terça-feira, 14 de novembro de 2017

[Castle Fic] A (Im)Perfect Love Story - Cap.29


Nota da Autora: Esse é um capitulo dedicado ao relacionamento entre pais e filhos. Seja pelo lado pai/filha, mãe/filha, Caskett ou do nosso outro casal. Há sempre hora para aprofundar essas relações. Além disso, abrir oportunidades para o futuro... virar paginas, escrever novos capítulos a sua historia pessoal, não? Divirtam-se! 



Cap.29 

Paul percebeu a palidez no rosto da namorada. Com certeza, a notícia a pegou de surpresa e não deixava de ser um choque. Ele pegou um copo com água e se dirigiu a ela.
— Sente-se no sofá, Joh. Beba um pouco d’agua - ao pegar o copo, ele reparou que as mãos dela tremiam. Sentou-se ao lado dela - respire fundo, amor. Eu sei que você não estava esperando isso, então porque não me conta exatamente tudo o que Audrey lhe disse? - ele a aconchegou em seus braços e Johanna criou coragem para falar. Relatou toda a historia que ouvira da filha, não esqueceu nenhum detalhe. Ao terminar, ela suspirou. 
— É claro que fico orgulhosa de vê-la agindo independente, surpreendendo outras pessoas, mas planejar os seus próprios passos sem mim? Sou tão descartável assim? - Paul acariciou o rosto dela. Segurando suas mãos, ele a fez fita-lo. 
— Joh, escute o que vou lhe dizer. É natural você ficar chateada, essa é a sua primeira reação porque Audrey a pegou de surpresa. Ela não a excluiu da decisão, apenas antecipou todos os passos que precisam fazer. Afinal, não era isso que desejava para sua filha? Experimentar o mundo, ser independente? Ela está seguindo seus passos, Joh. Eu não posso exatamente imaginar o que isso significa para você como mãe simplesmente porque eu não sou pai, contudo se você me perguntar se Audrey está no caminho certo, eu terei que concordar com ela. Joh, ela está usando-a como exemplo. Se ela quer ficar em Paris, por que não? Acredito que você precisa perguntar a Audrey o que ela quer ser no futuro. Alguma vez ela demonstrou algum desejo pela medicina ou por qualquer outra area? 
— Não, ela me disse que gostaria de ter uma carreira internacional que lhe desse a oportunidade de viajar, conhecer o mundo. Se for isso, ela pode fazer faculdade aqui. Não precisa estar na França. Relações internacionais ou quem sabe, de repente, tornar-se diplomata. Temos as melhores universidades aqui.
— Concordo, mas você já parou para pensar que essa carreira possa ser em turismo, moda, então a Europa faz todo o sentido. 
— Talvez, mas Audrey nunca demonstrou gostar de moda… 
— Eu apenas estou recomendando que você converse com ela. Existe algo em Paris que a atraiu, começou com o idioma e pode ter evoluído. O que mais está lhe atingindo é a possibilidade de ficar mais tempo longe dela. Está assustada, é compreensível. 
— Estou surtando! É avassalador! Minha filha nem tem 15 anos ainda e já vive sozinha, longe como uma adulta e aparentemente ama isso. 
— Minha mãe sempre dizia que criamos os filhos para o mundo. Acho que você deu asas para sua menina voar - ele percebeu que os olhos da namorada estavam cheios de lágrimas, a ponto de desabar - oh, Joh… - bastou abraça-la e Johanna cedeu liberando o choro - não fique assim. 
— É um misto de sentimentos. Orgulho, medo, felicidade, saudades… minha única filha, Paul. Meu bebê cresceu. 
— Vocês vão resolver isso da melhor maneira. E Audrey ainda lhe deixará mais orgulhosa - ele limpou as lágrimas dela. 
— Você não existe, sabia? Obrigada por ouvir minhas lamúrias e reclamações de mãe desesperada. 
— Não vejo desespero. Preocupação, zelo, amor. Não esperava outra coisa de você, Joh. Agora, vamos esquecer esse assunto por alguns instantes e tomar nosso café. Depois você pensa nisso, com a cabeça mais calma. 
— Tudo bem - eles voltaram sua atenção para o café. Paul tinha que estar no hospital às dez da manhã. Antes de sair, deu mais um beijo na namorada e pediu para que ela não ficasse encanada com o assunto da filha. Pediu que relaxasse. Johanna prometeu tentar. Sentada no sofá, ela pegou o notebook e começou a olhar as informações que Audrey lhe passara. Ia ser um longo dia. 
Beckett estava sozinha em casa. No meio da tarde, ela estava um pouco preocupada. A ultima vez que Lily comera foi às nove da manhã. Será que perdera o apetite? Estava ficando doente? Sem muita ideia do que fazer, ela sentou-se na poltrona de amamentação e esperou. Castle saíra para comprar fraldas e algumas outras coisas no mercado para o jantar. Martha estava na escola de teatro. Ela voltou a pensar no que Johanna lhe dissera sobre voltar a fazer amor com o marido. A verdade era que ela estava esperando a noticia do novo livro ou algum outro momento em que o marido estivesse bastante empolgado e feliz, esse deveria ser o melhor modo de esquentarem as coisas outra vez entre eles. De repente, um choro surge tirando Beckett de sua corrente de pensamentos. Respirou aliviada. Finalmente sua princesa estava com fome, pensou. Ao pegar a filha no colo, porém Beckett percebeu que o alivio não ia durar muito. 
Quando ofereceu o seio para Lily, ela não quis e continuou a chorar. Beckett checou a fralda. Estava limpa. O choro da criança começou a ficar mais intenso. O que estava acontecendo? 
