terça-feira, 10 de outubro de 2017

[Castle Fic] A (Im)Perfect Love Story - Cap.26


Nota da Autora: Nesse capitulo temos um pouco da nova rotina dos nossos casais, Caskett com a filha e o casal Greys Anatomy com a experiência de morar juntos. Momentos fofos, divertidos e descontraídos. Eu gosto de pensar que após o nascimento de Lily, essa seria uma nova season e carinhosamente estou chamando a historia a partir desse capitulo de S9 - Parte 2. Ainda tenho muito para contar e explorar, portanto: enjoy! 


Cap.26 

Os dias e principalmente as noites no loft dos Castle estavam bem agitada ultimamente. Os horários para a amamentação de Lily, o cansaço e o cuidado com a filha deixavam Kate exausta. Porém cada segundo que passava com a filha nos braços era valioso, recompensador. E Castle? Esse era o exemplo de companheirismo perfeito. Sempre atencioso, pronto para a ajudar, proporcionando conforto e simplesmente babando na filha. 
Aliás, Beckett reconhecia que ele era o mestre das fraldas. Nesses quinze dias da filha, ela sequer trocara uma fralda. Castle era o guardião, fazia questão de cuidar da menina e deixar Beckett relaxar. Ela tinha acabado de colocar Lily no berço, esperava poder se deitar por uma meia hora até que o choro acontecesse anunciando a vontade de comer. Esticou o corpo sobre a cama e fechou os olhos. Logo sentiu um movimento no colchão. Castle se deitara ao seu lado puxando-a de encontro ao seu corpo. Ela suspirou sentindo o nariz do marido em seu pescoço fazendo pequenas caricias. 
— Hum… isso é bom. 
— Durma, Kate. Você precisa descansar. 
— É o que pretendo. 
— Vou ficar um tempo aqui até você adormecer, então vou cuidar do nosso almoço. Comida saudável e natureba como você gosta - ele ouviu uma risadinha. Cinco minutos depois, ela já dormia. Satisfeito, levantou-se da cama certificando-se de que a babá eletrônica estivesse próxima a ela. 
Duas horas depois, Lily ainda dormia e Beckett apareceu na cozinha para ver o que o marido aprontara. Ele estava terminando de arrumar a salada. Viu que haviam legumes salteados na manteiga com alho na frigideira e filés de peixe temperados esperando para serem grelhados. 
— Hey… 
— Hey… Lily lhe deu uma trégua, não? Vamos aproveitar e almoçar antes que ela acorde. Sente-se. Faço o peixe em poucos minutos. Pode começar comendo a salada - ele colocou o prato bastante colorido na frente dela. 
— Hum… estou curiosa para ver se esse almoço está gostoso. É bom ter um tempo para nós dois, não estou reclamando da nossa filha apenas acho que nossos horários não nos permite fazer coisas normais. 
— Bem-vinda à maternidade! Precisamos nos adequar ao tempo dela. Aqui, prova - ele estendeu a colher para Beckett - o que achou? 
— Não está faltando tempero? É um molho. 
— Você não pode exagerar em coisas fortes, não podemos fazer mal a Lily. Vou colocar um pouco mais de azeite e pimenta do reino. Nada de excesso de sal para você. Um pouco de limão, cheiro verde e pronto. Estou me sujeitando a esse cardápio natureba por sua causa e por Lily, claro. 
— Você não é obrigado a comer isso. Pode fazer algo diferente para você, Castle. 
— Nah! Muito trabalho…
— Preguiçoso! - ela riu apertando o bumbum dele - quanto tempo mais? 
— Só falta o grão de bico cozinhar e grelhar os filés de peixe, por que? 
— Vou tomar um banho rápido, já volto. Se Lily chorar, você é o responsável para acalma-la. 
— Tudo eu… - ele fez cara de desolado com o olhar de cachorro pidão, o que trouxe um sorriso ao rosto da esposa. Ela retornou depressa apenas para encontrar a mesa posta e Castle se aproximando com os peixes que acabavam de sair do fogo. Sentou-se em seu lugar de costume e serviu-se. Eles comeram conversando e namorando um pouco. Estavam ainda finalizando o almoço quando Lily chorou. Castle fez sinal para Beckett não se levantar. Em cinco minutos, ele voltou com a menina nos braços. 
— Lily está com saudades da mamãe. Não acho que seja fome ainda. Na verdade, ela está com a fralda cheia, o que nos dá a oportunidade perfeita para você troca-la. Vem evitando isso a quinze dias, Beckett. Sou o único fazendo o trabalho sujo. 
— Até onde me lembro, esse era o acordo. Eu alimento e você limpa - ele entortou a boca - tudo bem eu troco a fralda, mas você precisa me ensinar. 
— Ah, com prazer. Agora sim você irá sentir o lado negro da maternidade. Lily, pode caprichar que é a mamãe que vai limpa-la, faça a festa! 
— Castle! Deixa de ser bobo. Vamos eu quero fazer logo isso. Não quero que fique com a pele irritada e provavelmente ela vai querer comer depois. Está na hora. 
Eles seguiram para o quarto da menina. Castle colocou-a sobre o berço por um instante enquanto orientava Beckett a arrumar o trocador. Em seguida, entregou a menina para a mãe. Beckett deitou a criança no trocador de plástico e abriu a fralda. 
— Meu Deus! Como pode um ser tão pequeno e frágil fazer esse estrago? E somente com leite. Meu amor, como pode? - ela ria e mexia com a filha enquanto torcia o nariz. 
— Certo, primeiro se livre da fralda suja. Pegue o lencinho umedecido - ele ergueu o cesto de lixo para ajuda-la com os papeis sujos. Beckett limpava o bumbum da filha erguendo as perninhas juntas - tenha cuidado ao deslizar o lenço para não levar resíduos para a vagina - Beckett olhou para ele intrigada. 
— Você realmente entende disso. 
— Eu tive uma filha antes, lembra? Se você já tem certeza de que está limpo, pegue então outro lencinho e passe na parte da frente - ao observar a esposa executando o que ele dizia, percebeu que ela continuava dando atenção a filha. Beijando a barriguinha, cheirando a pele. algo lindo de se ver - proximo passo é passar o creme. 
— Hum, tem cheirinho de bebê… - Beckett falou ao cheira-lo em sua mão. 
— Depois coloque a fralda limpa erguendo suas pernas. Ótimo! Basta fechar os dois lados da fralda e… - ele não terminou de falar porque a cara da Beckett foi impagável. Lily simplesmente fizera xixi nesse exato momento sujando a nova fralda. 
— Ah, Lily… poxa, filha! Eu já estava acabando. Xixi agora? 
— Sinal que está tudo bem com ela. Tem sorte, se fosse um menino tinha acertado seu rosto em cheio - ela mostrou a lingua para o marido, porém trocou com todo o cuidado a outra fralda limpando a menina e se certificando que estava tudo certo. 
— Pronto, meu bebê. Quer mamar agora, Lily? - ela pegou a menina nos braços - quer um leitinho, meu amor? Mamãe dá para você - Beckett abriu a blusa sem cerimônia e caminhou até o sofá. Acomodou-se e ofereceu o seio para a filha que abocanhou no mesmo instante. Sorrindo, ela começou a murmurar uma canção. Castle não aguentou e pegou o celular para registrar o momento. A voz de Kate surgia baixinho cantando para Lily. 
Hush, little baby, don't say a word 
Mama's gonna buy you a mockingbird.
And if that mockingbird don't sing,
Mama's gonna buy you a diamond ring.
And if that diamond ring turns brass,
Mama's gonna buy you a looking glass.
And if that looking glass gets broke,
Mama's gonna buy you a billy goat.
And if that billy goat don't pull,
Mama's gonna buy you a cart and bull.
And if that cart and bull turn over,
Mama's gonna buy you a dog named Rover.
And if that dog named Rover won't bark.
Mama's gonna to buy you and horse and cart.
And if that horse and cart fall down,
Well, you'll still be the sweetest little baby in town.

