela. Kate pode sentir o tremor tomando conta de seu corpo, arrepiando sua pele. Agarrou-se ao pescoço dele e sentindo uma ultima estocada firme, ela cedeu ao orgasmo. 
Ainda sob o efeito do prazer, ela mordiscava o ombro dele enquanto Castle continuava movimentando-se dentro dela. 
— Deus…Cas… 
O limite o atingira e finalmente ele se deixou esvaziar dentro dela. Podia sentir os dedos de Beckett em seus cabelos, os lábios roçando sua pele. Castle deixou o corpo tombar de volta no colchão carregando-a consigo. Kate aconchegou-se no peito dele, sentia o coração batendo em ritmo acelerado. Estavam atravessados na cama. Ele ainda dentro dela. 
— Hey… - ela beijou o peito dele - ótimo treinamento. 
— Humhum… 
— Sem fôlego, babe? - ela ouviu uma risadinha. Mexeu-se sobre o corpo do marido de modo a ficar com o rosto alinhado ao dele. Sorveu-lhe os lábios apaixonadamente. Ao encarar a expressão do rosto dele, perguntou - o que foi?
— Eu acabei de me dar conta de que a qualquer momento que fizermos amor poderemos estar criando uma vida. 
— Esse é o propósito, não? - ele sorriu acariciando o rosto de Kate - algo me diz que precisaremos ainda de muitos treinamentos - suspirando, ela voltou a se aconchegar ao lado dele na cama, sentindo o calor do corpo do marido, adormeceu. 
No dia seguinte, a porta da Sing Sing se abre. Um homem careca atravessa o limite que o controlou por tantos anos. Usando óculos escuros, tênis, um par de jeans e uma camiseta ele avançava para a rua. Com uma pequena mochila nas costas, ele ergueu a cabeça para contemplar o céu azul. Inspirou profundamente. Após doze anos, tudo o que ele desejava nesse momento era um belo pedaço de steak e uma taça de um bom merlot. Uma vez concluída a refeição, poderia se dedicar a sua tarefa. Um sorriso triunfante no rosto. 
Esperara longos anos para ter a chance de colocar seu plano em ação. Era com imensa satisfação que recitava a frase em sua mente. Que os jogos comecem! Mal podia esperar para estar cara a cara com a sua inimiga. Seria um longo e tortuoso processo para ela, uma incrível e gratificante viagem para ele. Pressa era algo superestimado em sua concepção. 

Logan ajeitou a mochila nas costas e sorrindo seguiu seu caminho rumo ao coração de Nova York. 


Continua...

2 comentários:

cleotavares disse...

Vamos lá! Fico aliviada e ao mesmo tempo com medo, quando Castle pede a Beckett para se desligar um pouco do caso. Pois, mesmo afetando psicologicamente a mesma, fico achando que se ela deixar de lado o caso, o Logan vai ataca-la, e agora com essa parceria dele com o senador, ai ai, deu muito medo.
Hummm! Passeio, comidinha italiana, delícia. A Beckett de pileque, kkkkkk
Tão lindos, planejando uma família.
E esse treinamento? Hummmm! maravilha.

Unknown disse...

Castle e Beckett treinando para te uma família e que treinamento heim💖💖💖💖💖💖💖.mas estou preocupada com essa saída do Logan e com essa união dele com senador, espero que nada aconteça com ela mas Prevejo muito desespero do Castle pois com certeza algo vai acontece no momento que ela descobri que esta grávida.
Só não deixe a gente nessa ansiedade OK Kah