— Lily, você está sentindo alguma dor? Oh, Deus! Como se fala com um bebê? - ela aninhava a filha em seu colo tentando acalma-la - por que você não quer comer? Mamãe tem leite gostoso para você - o choro estava mais urgente e a criança estava vermelha de tanto gritar. Beckett rodava a casa toda. Sem saber mais o que fazer, ela foi em busca do seu celular para ligar para alguém. Charlotte ou Johanna. Estava claro que Lily precisava de um médico - Castle, cadê você? - ela estava quase chorando junto com a menina. Então ouviu um barulho na sala. 
— Beckett? Cheguei… por que Lily está chorando? - ao entrar no quarto do casal, ele se deparou com a esposa segurando a filha no colo andando de um lado a outro procurando acalmar o bebê que chorava incessantemente. Bastou olhar para o semblante de Beckett para perceber o quanto ela estava assustada. Os olhos cheios de lágrimas. Falava baixinho próximo ao ouvido da filha - o que você está fazendo? 
— Castle, graças a Deus! E-eu não sei mais o que fazer. E-ela não para de chorar, Lily não quer comer - ele pode notar o desespero na voz da esposa - o que ela tem? Será que está doente? Bebês podem estranhar ou rejeitar o leite da mãe? E-eu não sei e não podia pesquisar…e-eu ia ligar para Joh e…
— Shhh… tudo bem. Deixe-me carrega-la um instante, ok? - ele tirou a filha dos braços dela. Aninhou-a rente ao seu corpo - hey, princesa. O que você tem? Pode dizer para o papai? 
— Castle, bebês não falam! - ele fez sinal para ela ficar em silêncio. 
— Não quer comer, está chateada… - o choro diminuiu um pouco - quando foi a última vez que ela comeu? 
— Nove da manhã. 
— Hum…é um longo tempo. São quase cinco horas da tarde. E quando foi que ela fez o número 2, a fralda está limpa e eu me recordo de ter trocado ontem à tarde. A menos que você tenha feito alguma outra troca, ela está há mais de 24 horas sem evacuar. 
— Não troquei nenhuma fralda. O que isso significa, Castle? - ele apalpou a barriguinha da menina e apertou. Lily se contorceu e o choro aumentou. 
— Ah, entendi meu amor - ele acalmava a menina - Provavelmente que ela deve estar com cólica, dor, algo na alimentação a fez ficar assim. 
— Mas ela só toma leite! Como algo pode ter feito mal? 
— Sim, amor. Lily só toma leite, mas sua alimentação reflete no leite dela. Então, o que você comeu de diferente? 
— Nada! Você está dizendo que isso é minha culpa? - ela passava as mãos no cabelo visivelmente nervosa. Castle se aproximou dela segurando-a pela mão de modo que Beckett o olhasse nos olhos. 
— Hey… não estou acusando você de nada, estou apenas tentando achar a causa disso. Diga o que você comeu entre ontem e hoje. Dessa forma, podemos distinguir se algo alterou seu leite ocasionando essa cólica e possivelmente uma prisão de ventre. Lembra tudo que comeu? 
— Salada, frango, lanchei banana com iogurte, mais tarde tomei um shake de banana e morango e… 
— Quantas bananas você comeu, Kate? 
— Duas com o iogurte e acho que coloquei três no shake. Banana é saudável, Castle. Tudo o que comi ontem e hoje é saudável! 
— Concordo, porém banana ingerida em grande quantidade afeta o funcionamento do intestino de um adulto imagina de uma criança! Esse é o motivo porque Lily está assim. O efeito da quantidade de banana que você ingeriu. A primeira coisa a fazer é você se alimentar com coisas que irão proporcionar o alivio dessa prisão de ventre. Beba suco de laranja, coma ameixa. Ela precisa de um chá. Pode segura-la enquanto preparo? - Beckett pegou a filha do colo do marido. Eles retornaram à sala e Castle foi providenciar o chá. Lily ainda chorava, mas não tanto quanto antes. Beckett ofereceu o dedo em seus lábios e a menina começou a sugar. 
— Ela está com fome. Não posso dar meu leite agora. 
— Venha beber esse copo de suco - ela obedeceu. Nesse instante, Martha chega. 
— Olá, meus queridos. Como estão? Eu tive um dia ótimo! Cadê a menina mais linda dessa casa? 
— Está com cólica. mãe. Acabei de fazer um chá, lembro o quanto ajudou Alexis quando ela teve uma crise com três meses. 
— Ah, tadinha. Posso segura-la um pouquinho, Katherine? 
— Claro, Martha - a avó pegou a neta e seguiu para se sentar no sofá. Castle apareceu com uma mamadeira pequena com a dose de chá. Ela pegou da mão do filho e ofereceu para a menina. Beckett observava a cena. Aos poucos, Lily bebia o chá e reclamava um pouco. Sua filha estava com fome e ela não podia amamenta-la. Lembrando-se disso, ela correu na cozinha encheu seu copo com mais suco de laranja e pegou uma ameixa para comer. Ao voltar para a sala, viu Castle segurando a mamadeira vazia e Martha apoiava a criança em seus joelhos enquanto massageava a região do estômago. 
— O que você está fazendo, Martha? 
— Um velho truque da minha avó. Quando a criança está com dificuldade de evacuar, massagens no estômago ajudam. Na verdade, tem uma ciência por trás não que minha vó soubesse. Veja, você pode aprender também, Katherine. Devemos movimentar as mãos assim… - Martha repetia os gestos aos olhos atentos de Beckett. Lily estava mais calma e parecia estar gostando da massagem. Os olhinhos começavam a fechar - ela está com fome. Mesmo com dor devorou a mamadeira de chá. Espere mais um tempo e tente dar o leite, mas beba bastante agua. Seu corpo precisa eliminar o máximo do efeito ruim. Vou coloca-la no berço. 