Ele estava emocionado. A imagem da perfeição em uma mulher e ela era sua, completamente. Viu quando Beckett trocou a filha de seio e continuou cantando a mesma canção. Castle se aproximou delas, percebeu que Lily estava quase cochilando no seio da mãe. Admirando-as, ele sabia dizer que esses meses ao lado delas seriam mágicos. Após notar que a filha largara o seio e cochilara, Beckett colocou-a na posição para arrotar ficando por alguns minutos observando. Ao ouvir o som ser emitido, sabia que podia leva-la para o berço. Castle vinha logo atrás. Ela ficou em silêncio admirando a filha por alguns minutos. Sentiu os braços do marido a envolverem, ele beijou seu ombro. Beckett estendeu a mão tocando-lhe o rosto. Virou-se para fita-lo e foi surpreendida por um beijo apaixonado nos lábios. 
— O que foi isso? 
— Você é uma mãe incrível, uma mulher única e extraordinária. Nunca me cansarei de dizer isso. 
— Nossa, o que foi que eu fiz para tantos elogios? 
— Vem comigo, você precisa descansar - ele a puxou pela mão em direção ao quarto. Sentou-se na cama e a colocou em seu colo, mostrou o celular. Beckett olhava a gravação atenta. Ao terminar, um pequeno sorriso se formou em seu rosto. 
— Eu adoro esse momento. 
— Posso perceber. Vem, deite-se ao meu lado - ele a puxou envolvendo-a em seus braços. Em questão de minutos, ela adormeceu. 
Castle sabia tanto do cansaço de sua esposa que não se espantou quando foi o primeiro a acordar no dia seguinte. Ela sequer ouviu o alarme do celular, muito menos a babá eletrônica. Melhor assim, pensou. Ele se encarregaria da filha para que ela pudesse descansar. 
Beckett acordou sobressaltada naquela manhã. Ela claramente não ouvira o celular despertar muito menos a babá eletrônica. Será que Lily ainda dormia? Checou o relógio 9:45 am. Deus! Ela devia estar faminta. Castle também não estava na cama. Beckett esfregou os olhos e colocou um roupão antes de se aventurar pela casa. Ao entrar no quarto de Lily não a encontrou no berço. Por um instante, todos os seus sentidos de policial gritaram. Onde está minha filha? O coração começava a bater mais forte. De olhos arregalados, ela seguiu para a sala e deparou-se com Martha segurando a neta nos braços mantendo uma conversa bem animada, pelo menos na concepção da sogra que ria sozinha. O coração de Kate que havia disparado, estava voltando ao ritmo regular. Suspirou profundamente e se aproximou da sogra. 
— Martha… 
— Olá, Katherine. Bom dia! Estou matando a saudade dessa bonequinha. Como ela cresceu em duas semanas! 
— Cadê o Castle? Ele não comentou nada sobre a sua volta. 
— Eu não disse quando voltava, mas aposto que ficou feliz ao me ver embora não admita. Ele está escrevendo. 
— Ela deve estar com fome. A última vez que amamentei foi às três da manhã. 
— Foi por isso que a peguei quando chorou. Richard disse que você precisava dormir. 
— E Lily precisa comer - Martha sorriu entregando a menina para a mãe que já abria o roupão e os botões da blusa do pijama expondo um dos seios. Ávida pelo leite, Lily abocanhou o seio da mãe - nossa! Eu sabia que ela estava com fome, viu como pegou rápido? 
— Instintivo. Bebês sentem o cheiro de leite longe e o da mamãe também, se acostumam. Devo dizer que a maternidade lhe cai muito bem, Katherine. Está com fome? Vou chamar Richard para fazer o seu café. 
— O que tem eu? Ah! Você acordou. Dormiu bem, amor? 
— Dormi, apesar do susto que tive essa manhã. Como eu não ouvi o celular? 
— Isso só prova o quanto você estava cansada. São 20 dias em ritmo frenético. 
— Ele tem razão - disse Martha sorrindo para a nora - kiddo, sua esposa está com fome. 
— Ah, era por isso que falavam meu nome. Ok, vou preparar panquecas e um shake de morango. 
— Por favor, skim. Não quero leite normal. E sem manteiga na panqueca. 
— Quanta exigência… mais alguma coisa, madame? - ele beijou o topo da cabeça dela. 
— Você já devia esperar por isso quando me pediu em casamento, babe. 
— Touché! - ele segui para a cozinha. No segundo seguinte, ela perguntou. 
— Vai demorar o café? - ao ver a careta de Castle, ela riu - não estou te apressando, babe. Lily precisa de uma troca de fralda. Eu vou fazer isso enquanto você providencia o café - com a filha no colo, Beckett passou ao lado dele e roubou um beijo - gostoso! - saiu rindo. 
Era assim a nova rotina no loft dos Castle. Em outro lugar, as coisas também estavam mudando, outro casal estava sob um período de adaptação e certamente um ritmo bem diferente. 
Paul acordou por volta das 9:30 da manhã era um dos prazeres que se dava quando estava de folga. Infelizmente, seria apenas ele no apartamento hoje. Johanna tinha plantão até às seis da tarde. Sozinho, ele decidiu tomar um banho e relaxar após arrumar o quarto e dar uma geral no apartamento. Pensou em talvez assistir um filme, ler um livro. Deixaria a corrida para a tarde. Recentemente, ele vinha se interessando por videogames. Daniel mostrou alguns deles e por causa de Castle, ele acabou criando um interesse no assunto apesar de ser um leigo, fez pesquisas e testou alguns jogos com o médico e em lojas. No chuveiro, ele elencou como passaria sua folga e lembrou que após a corrida precisava ir ao mercado comprar alguns camarões e lulas para preparar o jantar. Seria spaghetti al fruto di mare e sua geladeira tinha apenas vieras e um pedaço de polvo. 
Desde que Johanna viera morar com ele, sua rotina era dividida entre trabalho, afazeres de casa e ela, óbvio. Adorava cozinhar para a namorada e ela também. Na verdade, os dois competiam pela cozinha sendo que ela levava vantagem na maioria das vezes, o que não era problema algum para Paul que amava o tempero e a mão de Johanna para comida. Jurava que se ela não fosse cirurgiã, seria chef. Os demais afazeres domésticos não eram um problema. Ele cuidava da maioria como antes, Johanna cuidava da roupa. 
Paul estava adorando essa nova fase da sua vida, era muito bom entrar no banheiro e sentir o cheiro de perfume, dos cremes, ver roupas femininas pelo quarto e claro acordar ou adormecer na companhia dela. Podia sentir o perfume de Johanna por todo apartamento. Ao adentrar a sala, percebeu um cheiro diferente no ar. Alguém estava cozinhando no vizinho, pensou. Ou será que Joh deixou algo para o meu café da manhã? Um sorriso se alargou em seu rosto ao ver a namorada com os cabelos presos em um coque mexendo uma panela. 
— Joh? O que aconteceu? Você deveria sair do plantão às seis da tarde. 