Beckett seguiu para a cozinha e tomou mais um copo com agua. Logo ela estaria correndo para o banheiro com tanto liquido. Ela não conseguia desgrudar do quarto da filha. Castle deixou-a sozinha. Conhecia a esposa o suficiente para saber que ela precisava de um tempo para ela. Sentada na poltrona, ela procurava se acalmar. A cabeça estava a mil. Milhares de situações passavam em sua mente. A única conclusão que esperava era ver sua filha bem. Beckett chorou em silêncio. Meia hora depois, Castle retornou ao quarto. Beckett continuava sentada de olhos fechados na poltrona. Ele tinha certeza que não estava dormindo. Checou a filha. Suspirou. 
— Boas noticias, mamãe. Adivinha quem fez o número dois? - ela abriu os olhos rapidamente ainda sem saber o que Castle dissera. Ouvira, porém precisava ter certeza. Se levantou e debruçou-se no berço para ver por si mesma. Ao erguer a fralda perto da coxa da menina, ela viu. Respirou aliviada - quer trocar essa fralda, Beckett? 
— Sim, por favor - ela se ocupou trocando a filha. Enquanto limpava, decidiu que era melhor dar um banho na pequena. Castle apenas observou a cena. Quinze minutos depois, Lily estava banhada, de roupa limpa e pronta para mamar. Beckett tornou a se sentar na poltrona e oferecer o seio para a menina que dessa vez abocanhou com vontade fazendo-a gemer. Castle viu uma lagrima escorrer pelo rosto da esposa. As ultimas horas tinham sido um desafio para ela. Era a primeira vez que passava por algo assim, tão diferente em sua nova fase maternal. Finalmente, optou por deixa-la sozinha curtindo o momento com a filha. 
Beckett o encontrou no quarto cerca de meia hora depois. Sentou-se ao lado dele na cama, a cabeça baixa. Apoiou-a no ombro dele. 
— Ela dormiu. 
— Que bom. 
— Castle, eu… - mas interrompeu o que ia dizer e o abraçou. Ele a envolveu em seus braços dando o carinho que ela tanto necessitava naquele momento, algumas lágrimas escorreram - e-eu tive tanto medo…. sou um fracasso como mãe, não pude ajudar meu bebê… desculpa, Cas… 
— Hey, que bobagem é essa? 
— Eu falhei. Minha filha estava sofrendo e eu não sabia como ajuda-la. Se não fosse você e Martha, ela ainda estaria chorando em meus braços. Eu estava apavorada. Nunca me senti tão impotente. Isso foi mais assustador do que enfrentar bandidos. 
— Eu sei que pode assustar, mas já passou. E você não é um fracasso, Kate. Eu vi como tratava nossa filha, o cuidado, o amor. Mesmo com dor, ela se sentiu amada por você. Foi uma experiência da maternidade. Você é mãe de primeira viagem. O mesmo já aconteceu comigo e com minha mãe. Faz parte do nosso amadurecimento. Não se culpe por isso - ele beijou sua testa, seus lábios - já disse o quanto você é incrível com a nossa Lily. Eu vi você dando banho nela. Não diminua seu papel em tudo isso, amor. 
— Você sempre sabe o que dizer, não? Obrigada, babe. 
— Always. Vou cuidar do jantar e você pode descansar. Está tensa ainda, Kate - ela suspirou quase não querendo que ele fosse embora. Por fim, resolveu se levantar e tomar um banho. 
XXXXX 
Johanna resolveu seguir o conselho do namorado. Depois de se informar sobre tudo o que Audrey selecionara para ela, optou por sair de casa para correr. Ela sempre se sentia bem correndo. Ajudava a organizar os pensamentos, relaxava e podia apreciar um pouco da boa e velha Nova York. Claro que não era tão divertido quanto fazer o mesmo na companhia de Paul. Ela teve que rir. 
Paul. 
Se tudo o que estava prestes a acontecer em sua vida tornar-se real, significava que ela não precisaria voltar ao seu antigo apartamento. Ficaria morando de vez com o namorado. Ela sabia que ele desejava muito que isso acontecesse, diante dos planos de Audrey era possível que não visse mais a filha em pelo menos três anos. Tudo bem, ela estava exagerando. Claro que veria Audrey, somente não morariam debaixo do mesmo teto. Sua relação com Paul acabara de evoluir de namoro para “morar juntos”. Eles estariam coabitando em outras palavras, isso era praticamente casamento sem toda a parte da cerimonia. União estável como rege a lei. O que isso lhe dizia sobre futuro? 
Ela parou a fim de recuperar o fôlego. Sentou-se em um banco próximo enxugando o rosto com uma toalha pequena que levara consigo. Satisfeita com a corrida, ela decidiu tomar um café gelado. Caminhou até a próxima esquina, comprou a bebida e sentou-se para saborea-la em uma das mesas. Talvez seja melhor assim. Aceitar toda a mudança que viria acontecer em alguns meses na sua vida. Afinal, todas eram promissoras. Audrey estava desenhando seu caminho em Paris, ela estava bem com o trabalho, sua vida pessoal acabaria de ganhar um upgrade e como ela poderia reclamar da sorte que tivera em encontrar alguém tão maravilhoso como Paul? 
Definitivamente os novos ventos em seu caminho eram agradáveis. Tinha os amigos, a afilhada, podia se tornar um tanto famosa com a nova historia de Castle! E se ficar longe de sua filha significasse fazer o sacrifício de visitar Paris uma ou duas vezes no ano, qual era o problema? Resolvida e animada, ela se levantou e deixou a cafeteria para voltar ao apartamento de Paul. A ficha começava a cair, em breve seria o apartamento deles. Acabava de colocar mais uma missão na sua lista de tarefas. Teria que alugar seu antigo apartamento. Primeiro, o mais importante. Pegou o celular e mandou uma mensagem para Audrey. 