— Hum, detecto alguma preocupação da sua parte, Paul? Por acaso estava pensando em fazer algo pelas minhas costas, moreno? 
— Claro que não, Joh. Só estou surpreso de vê-la aqui. Uma ótima surpresa devo acrescentar. 
— Pensa que vai me ganhar com essa sua lábia? Terá que fazer melhor. 
— Mesmo? - ele a agarrou pela cintura colocando-a de frente para si e sorvendo seus lábios em um longo beijo - que tal isso para começar? 
— Muito bom, mas acho que foi só uma amostra. Quer tentar novamente? 
— Você é muito engraçadinha - ele a beijou outra vez assegurando que Johanna ficasse quase sem fôlego - acho que provei meu ponto. Agora pode me dizer porque está em casa e o que está fazendo? 
— Daniel me ligou e pediu para assumir minhas horas em troca de 4 horas a mais no domingo. Aparentemente, ele tem um compromisso com a noiva. Não me importo, já estou lá mesmo. Além do mais, posso passar mais tempo com você no hospital e na sua folga. Não é ótimo? E para matar sua curiosidade, estou fazendo a sobremesa do jantar porque sei que não vai deixar eu cozinhar mesmo. Está com fome? Posso fazer ovos com bacon para você, a menos que tenha outros planos moreno. 
— Nah, ovos com bacon parecem ótimos. Tenho que mudar meu dia para aproveita-lo com você. O videogame vai ter que esperar. 
— Videogame? Desde quando você tem essa mania? 
— Não é mania, nem vicio. Estou longe de Castle. Estou curioso, Daniel me disse que é ótimo para aliviar a tensão, desestressar e manter o foco e os reflexos algumas vezes. Castle já havia comentado também. 
— Eu conheço algo bem melhor para aliviar a tensão. Chama-se sexo - Paul riu - o que? Vai dizer que prefere ficar sentado de frente para a tv apertando botões e fingindo matar gente do que fazer amor e ter orgasmos? 
— Joh! Onde você aprendeu sobre matar em videogames? 
— Tenho uma filha adolescente e nerd, esqueceu? Ela tem um desses videogames, um XBox. 
— Ela levou para Paris? - ele perguntou bastante interessado. 
— Claro que não. 
— Ah, você podia trazer para cá. Assim eu testo e não gasto dinheiro. 
— E provavelmente esquecerá da sua namorada. Se eu trouxer o videogame, nada de sexo para você. Game over, moreno - ele arregalou os olhos - o que? Nada mais justo. Vou ficar chupando o dedo mesmo. 
— Parece que a Kate te ensinou direitinho. Tudo bem, Joh. Que tal você sair dessa cozinha e curtirmos o dia. Eu ainda farei o jantar para você. É o nosso trato nas folgas - Johanna terminou de fazer os ovos. 
— Vem, sente-se e coma antes que esfrie - ele obedeceu. Johanna fez o café e colocou a caneca na frente dele. Em seguida, tirou a massa das tortinhas que deixara no forno. Estavam ótimas, despejou o creme e colocou na geladeira. Sentou-se ao lado dele - então, quais são seus planos para hoje, Paul? 
— Deixei a corrida para a tarde e o mercado. Pensei em um filme, ficar no sofá. Mas podemos transferir a festa para a cama. 
— Você só pensa nisso? 
— Olha quem fala! Era eu quem estava mencionando sexo há pouco - Joh mordeu o ombro dele. 
— Podemos sair, almoçar fora… à noite fazemos amor temos até amanhã, o dia todo e você sabe à noite é uma criança. 
— Ok, mas você vai recusar até o banho comigo? 
— Paul, você acabou de sair do banheiro. 
— E? - ela riu. 
— Vamos, moreno. Matar quem está te matando - ela puxou-o pela mão e desapareceram no banheiro. Não é preciso dizer que a temperatura no chuveiro esquentou. Essa era uma das razões preferidas de Johanna ao morar com Paul, sempre que estavam a fim era só sugerir. E claro adorava vê-lo cozinhar para ela e mima-lo também. Após um ótimo banho, eles saíram. 
Curtiram o dia em Nova York, almoçaram, tomaram sorvete e ao invés de correr, Paul se contentou em aproveitar a companhia de Joh no Central Park. Antes de voltar para o apartamento, passaram no mercado e compraram o que precisavam para o jantar. 
A cozinha agora tinha um novo dono. Johanna sentou-se na frente do balcão para observa-lo com uma exigência: tinha que usar o avental! A massa feita de modo caseiro ficou maravilhosa, o molho com frutos do mar deu um toque especial. Um vinho branco da California caiu perfeitamente e a sobremesa, um tartelette de limão, fechou muito bem a noite. Nem se faz necessário mencionar que a rodada na cama fazendo amor foi revigorante. Johanna espreguiçava-se como uma gata ao lado do namorado. No dia seguinte, ele a acordou com beijos e caricias. Após uma nova sessão relaxante, Johanna estava deitada de bruços totalmente nua. 
— Hey… - Paul deslizava a mão nas costas dela - será que você pode levantar para eu arrumar a cama? 
— Mas já? Está cedo, estou de folga. 
— São 10 horas, Joh. E alguém tem que arrumar a casa. O café está pronto. 
— A casa não está suja… 
— Esse é o seu ponto de vista…- ela virou-se na cama para encara-lo - não sabia que você era preguiçosa a esse ponto, Joh. 
— Ah, certo. Isso significa que você está arrependido de eu estar morando aqui? Posso voltar para o meu apartamento a qualquer momento. 
— Quanto drama - ele revirou os olhos recebendo uma tapa no peito. 
— Eu que o diga. Não sabia desse seu TOC com limpeza. 
— Não é TOC! Algum problema em ser organizado? Alguém tem que ser nessa relação. 
— Hey! Eu não sou bagunceira. Só não faço disso minha prioridade. 
— Posso ver pelas condições que deixa a cozinha… - ele provocou e Johanna pegou corda ficando de joelhos no colchão com as mãos nos ombros dele. Olhava séria para os olhos verdes. 
— Quer que eu me mude, moreno? - apertava os ombros dele com os dedos, o que para Paul não era nada até ela usar as unhas. 
— Ouch! Isso dói! 
— Ótimo! Vai responder minha pergunta? - claro que ele escolheu outra forma para responder. Com os lábios, sorveu um dos seios dela com vontade. No mesmo instante, ela parou de feri-lo e gemeu - Paul, por favor… 
— Paul… sei, que tal sair da cama agora? - ele falou com uma voz sensual beijando seu pescoço. Ela o empurrou. 
— Chato! - porém se levantou e seguiu para o banheiro. Quando saiu, muito cheirosa e de cabelo lavado por sinal, encontrou o quarto transformado. A colcha na cama esticada com perfeição, as suas roupas que estavam espalhadas, agora estavam dobradas sobre a cadeira e um aroma de limão e madeira no ar devido ao incenso próximo a tv. Definitivamente, ela tirara a sorte grande com o namorado. Estava prestes a agarra-lo quando seu celular tocou. 
— Bonjour, mama! 
— Audrey! - sentou-se no colo de Paul no sofá e se dedicou a uma longa conversa com a filha pois estava ávida por novidades. 

XXXXXXXXX

O tempo estava correndo mais rápido do que Beckett imaginara. Lily faria um mês no dia seguinte e as delicias da maternidade consumiam todo o tempo da mamãe e do papai. Na verdade, Martha estava sendo uma excelente aliada pois além do conhecimento, sempre estava disponível para ajuda-la especialmente agora que Castle estava com a corda no pescoço. Gina estava cobrando a nova proposta do livro que prometera e ele precisava apresentar não somente o resumo, mas também no mínimo cinco capítulos para que ela avaliasse se tinha potencial, afinal a ideia de usar uma outra pessoa para ajudar Nikki Heat que não seja Rook não soou bem aos ouvidos da editora mesmo com Castle garantindo que a tal médica iria apenas auxiliar no campo que lhe diz respeito. 
Resumindo, enquanto Kate amamentava e cuidava da filha, Castle escrevia para convencer Gina. Aproveitando que Lily dormira, ela resolveu checar como o marido estava se saindo. No escritório, ele olhava sério para a tela do notebook e os dedos corriam leves e rápidos pelo teclado. Kate se aproximou abraçando-o pelo pescoço beijando-lhe o rosto. 
— Como vai seu progresso? Está muito concentrado para me contar? - Castle terminou um parágrafo e salvou o texto. Suspirou e acariciou o braço da esposa. 
— Estou indo bem, porém tenho algumas dúvidas que preciso esclarecer com Johanna antes de apresentar isso para Gina. Estou pensando em ligar para a minha fã e marcar uma consulta. 
— Conhecendo Joh, ela larga tudo o que está fazendo e vem te ajudar. Você tem que ter cuidado porque vai querer ler o que escreveu. 
— Esse perigo não corro. Se for me encontrar com ela, levarei as perguntas apenas. Você mais do que ninguém sabe que não compartilho minhas historias. 
— Eu sei, fui enganada achando que musa tinha privilégios. Quer saber? Aposto que ela deve estar louca para ver Lily. Seria bom que viessem nos visitar. Posso sugerir isso. 
— Não é uma má ideia, contudo estou falando em ficar ao menos umas duas horas conversando com ela, pesquisa mesmo. Paul não vai gostar de esperar. Talvez devesse fazer isso em um dos dias que ela não tivesse plantão. Terei que pedir um adiamento de Gina. Já imagino o quanto ela vai reclamar no meu ouvido. 
— Tem razão. Acho que sei como te ajudar, babe. Eu vou ligar para Joh, saber como ela está e sugerir que venha visitar Lily. Tenho certeza que ela não vai pensar duas vezes. Nós não nos falamos desde o hospital e agora que ela está morando com Paul deve estar cheia de novidades. 
— Ah, logo vi que havia segundas intenções nessa sua ideia. Você quer saber como está sendo a vida do casal. Nunca pensei que Kate Beckett gostasse de uma fofoca - ele olhava com a maior cara de implicante para a esposa. 
— Castle! Nao é fofoca! Deixa de ser implicante. 
— Ao que me consta esse é um dos motivos porque você me ama - ele esticou o rosto para beija-la - ligue para a sua amiga, sei que está se coçando para saber o que o Paul anda fazendo. 
— Hey! Deixa de ser bobo, lá quero saber de Paul! E vou logo avisando escritor: nada de usar a personagem de Johanna para mexer com Rook ou nem será preciso Gina rejeitar seu livro, eu mesma o farei. 
— Ouch! Você está revoltada, Beckett. Está com fome? Sono? Aproveite que Lily está dormindo e faça o mesmo. 
— Quer dormir na sala, Castle? 
— Deus! Você fica sexy quando está irritada e quer brigar comigo! - ao ouvir o comentário do marido, ela não aguentou e riu. Deu um puxão na orelha dele e deixou o escritório em busca de seu celular. Tinha uma ligação muito importante para fazer. Beckett sentou-se na cama e acionou o contato de Johanna. Torcia para que não estivesse trabalhando. Ao terceiro toque, ela atendeu. 
— Kate! Que surpresa! 
— Oi, Joh… alguém anda ocupada e sumida, não? 
— Ocupada,sim. O sumida não aceito. Estava dando tempo para você se adaptar e curtir sua nova fase, mamãe. Como está minha pequena? Nem acredito que já se passou um mês daquela loucura. 
— Nem eu! Ela está ótima. Tirando as poucas horas de sono na madrugada, está tudo correndo a mil maravilhas. Tenho recebido ajuda de Castle e Martha, sem contar a experiência que tem sido incrível. 
— Fico feliz em ouvir isso. 
— Você está trabalhando? 
— Sim, estou no hospital. No conforto para falar a verdade, o dia está calmo. 
— Quando é sua próxima folga? Estava pensando se você e Paul não gostariam de vir aqui em casa visitar Lily. 
— Daqui a dois dias nós dois temos folgas juntos. Espera, detecto carência ou curiosidade? Isso é vontade de ver os amigos ou tem algo mais? Está tudo bem mesmo, Katie? 
— Está, Joh…e-eu só preciso de novidades, um pouco de vida social. Então, aceita meu convite? 
— Vou falar com o Paul, mas acredito que é certo. Qual o melhor horário? 
— Acho que durante a tarde. Assim você consegue ver Lily acordada, eu espero. 