“Filha, vamos conversar sobre os detalhes. Skype mais tarde? X Mom.” 
Em menos de dois minutos recebeu a resposta “Amanhã. Muito ocupada. Skype, mesmo horário, mama. XA”. 
Sorrindo, voltou para casa. Hora de preparar o jantar para o seu moreno. 
Quando Paul chegou em casa, foi recebido com beijos e caricias. Curioso, ele perguntou o motivo de tanta alegria. Johanna se limitou a dizer que tivera um dia muito bom. 
— Então você está bem com o lance da Audrey continuar os estudos em Paris? 
— Eu pensei bastante e preciso aceitar. As vezes, nós não gostamos de mudança, tememos pelo pior, mas quando menos esperamos as mudanças podem significar muito em nossas vidas. Podem ser aquele empurrão que estamos esperando para seguir em frente. 
— Hum… está filosofando agora, amor?
— Não, você que me deu a ideia. O jantar está quase pronto. Peixe a belle moniere. Está com fome? Como foi o plantão? 
— Estou com um pouco de fome sim, mas quero tomar um longo banho primeiro. Tive uma longa cirurgia hoje. Um cara com hemorragia interna, não parava de sangrar. Meu uniforme ficou todo manchado, vermelho escuro de tanto sangue. Eu tomei uma ducha no hospital, porém quero outra. 
— Ele sobreviveu? 
— Está estável. Sendo monitorado na UTI. Estava jogando basquete quando aconteceu. Um colega o derrubou com uma falta e começou a perder os sentidos e sangrar. Ele é um esportista e tudo indica que a hemorragia pode ter sido originada pelas lutas excessivas. Sabe aqueles atletas teimosos que querem desafiar os limites do corpo? 
— Entendo. Falando em se exercitar, eu senti sua falta na corrida de hoje. 
— Ah, não acredito que foi correr sem mim - ele disse brincando - na próxima eu recompenso você, Joh. 
— Vai tomar seu banho, moreno. O jantar sai em vinte minutos - ele jogou um beijo para ela e seguiu para o banheiro. No tempo determinado, ela estava com a comida na mesa - moreno! Você já terminou? - Paul apareceu usando apenas uma calça de moletom, os cabelos ainda molhados deixavam gotículas de agua deslizar pela pele do peito. Tentação, pensou Johanna. O cheiro de Hugo Boss claramente no ar, dessa vez oriundo da loção pós-barba. Ótimo, ela já sentia seu corpo responder a imagem a sua frente. 
— O cheiro está bom. 
— Você nem imagina o quanto - ela deixou escapar. Paul se aproximou dela beijando-lhe o rosto encostando de propósito o corpo nela. Pela audácia, Johanna resolveu instiga-lo. Com uma das mãos ela tocou a calça de moletom levemente onde o membro dele despontava um pouco - está com fome?? 
— Bastante… - ele ia inclinar-se para beija-la quando ela se afastou. 
— Então sente-se e coma - seguiu para a cozinha para pegar o vinho. Paul a olhava intrigado. Ela acabara de recusa-lo somente por implicância? Estava a fim de um jogo de gato e rato? Esperou ela voltar. Sentado na mesa, ele deixou que ela servisse o vinho e quando menos esperava, Paul a agarrou pela cintura colocando-a sentada em seu colo. 
— Está fugindo de mim, Joh? - não esperou resposta tomando-lhe os lábios com vontade. Ele a mantinha presa pela cintura para que Johanna sentisse o membro excitado entre suas pernas. Ao afastar os lábios dela, sorria percebendo que a namorada estava quase sem fôlego - isso foi apenas uma amostra do que pode acontecer mais tarde. 
— O que deu em você, moreno? 
— Você provocou, Joh. E nem adianta negar. Vamos jantar? - ela gemeu baixinho provando de seu próprio veneno. 
— Juro que me arrependo do dia que disse que você era travado. Acho que acordei a fera…
— Duvido, você agradece todos os dias por ter brigado comigo em Los Angeles - ela riu. 
— Vamos saber mais tarde - eles jantaram e como era de se esperar, se esbaldaram na cama. Fizeram amor até Johanna revirar os olhos de prazer. 
No dia seguinte, ela recebeu a chamada da filha em seu celular. 
— Hey, mama… podemos conversar? 
— Achei que ia querer fazer skype. 
— Não, FaceTime é mais prático. Leu tudo o que mandei? E mais importante, está mais calma dona Johanna? Eu sei que ficou nervosa com a novidade ontem por isso me dispensou. 
— E-eu não te dispensei e… - ao ver a cara da filha, ela concordou - está bem, eu posso ter exagerado um pouco. O que você queria? Liga para mim e diz que quer ficar em Paris por três anos! - Audrey riu - tudo bem, respondendo a sua pergunta, sim, eu vi o material. Também avaliei os custos e tenho algumas perguntas. 
— Claro, qualquer dúvida sobre a escola eu já lhe disse que a diretora terá o maior prazer em responde-las. 
— Minhas dúvidas não são quanto a escola. Tem a ver com você. Audrey, eu sei que não tivemos essa conversa antes e esse súbito interesse na França acabou me deixando intrigada. O que você quer para o seu futuro? Já escolheu uma carreira? Pensou em universidades? Tenho que alerta-la que fazendo o ensino médio em Paris, a forma como você irá pleitear uma vaga nas universidades dos Estados Unidos não vai ser a mesma. Tem que estar segura de que é isso que você quer. Afinal, por que todo esse amor à França? Por acaso você conheceu um francês e se apaixonou? Porque se isso é o motivo que a fez escolher… - Johanna não terminou de falar porque a gargalhada de Audrey foi maior. Até Paul que estava ao seu lado riu da colocação da namorada. 