— Ótimo! Te vejo em dois dias - Beckett desligou o celular satisfeita. 
No dia esperado, Johanna e Paul surgem no loft fazendo festa. Beckett notou que os dois estavam muito bem, relaxados e sorridentes. Castle, como sempre, não ia deixar o detalhe passar despercebido. 
— Olha só, quem diria! Morar junto faz bem para a pele. Paul rejuvenesceu. Johanna está te tratando bem? Casa, comida e roupa lavada? - na mesma hora, o médico ficou vermelho. 
— E desde quando Paul é um homem das cavernas para exigir isso, Castle? - disse Johanna - estamos em pleno século 21! Tenho certeza que você ja ouviu falar em divisão de tarefas. 
— Olha, Castle… se eu te contar que quem provê tudo sou eu, acredita? 
— Paul! - ela apertou o braco do namorado. 
— Estou mentindo? Quem cuida da casa sou eu. Ela apenas cuida da roupa, o que significa lavanderia. A cozinha é dividida dependendo dos nossos plantões. Sou praticamente um homem do lar. 
— Johanna está certa, por que somente nós temos que carregar o peso dos afazeres domésticos? 
— Você fala como se eu não fizesse nada. Você me explora, Kate! 
— Explorar é uma palavra muito forte, embora reconheça que você faz muito para me ajudar - ela abraçou-o - querem beber alguma coisa? Castle, cadê seus modos de anfitrião? 
— É todo o dia assim, mandando em mim - viu Beckett entortando a boca - e eu faço tudo por amor… 
— Melhor assim. 
— Querem vinho, whisky? Suco, café? 
— Deixe o café para mais tarde, eu aceito um suco. E cadê a Lily? 
— Dormindo, porém deve acordar em meia hora. Não se preocupe irá carrega-la no colo, Joh. Paul, vai de que? 
— Se você estiver saudoso posso tomar uma dose de whisky com você ou cerveja mesmo se tiver. O calor promete esse ano por aqui. 
— Tenho cerveja. Volto num instante - Castle saiu para a cozinha. Beckett manteve a conversa em território neutro, quando estivesse sozinha com Johanna perguntaria detalhes. 
— Tem noticias de Audrey? Ela já está em Paris, não? 
— Sim, está apaixonada pela cidade. Disse que o curso é ótimo e sua meta é melhorar sua  fluência em um mês. Do jeito que ela é persistente não duvido que consiga. Achou o máximo trabalhar. 
— Que bom. E qual é o emprego? 
— Você sabe, um desses empregos de verão que oferecem para jovens. Está em uma padaria, encantada com os doces e as maravilhas da culinária francesa. Já avisei para ela aprender as receitas e me ensinar. Mandei ter cuidado com o peso também, do jeito que aqueles doces e pães são, imagina a tentação? 
— Não é fácil mesmo - Castle chegou com as bebidas e um prato com uns petiscos. Ele brincou com Paul e entregou os copos de suco para as mulheres. Ia começar outro tópico de conversa quando a babá eletrônica anunciou o choro de Lily - está na hora de alguém mamar. Quer vir comigo, Joh? 
— Nem precisa perguntar! - juntas, elas caminharam para o quarto de Lily. A princípio, Beckett pegou a filha no colo e a acalmou para então entregar a Johanna. Sabia que a amiga estava louca para carregar a afilhada no colo outra vez - meu Deus! Ela engordou. Kate, como está fofa. Oi, Lily! Lembra de mim? Sua dinda Joh. Você é muito linda, não podia ser diferente com esses genes que herdou, hein? Está com fome, meu amor? Dinda queria muito te ver, ficar com você no meu colo. Mas primeiro vamos deixar essa barriguinha cheia, certo? Sua mamãe vai dar aquele leite gostoso, meu bebê - Beckett adorou observar o jeito da amiga com sua filha. Johanna tinha muito jeito com crianças. 
— Você é perfeita nisso. Age com tanta naturalidade! 
— A medicina ajuda e sou mãe - ela riu - mas você aprendeu muito rápido. Talvez não soubesse o quanto estava pronta para ter uma criança, Kate - ela devolveu a menina para o braço da mãe. Beckett sentou-se na poltrona, abriu a blusa e acomodou a filha para mamar. 
— Sente-se, Joh. Enquanto Lily come, você me conta da sua vida nova. Como está sendo a experiência de morar com Paul? 
— O que você acha? Maravilhosa! Até isso acontecer, não percebia o quanto sou louca por esse moreno. Acordar todos os dias ao lado dele, dormir, a sensação de andar pela casa e ver tudo o que descreve Paul. E não é apenas isso. Descobri que ele é super organizado, quase obsessivo - ela riu - mas de um jeito bom, o que faz de mim a bagunceira. Adoro nas minhas folgas preparar o jantar para ele, mesmo sabendo que isso não me torna uma dona de casa. Eu não sei… não vejo nada ruim nessa experiência. 
— Definitivamente nada. Se até organizado o homem é! Joh, você está amando tudo isso, não? Não se trata de estar apaixonada. É amor mesmo. Acho que você gostou tanto que não volta mais para casa. 
— Será? Mas eu preciso, pela Audrey. 
— Pela Audrey você estaria casada, sabia? - as duas riram. Kate trocou Lily de lado e continuaram a conversar. Na sala, outro tipo de conversa se desenrolava. 