— Mãe! Não é nada disso. Quando eu decidi vir para Paris, eu tinha uma curiosidade em mente além do francês. A senhora sabe que nunca me interessei muito por medicina. Gosto de dar com pessoas, vê-las sorrindo e felizes. Durante esse período que estou aqui, eu quis experimentar. Lembra que eu disse que estava trabalhando na confeitaria? É padaria, mas aqui todo mundo acha que tudo é confeitaria. Não estava apenas servindo os clientes. Pierre, meu chefe, me ensinou a fazer alguns bolos, croissants e mil folhas. Aos poucos fui tomando gosto e me esforçando na escola. Conversei com a minha professora sobre meus planos e ela me sugeriu fazer o ensino médio aqui porque teria mais chances para seguir a minha carreira. 
— E qual seria? 
— Eu quero fazer gastronomia. Quero estudar na Le Cordon Bleu aqui em Paris. 
— Meu Deus! 
— Definitivamente, ela é sua filha - disse Paul sorrindo. 
— Você já pensou em tudo? Traçou seu plano até a faculdade. Filha, eu… não sabia que gostava de cozinhar assim. Tudo bem que teve que se virar várias vezes, mas….
— Eu gostava de cozinhar e só aprimorei. Ver o jeito que você sempre cozinhou também ajudou. Quando vim para cá e experimentei tive a verdadeira certeza. É isso que quero para minha vida. Fazer as pessoas felizes através da comida. 
— Nossa! Eu estou impressionada. E orgulhosa e… 
— Morrendo de medo, assustada? Eu sei, mãe. Não se preocupe, eu conversei com a minha host mom e ela disse que terá o maior prazer em me ter morando com eles durante o ensino médio. Eu só preciso saber se está tudo bem, se vai me apoiar nisso. 
— Como não poderia? É o seu sonho e não posso priva-la disso. Contudo, tenho algumas condições. São três anos antes da faculdade. Eu preciso ter a garantia que passará todos os natais comigo e que nos veremos ao menos duas vezes no ano. Também preciso conhecer onde está trabalhando e morando, além da escola… 
— Claro, mama! Tudo o que quiser! Ah, dona Johanna eu sabia que você não ia me decepcionar. Pode vir a Paris quantas vezes quiser e traga o Paul junto. 
— Eu terei que ver no hospital quando posso tirar uns dias para viajar. Até quando você deve se matricular? 
— Terei que fazer um curso para finalizar o 9th ano, minha professora já está providenciando. Por eu ser estudante internacional, tenho até final de agosto para me matricular. As aulas começam em setembro. 
— Então temos um mês para resolver tudo! 
— Precisamente. 
— Teremos que correr então, o que podemos adiantar? 
— A papelada. Preciso da sua assinatura para dar entrada no visto e dos documentos que pode me mandar por email. Depois você precisa pagar a matricula da escola. Tudo pode ser feito online. Aqui você vai basicamente conhecer todo mundo. 
— Tudo bem, melhor começar o quanto antes não? - elas riram. Conversaram mais um pouco e desligaram. Paul olhava para a namorada apaixonado. 
— Estou orgulhoso de você, Joh. Sei que é difícil deixa-la seguir seu caminho, mas você mais do que ninguém acredita em realizar seus sonhos e confessa, Audrey fazer gastronomia de certa forma é como se você realizasse seu outro sonho, não? 
— É, sim. Vou morrer de saudades, sofrer por não estar acompanhando de perto, mas olhe o lado bom: viajaremos mais vezes juntos para Paris. 
— Mal posso esperar - ele riu beijando-a - vá se arrumar, não deve chegar atrasada no seu plantão. Se quiser que eu faça algo, vá ao banco… é só pedir. 
— Obrigada - ela se inclinou para beija-lo - sabe o que acabei de me dar conta? Você terá que me aguentar por mais tempo do que previa. Está preso a mim por, pelo menos, três anos, moreno. 
— Joh, estou preso a você para a vida inteira…  
— Você sempre tem que roubar o show, não? Certo, deixa eu cuidar. Meus pacientes me esperam. E capriche no almoço de amanhã. Só saio ao meio-dia.  
— Como? Esqueceu que entro às seis da tarde no hospital? Tenho doze horas pela frente. 
— Sorte minha que ganhei 12 horas com você - ela passou pelo namorado dando uma tapa no bumbum. 
Dois dias depois, Castle estava em seu escritório escrevendo quando uma chamada de skype surgiu em sua tela. Alexis. 
— Hey, daddy! 
— Alexis! Que boa surpresa. Como vão as coisas em Londres? 
— Tudo excelente. Estou ligando para contar a novidade fresquinha. Adivinha quem acabou de ser convidada para trabalhar em uma das firmas mais prestigiadas de Londres? Eu mesma! 
— Wow! Isso é excelente, filha. Parabéns! E como está o curso? 
— Termina daqui a dois meses e irei fazer uma especialização. Ofereceram uma bolsa integral. 
— E você estava chateada porque Stanford não te aceitou… eles não mereciam seu talento, pumpkin. 
— Estou morando com Hayley ainda e pensando em me mudar depois que finalizar a especialização, ou seja, tenho mais um ano aproximadamente. E como está Lilly? A vó? Kate está tendo muito trabalho? 
— Nada. Ela está adorando. Deve estar amamentando. Vou chamar sua vó, ela disse que hoje se deu folga como se ela trabalhasse algum dia naquela escola. 
— Pai! - ela riu. Castle avisou Martha que veio toda feliz conversar com a neta. Ao passar no quadro da filha, viu que Beckett estava trocando a fralda. Ao perceber sua presença, comentou. 
— Ela é rápida. Não faz nem dez minutos que comeu e já tem presente. 
— Satisfeita, Lily? Mamãe ganhou presente, foi? - ela tirou a fralda da filha e entregou nas mãos dele. 
— Faça alguma coisa, jogue isso fora. Daddy anda muito preguiçoso ultimamente, só pensa em escrever sobre a Dr. Marshall. É sua dinda, Lily - claro que Castle percebeu a pontada de ciúme, resolveu ignorar por enquanto. 
— Amor, Alexis está no skype. Perguntou pela irmã. 
— Oh! Tudo bem, vou terminar aqui e já levo-a até o escritório - Beckett terminou de vestir a menina e seguiu para o escritório. Martha ainda tagarelava com a neta até o momento que Beckett surgiu com Lily no colo. Então a atenção de Alexis voltou-se para a irmã. 
— Como cresceu! E engordou também. Ela está cada dia mais parecida com você, Kate. Curtindo a maternidade? Ainda posso ver as olheiras no seu rosto. 
— É cansativo, mas vale cada segundo. 
— Meu pai não está ajudando? 
— Sim, ele está ou estava. Agora está ocupado com seu novo best-seller. 
— Já está com Gina no pé dele? Correndo para cumprir prazo? 
— Que nada! Ele nem teve a proposta aprovada e está escrevendo o livro. Está empolgado.   
— Beckett se eu ouvir você falar mais uma vez do meu livro vou achar que você está com ciúmes. 
— Castle! 
— É, sinto muito. Quanto ele se empolga com a escrita fica bem rabugento e chato. Se prepare para dormir sozinha. 
— Alexis, você não deveria falar assim. Sou seu pai. 
— Lily, vai aprendendo que vai sobrar para você. 
— Quando você pretende vir nos visitar, kiddo? - perguntou Martha. 
— Agora com o novo emprego ainda não sei, mas talvez se houver um recesso no natal. Quem sabe? 
— É claro que vai ter recesso e você está intimada a passar o natal no loft. Toda a familia Castle reunida. 
— Vamos pensando nisso… tenho que ir, foi ótimo falar com vocês. Se cuidem e tomem conta de Lily direito. Pai, vê se vai devagar com o livro. Lily precisa de você. Um beijo, vó. Prometo que ligo outra vez, assim que estiver trabalhando. Te amo, pai. 
— Também te amo, filha. Boa sorte no novo emprego. 
— Tchau, sis. Tchau, Kate. 
— Tchau, Alexis - sorrindo Beckett fez a pequena acenar como se desse tchau para a irmã. Castle finalizou a chamada - de que emprego vocês falavam?
— Ela foi convidada para trabalhar em uma firma de prestigio em Londres. 
— Seus olhos brilham quando fala como pai orgulhoso. Eu gosto. Mal posso esperar para ver esse mesmo olhar com a nossa filha. Com os feitos de Lily. 
— Ah, eu também conto os dias. Nossa! Fiquei feliz em falar com Alexis. Agora, se me permite, voltarei para o meu livro. 
— Desde quando você pede permissão para voltar a escrever? 
— Desde que notei que a minha esposa está carente e com ciúmes do seu alterego - ele a abraçou pela cintura. A filha entre os dois - tenho passado mais tempo com Nikki do que com você, certo? 
— Deixa de ser bobo, Castle. Não estou com ciúmes. 
— Ah, capitã! Suas palavras não condizem com suas ações - ela o empurrou de leve. 
— Vá escrever. Eu tenho que fazer sua filha dormir - Beckett saiu em direção ao quarto da menina resmungando - ciúmes, era só o que me faltava, Lily! E não estou carente… - falou baixinho - a quem quero enganar? Claro que estou, bebê. Seu pai sabe me provocar. 
Mais tarde, ela vem ao escritório avisar que o almoço estava pronto. Após comerem, ela pediu a Martha que tomasse conta de Lily porque ela precisava dar uma saída. Castle a olhou intrigado. 
— Para onde você vai? 
— Resolver umas coisas. Não demoro. Uma hora no máximo. 
— Tem dedo de Johanna nisso? Vê se não vai comer algo para fazer mal a Lily. 
— Não sou irresponsável, Castle. E Johanna não tem nada a ver com isso. Eu não demoro, obrigada Martha. 
— É um prazer, Katherine - assim que Beckett saiu pela porta, Martha olhou para o filho repreendendo-o - Richard! Que modos são esses? Você tinha que mencionar a alimentação? 
— Eu só quis alerta-la. Não sei porque ela tem que sair. 
— Porque ela precisa de um tempo para ela também. Está trancada nessa casa há mais de dois meses. Você deveria estar agradecendo. 
— Pelo que? 
— Algo me diz que a sua esposa foi cuidar da beleza. 
— Como assim? Como você sabe disso, mãe? 
— Eu devo ter ouvido sem querer uma conversa dela ao telefone marcando uma hora no salão. 
— Salão? Beckett não precisa de salão, ela é linda e…
— E como toda mulher sabe que chega o momento em que precisa estar deslumbrante, o que significa… some dois mais dois. Homens! - ela saiu brincando com a neta no colo deixando Castle com uma grande interrogação no rosto. 