— Castle, eu ainda não tive a oportunidade de agradece-lo e também pedir desculpas pelo que aconteceu antes de Lily nascer. 
— Pedir desculpas? Pelo que? 
— Pelo jeito que ignorei suas preocupações e seus desejos quando você esteve pela primeira vez no hospital. Eu implicava com você e fiz jogo duro não querendo ou melhor não sabendo lidar com o que você dizia, sua angústia sobre Kate. Foi preciso acontecer tudo aquilo com Joh para eu compreender o quanto somos vulneráveis e o quanto nos angustiamos por quem amamos. Senti na pele o que é o medo e o desconhecimento, o não saber se poderia vê-la outra vez. É por isso que te devo desculpas. Por não ter levado à sério e respeitado seus sentimentos na época. Agora sei que são verdadeiros e avassaladores. 
— Já passou, Paul. Estamos todos aqui, bem e apreciando a vida. Um brinde a isso - eles bateram os copos - Aproveitando que estamos só nós dois aqui, quero te dizer que vou precisar da sua namorada para algumas pesquisas do meu livro. Devo marcar uma conversa com ela, preciso que ela me responda umas perguntas de cunho profissional. Não quero cometer erros ou escrever sobre coisas impossíveis na medicina.  
— Sem problemas. Também quero te pedir uma ajuda. Um assunto que você adora. Videogames. 
— Hum, finalmente se rendeu a essa maravilha tecnológica? 
— Daniel também curte, está sempre jogando nos intervalos do plantão. Ele me disse que era bom para o estresse e para aguçar os reflexos, porém fui mencionar isso para a Joh e ela não gostou muito. Sugeri que me emprestasse o Xbox da Audrey e me ameaçou. 
— Kate… já fez uma aliada. Deve ter instruído Johanna muito bem. Diga o que quer saber ou melhor, vamos ligar essa belezura - empolgado, Castle tomou a frente da conversa dando uma verdadeira aula da arte do videogame para Paul. 
Quando Beckett e Johanna retornaram a sala, se depararam com uma cena no mínimo inusitada. Paul e Castle lado a lado no sofá ambos com controles de videogame nas mãos e olhos focados na tela. Elas se entreolharam e continuaram a observar a cena. Paul movimentava-se de um lado a outro fazendo caretas. Castle, como de costume, tinha a lingua para o lado de fora apontando para o canto da boca. 
— Vá para a direita. Pegue a granada. Não! Era para pegar não para explodir, Paul! - vendo o desejo de competição e os ânimos de Castle começarem a aflorar de modo negativo, Beckett decidiu acabar com a festa. 
— O que está acontecendo aqui? Deixamos vocês sozinhos por vinte minutos e ao invés de conversar vocês resolvem se estranhar no videogame? 
— Um minuto, Beckett - Castle estava de pé apertando os botões do controle ferozmente - vamos, só preciso de uma chance para detonar esse abrigo, vamos! Mexa-se, seu bandido indolente! 
— Castle, largue esse controle - vendo que ele sequer lhe deu atenção, tentou novamente - Castle, queremos tomar um café - ela reparou que Paul já deixara o controle de lado. Se aproximou do marido ouvindo as risadinhas de Johanna ao fundo e gritou - Castle! - ele deu um pulo vendo uma explosão acontecer na tv. 
— Meu Deus, Beckett! O que foi isso? Vai acordar a Lily. 
— Você estava tão vidrado que não escutou quando chamei. 
— Eu escutei apenas precisava terminar minha batalha. Agora terei que fazer tudo de novo. 
— Ah, tadinho… vai fazer um café para nós. Por acaso você não tinha algo importante para conservar com Johanna? 
— É, sim… claro! Café - ele desligou a televisão e se juntou aos demais. Quando Beckett ficou ao lado da amiga, ela a parabenizou. 
— Bela tática, Kate. 
— Não é tao boa quanto o sexo, mas funcionou - as duas caíram na gargalhada. 
— Tenho medo de vocês… - Paul deixou escapar. 
— Acho bom mesmo - comentou Johanna piscando para Beckett. 
Castle serviu o café, havia brioches, bagels, queijo, geléia e alguns cookies. Entregou a caneca de Kate e sentou-se à mesa com os amigos. Decidiu que era o momento de pedir a ajuda de Johanna. 
— Johanna, posso saber quando é sua próxima folga? 
— Desde quando você está interessado nos meus horários, Castle? Ou melhor, por que? 
— Estou precisando de uma consulta profissional. 
— Está doente? 
— Não, uma consulta para o meu livro. Termos médicos, conceitos. Reações a medicamentos, essas coisas. 
— Então você conseguiu convencer sua editora a fazer o thriller com tema médico? Isso é ótimo! 
— Não totalmente. Estou preparando um draft e preciso da sua ajuda. 
— Claro! Por que não fazemos isso agora? 
— Eu disse que ela ia ficar empolgada - comentou Beckett. 
— Não, hoje é sua folga com Paul. Apenas me diga quando não estará trabalhando e marcamos algo. 
— Ótimo! Depois de amanhã. Paul estará de plantão e eu terei que cuidar da roupa. Pode me encontrar no apartamento ou em outro local se quiser. 