Martha não estava errada. Beckett realmente marcara uma hora no salão. Depilação e unhas. Talvez cabelo, afinal ela prometera que voltaria rápido para casa. Agira por impulso, contudo toda aquela conversa sobre livro, escrever, ciúmes, tinham deixado-a chateada. Ela não estava com ciúmes! Isso era insano! Ou estava? Droga… ela estava. Queria atenção, queria ser importante de novo, uma conversa inteligente e pro inferno com isso, ela queria fazer amor com o seu marido. Era uma das razões que estava naquele lugar. Em sua mente, ela não era mais a bela mulher por quem ele se apaixonara, era somente a mãe da sua filha. Era por isso que ele sequer tentava leva-la para cama. Isso tinha que acabar. Chega de fantasiar com Nikki. Era sua vez agora. 
Beckett ria sozinha após terminar a sessão de depilação. Devia estar perdendo o juízo. Castle dissera que ela estava carente. Não era verdade, ela estava louca de desejo. Seu plano era mostrar isso a ele. Faze-lo compreender de uma vez por toda que queria seu marido de volta, suas noites de diversão, provocações e sexo. Nossa! Ela sentia muito a falta dele e se Castle não a achava atraente o suficiente, essa noite era sua meta faze-lo pensar diferente. 
Ao sair do salão checou o relógio. Fazia duas horas que saíra de casa. Lily logo estaria reclamando com fome. Ela passou na loja de bebidas e comprou uma champagne. Escondeu a sacola dentro da bolsa e voltou para o loft. 
O silêncio indicava que sua filha estava dormindo. Deixou a champagne na geladeira e entrou no quarto de Lily. Ela dormia no berço e Martha estava sentada na poltrona folheando o livro do bebê. 
— Hey, Katherine. Ela dormia faz meia hora. Acredito que você ainda tem algum tempo para preparar o que for que esteja planejando. 
— Do que você está falando, Martha? 
— As unhas, a pele. Aposto que fez depilação. Querida, não precisa fingir. Depois que se tem um bebê, várias coisas mudam na nossa vida. A vontade de fazer amor não é uma delas. Leva um certo tempo até que se sinta pronta novamente. É normal. Chegou sua hora. Eu reparei na pequena cena enquanto conversávamos com Alexis. Você sente falta dele e Richard foi totalmente inapropriado falando de carência, mas ele a ama. Tenho certeza que está ansioso por esse momento tanto quanto você. 
— Não parece. Ele não faz nenhuma tentativa para… você sabe. 
— Porque ele está respeitando o seu tempo. Quando falei que você ia cuidar da beleza, sabe o que disse? Que não precisa disso, que você é linda. Ele tem razão, porém esse não é o ponto aqui. Você quer uma noite especial. Então o que está esperando? Faça de hoje essa noite, querida. Amamente sua filha, coloque-a para dormir e siga o seu corpo e o seu coração. 
— Martha, obrigada. 
— Por nada. Apenas esperem eu sair de casa, combinado? - ela riu - ah, o amor… - Lilly começa a chorar - alguém quer você - Beckett pegou a filha no colo. Hora de alimenta-la. 
No escritório, Castle tentava escrever mais uma cena. Sabia que ela retornara e estava no quarto com a filha. Escrever. O problema era que na última uma hora em que queria descrever Nikki e Rook em um encontro, ele não conseguia achar as palavras certas. Parecia que estava bloqueado. 
— O que está havendo? - ele se perguntava - as palavras de sua mãe. Era isso. Não tão somente. Beckett. Ela estava com ciúmes. Por que? - suspirou. A verdade era que até aquele momento ele não se dera conta de que a carência fosse mutua. Fazia mais de três meses que eles não faziam amor, não se tocavam adequadamente. Ele sentia uma falta imensa dos momentos de intimidades deles. Por que com ela havia de ser diferente? Ela ainda o desejava. Percebera naquela noite no sofá, então por que estavam se contendo? Por que ele não agia como o apaixonado Rick Castle e a levava para cama? Fazia amor com ela? 
— Porque eu sou um idiota. Eu inferi que ela não estava pronta, mas não perguntei como ela se sentia e todo esse lance do livro, ciúmes. Total idiota! - ele se xingava - burro! O que você está esperando? Ela está tao próxima, no quarto. Tudo o que precisa é ir até lá - levantou da cadeira e estava a ponto de sair do escritório quando seu celular tocou. Gina. 
— Oi, Gina. Será que eu posso te ligar depois? Estou no meio de algo muito importante. 
— Mais importante do que saber que o seu livro foi aprovado? Mais importante do que ter a recomendação para usar a sua nova personagem em outros dois livros? É Rick, esse é o tipo de acordo que eu consigo para você. Sempre penso no melhor. 
— Mais dois livros? Com a Dr. Marshall e Nikki? 
— Sim, contanto que mantenha a relação das duas em âmbito profissional. E considerando que o primeiro venda tão bem quanto os demais. Essa é a exigência da editora. 
— Claro, claro. Isso é incrível! 
— Não pense que porque eu conseguir esse acordo que vou afrouxar com você. Quero mais cinco capítulos em três semanas e a revisão dos que já me entregou. Sem falta, Rick! 
— Você terá seus capítulos. Obrigada, Gina. Eu realmente preciso ir - ele desligou, estava eufórico. Feliz, excitado e louco para contar a novidade para Beckett, louco para se declarar e fazer amor com ela. Queria gritar seu nome, mas não podia correr o risco de acordar Lily se ela estivesse dormindo. Entrou no quarto da filha, mas a menina dormia sossegada no berço. Não havia ninguém mais no recinto. Ele seguiu para o quarto. A cama arrumada desde a manhã. Sentiu um perfume no ar e reparou nas roupas de Beckett sobre a poltrona. Devia ter ido tomar um banho. Quando ele estava para entrar no banheiro, Beckett sai do closet. 