— Tem um café perto da lavanderia? 
— Tem. Quer se encontrar lá? Te passo o endereço. Às duas da tarde está bom? 
— Pensei que ia lavar a roupa pela manhã. 
— Não, moreno. A manhã vou dedicar para mim. Preciso fazer unhas, cuidar da beleza… não se preocupe, farei um jantar para você mesmo sabendo que seu plantão terminará à meia-noite - ela deu um selinho nele - está mais que combinado. Mal posso esperar! - de repente a conversa foi interrompida por um choro de bebê. 
— É a fralda - anunciou Beckett. 
— Ah! Posso trocar? Não faço isso a tanto tempo… 
— Tudo bem, vem comigo Joh. 
— Tudo que Beckett quer, alguém para trocar as fraldas. Ela não gosta do trabalho sujo. Até outro dia não tinha trocado uma fralda sequer. 
— Cala a boca, Castle - elas seguiram para o quarto. Sozinhas, ela confessou. 
— É verdade, eu não gosto muito de trocar fraldas. Não é pelo cheiro ou a sujeira. Eu tenho medo de machuca-la, fazer algo errado. E-eu tenho que confessar algo. Eu não dou banho nela. Castle ou Martha fazem isso. 
— Ah, Katie… eu sei que no inicio é tenso, existe o medo, mas você precisa fazer isso! Por que não pede para Martha te auxiliar, acompanha-la em um passo a passo? 
— Eu pensei nisso, mas não sei se ela teria paciência comigo. Vou fazer várias perguntas e sei lá, não me sinto confortável. 
— Acho que terei que resolver mais esse problema. Vou ajuda-la - Johanna terminou de trocar a fralda e devolveu a menina para Beckett. Voltando a sala, ela terminou o pedaço de brioche e fez sinal para Paul que deveriam ir andando - não se preocupe, Castle. Eu cuidarei da roupa e responderei suas dúvidas. O café nos espera. Depois que terminarmos, deixo as roupas em casa e voltou com você para o loft ver Lily e realizar uma missão com Kate. 
— Missão? O que vocês duas estão aprontando? - perguntou Paul. 
— Relaxa, moreno. Coisas de maternidade. Temos um encontro, Castle. Vou adorar responder suas dúvidas e contribuir para a historia de Nikki Heat. 
— Ótimo! Não vejo a hora de apresentar tudo para Gina e começar a dar forma ao livro. 
— Parece que alguém está empolgado com a escrita - comentou Beckett. 
— O que posso dizer? Essa nova fase da minha vida, ter minha musa por perto, minha filhota… me deixa inspirado - Kate não resistiu e beijou primeiro a bochecha do marido e depois os lábios. Eles continuaram conversando por um tempo, Lily adormeceu no colo de Beckett. Antes de se despedir, Castle entregou um pequeno pedaço de papel para Paul bem discretamente. Em seguida, correu ate seu escritório e trouxe uma espécie de questionário para entregar a Johanna. 
— Aqui está uma lista de assuntos/perguntas iniciais que eu tenho para você pensar. Uma vez que me responda isso, eu terei muitas outras perguntas. 
— Sem problema, pode perguntar à vontade. 
— Vejo você na quinta - despediram-se e Beckett foi colocar Lily no berço. Seguiu para a suite principal com Castle ao seu encalço. 
— Sabe, você está deixando Johanna empolgada e curiosa. Meu medo é que se decepcione quando você revelar que não pode ler nada que escreveu. Não que seja novidade, eu já a havia alertado quando a esse pequeno problema. 
— Não é um problema, Beckett. Apenas a forma como eu trabalho. 
— Você não precisa da minha ajuda? 
— Não agora. Você não sabe nada de termos médicos - de repente, Castle notou o olhar estranho - espera, você não está chateada por eu querer a ajuda de Johanna, certo? Por favor, não diga que está com ciúmes. 
— Claro que não, Castle. Johanna é minha amiga e… - ela suspirou - tudo bem, não é ciúmes dela. É só que… gostaria de me sentir útil, parte dessa nova historia. Eu sei que tenho muito com o que me ocupar e me preocupar com Lily, mas eu preciso me manter alerta, usar o cérebro - ele a abraçou colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha. Respondeu. 
— Oh, amor! É claro que você fará parte da minha pesquisa. Ainda não é sua vez. E eu valorizo tudo o que você faz por Lily da mesma maneira que valorizo suas ideias, sua inteligência. Não haveria história alguma sem você, sem a musa. Não se preocupe, Kate. Você tera um papel muito importante no meu próximo livro não somente porque é a personagem principal, mas principalmente porque terá uma grande responsabilidade: você deverá tomar uma decisão fundamental por Nikki. 
— Mesmo? Você já tinha planejado isso ou acabou de inventar para que eu me sinta melhor? 
— As duas coisas? Sério, eu vinha matutando a idéia e como não queria tomar a decisão sozinho… agora é sua responsabilidade - ela riu. 
— Eu amo você. 
— Always - ele beijou seus lábios, porém um chorinho interrompeu o momento. 
— Sua filha quer atenção - ela disse mordiscando o queixo dele e caminhou até o quarto de Lily. Sozinho, ele gemeu e deixou escapar. 

— Jesus… quanto tempo mais tenho que esperar para fazer amor com você, Beckett…  


Continua....

5 comentários:

Unknown disse...


Nossa que capítulo maravilhoso ,a cada fins você se supera mas Kate e Castle sendo simplesmente excepcional como pais 💟💟💟💟💟💟💟
Castle sendo um companheiro extraordinário sendo o trocando de fraldas oficial simplesmente horário ele ensinando a Kate e Martha uma vó divina sempre ajudando os pais a cuida da pequena princesa💖💖💖💖💖💖💖💖💖💖
O que fala do nosso casal de médicos maravilhosos Paul querendo joga vídeo game e sendo um dono de casa perfeito ,Joh uma pessoa totalmente linda em tudo sempre pronta para ajuda 💝💝💝💝
Foi imper engraçado Castle e Paul jogando e hilário Kate colocando ordem na casa foi incrível💙💙💙💙💙💙😄😄😄,foi tudo lindo ,mágico😘😘😘😘😘😘😘😘😘😘
PS.sei que você tirou à Alexis das suas fins mas fica estranho ela não ser mencionada principalmente sendo o Castle um super pai que sempre a protegeu e sempre esteve ao lado dela .
Obrigada e não demore posta as suas fins 🌺🌺🌺🌺🌺💖💖💖💖💖💖💖💖

cleotavares disse...

Quem diria que a durona Kate Beckett se tornasse essa mãezona tão doce. E o papai Castle não poderia ser diferente, companheiro e puro amor com Kate e Lily. A vovó Martha como sempre, encantadora e ajudando sempre. E o Castle tem razão, é um momento mágico de Kate com Lily na hora da amamentação.
E o nosso casal Grey´s? Estão muito bem, não? A Joh é uma figura, amo esse lado "Castle" dela, e quem diria, o Sr Paul vai virar um viciado em game. hahahaha A Kate e Joh terão que fazer muitas ameaças pela frente.
Perainda! O Castle e a Beckett ainda voltaram a ativa? Vixe! vão botar o Loft a baixo. hahahah

rita disse...

Como disseram em um comentário, você a cada capítulo se supera Karen. Foi bom demais esse capítulo e ler foi excelente. Espero que não demore muito a postar o próximo. Abraços da amiga.

Unknown disse...


Nossa que capítulo maravilhoso ,a cada fins você se supera mas Kate e Castle sendo simplesmente excepcional como pais 💟💟💟💟💟💟💟
Castle sendo um companheiro extraordinário sendo o trocando de fraldas oficial simplesmente hilário ele ensinando a Kate e Martha uma vó divina sempre ajudando os pais a cuida da pequena princesa💖💖💖💖💖💖💖💖💖💖
O que fala do nosso casal de médicos maravilhosos Paul querendo joga vídeo game e sendo um dono de casa perfeito ,Joh uma pessoa totalmente linda em tudo sempre pronta para ajuda 💝💝💝💝
Foi imper engraçado Castle e Paul jogando e hilário Kate colocando ordem na casa foi incrível💙💙💙💙💙💙😄😄😄,foi tudo lindo ,mágico😘😘😘😘😘😘😘😘😘😘
PS.sei que você tirou à Alexis das suas fins mas fica estranho ela não ser mencionada principalmente sendo o Castle um super pai que sempre a protegeu e sempre esteve ao lado dela .
Obrigada e não demore posta as suas fins 🌺🌺🌺🌺🌺💖💖💖💖💖💖💖💖

Vanessa disse...

Starting out S9 Part 2 ou seria S10?
Por que vc não era showrruner de Castle? Seria muito melhor. ♥♥


A rotina caskett totalmente alterada com a presença de Lily. Apesar de exaustiva, é também muito prazerosa ainda mais com o apoio incondicional de Castle.
Alem de ser trocador de fraldas oficial, ainda vem dormir agarradinho para que Kate possa dormir melhor, e então vai preparar o almoço. Descrição de homem perfeito hahaha
Castle super protetor com a alimentação.Adoro essas cenas domésticas, com direito a ela apertando o traseiro dele hahaha
Trocar fralda após o almoço? Bem vinda a maternidade hahahaha
Castle ensinando ela a trocar a filha.
Lily fez xixi bem na hora de trocar a fralda hahaa Ja quero os meninos fazendo isso hahahahaha
Esses momentos de amamentação estão cada vez mais mágicos. Eita beijo apaixonado. Castle é incrivel.
Ele mostrou o video para ela. Aww! Eles dormindo abraçadinhos é a coisa mais fofa desse mundo.
Instintos policial juntando com instinto protetor materno hahahaha
Calma, Kate, a pequena só estava com a vovó.
Martha sempre tão alegre e agradável. Wow ja se passaram 20 dias? Amando ver Kate abraçando a maternidade com tanto amor, não que duvidasse.
Mas poder ler algo assim, é como praticamente ver. Sim, parece que estou assistindo isso.
Essas provocações deles são demais. hahaha Adoro.
Vamos ao nosso segundo casal.
Paul empolgado com video games, será que Joh terá que fazer ameaças com bisturi? hahahaha
Joh é otima, aprendeu direitinho mesmo com Kate hahahaha
"Era so sugerir". So vejo vantagens hahaha
Adoro as provocações dos dois tb haha
Meu Deus, a pequena vai fazer um mês ja!
Castle escrevendo a todo vapor. Acho tão boninho quando Kate vai até o universo dele e fica observando ele escrever.
O escritor vai precisar de Johanna e Kate está toda ansiosa para ver Joh tb. Fofocar hahaha
"Quer dormir na sala?" Kate bravinha em mostrando quem manda, é tão legal hahaha
Eu to ansiosa para essa reunião das amigas hahaah
Castle ja provocando logo de cara e Paul provocando Joh tb hahaha
Lily acordou em boa hora, agora as amigas podem tricotar hahaah
Adorei esse momento delas. Mas Paul pedindo desculpas para Castle foi lindo, me emocionei.
E ainda foram jogar video game juntos hahaha
Claro que Castle se empolgou mais do que devia, e kate teve que pôr ordem hahahah
Joh tb se empolgou com a pesquisa hahaha
Se oferecendo para trocar a fralda da Lily hahaha
Joh vai ajudar Kate a dar banho na pequena, vai ser lindo.
Eu achei fofinho Kate meio com ciumes de Castle não estar precisando da musa hahaha
Castle como sempre sabendo sair muito bem da situação.
Parece que alguem ta subindo pelas paredes hahahah