— Procurando por mim, bonitão? - ela vestia um longo vermelho com uma fenda enorme na perna e um decote avantajado nos seios. Os cabelos estavam soltos sobre os ombros,desde o fim da gravidez eles haviam crescido além dos ombros outra vez. Usava um salto alto muito fino. O perfume invadiu o quarto. Castle a olhava abobalhado à principio. 
— Beckett… 
— Não gosta do que vê, Castle? Para onde você ia com tanta pressa? 
— E-eu ia, vou … o livro, Gina…wow! Você está deslumbrante. Quente aqui, não? 
— O que você quer me dizer, Castle? Sobre o livro - ela se aproximou dele e passava a mão sobre a camisa, mordiscando o lóbulo da sua orelha - diga… 
— O livro f-foi aprovado. Gina quer mais dois assim… 
— Hum, parabéns escritor. Acho que isso nos dá mais motivos para comemorar, não? - ela envolveu os braços no pescoço dele. 
— Kate, por que não me disse que estava pronta? Que podíamos fazer… eu achei que… Deus! Como eu te desejo! 
— Quero você, babe… já faz muito tempo. 

— Então - ele ajeitou o cabelo dela, acariciando seu rosto - não vamos perder mais tempo… 


Continua...

4 comentários:

rita disse...

Já estou louca para ler o próximo capítulo, não poupe palavras para descrever nos mínimos detalhes esse novo encontro dos dois. Sei que sua imaginação é pródiga e nos deixará super felizes (para não dizer outras palavras). Adorei esse capítulo. Beijos e abraços da amiga.

cleotavares disse...

Quanta coisa acontecendo, a Audrey passar 03 anos fora, ai! tadinha da Joh, compreendo ela, gente, imaginem tanto tempo longe da filha. Mas, se é para o bem da Audrey e sendo o que ela quer pra vida, a Joh está certinha em apoiar a filha. E além do mais, tem "o moreno" pra apoiá-la, não é?
Ai! Como dói vê o bebê chorando de dor, corta o coração de qualquer mãe, ainda bem que o Castle é um paizão e a Martha um amor de vovó.
Uhu! Gostei de vê D. Kate se arrumando pro seu maridão.03 meses? já está mais que na hora, não? Eita! Já estou vendo que no próximo capítulo "a jeripoca vai piar" Vai que tua Beckett. kkkk
#Amomuitotudoisso.

Vanessa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vanessa disse...

Que notas mais enigmaticas haha


Eu to com o coração na mão por Joh, não é uma situação facil. Paul está sendo um lindo. Achei bonitinho ele deixar claro que não é pai e não entende profundamente o que ela ta sentindo.
Mas fazer uma analise racional e ao mesmo tempo emocional, entendendo o que isso signfica pra ela.
Entendo o misto de sentimentos que ela ta sentindo. E ainda chorar e se deixar confortar por seu moreno. Fofo!
Adoro os pensamentos de KB. So acho que o momento é agora, vai ser especial de qualquer maneira.
Bem, pelo choro de Lily, o momento não é agora hahahahah
Eu acho que seria desesperada feito Kate, tentando conversar com meu filho. hahahha
Ja tava na hora de Lily dar um trabalhinho. Tava muito facil hahaha
Castle todo calmo e ja identificando o problema. Kate perturbada, socorro hahaha Claro que a culpa não é dela.
Rick sendo fofo explicando para a mamae de primeira viagem. Que calma. hahaha
Martha chegou e ja ensinando Kate a fazer massagem.
Ate que nem foi tão ruim. Com Dylan foi pior hahaha
Kate chorando, eu me identifico. Acho que seria assim hahaha
Ela pedindo desculpa e se sentindo uma pessima mãe. Ainda bem que Castle é incrivel e sempre sabe o que dizer. Ela está aprendendo, e ja é otima.
Achei fofinho ela não querer sair dos braços dele.
Voltemos para Joh. Muitas reflexões. E não é so a questão da filha, mas isso vai gerar outras situações. WOW! kate vai gostar disso hahaha
Provocações! hahaha
"Revirar os olhos de prazer?" Serio? hahaha Ta dificil ler suas fics, amor, vinho, prazer e etc... E eu aqui so na vontade.
E esse momento mãe e filha. Audrey surpreendendo mais ainda. Toda focada e com planos. Ela está certissima. Bem filha da Joh mesmo. hahaha
E esses dois fofinhos hahaha
Até Alexis ressuscitou. Com a boa noticia de que vai ficar longe mais tempo. hahaha
To rindo da implicancia de Castle com Martha hahaa
Kate enciumada com o livro. Mas é tudo questão de comunicação. Só ela falar que ele cai nos braços dela. Ele so não insistiu porque não quer que ela pense que ele quer so sexo.
E ele entende que Lily é prioridade e tal, então ele foca no livro pra não subir tanto pelas paredes. hahah
Castle pedindo permissão para escrever hahahaha
E Kate resmungando com Lily ahaha
Martha sendo Martha, que maravilha. hahaha
Ela insegura com o corpo, e dele pensar nela so como mae da filha dele. Impossivel.
Ela ta esquecendo que quem parou ele as duas vezes, foi ela ne.
Martha ainda foi conversar com Kate. A sogra leu direitinho. Sim, ele ta respeitando ela. Achei fofinho ela citar o comentario dele.
"Apenas esperem eu sair de casa" hahahhaa
Não disse que era falta de comunicação. Ate Castle percebeu agora.
Gina atrapalhou por uma boa causa.Ainda bem que foi agora.
Kate apareceu vestida para matar hahahaha
Eu acho que quase soltei um "Heat" hahaha
Olha bonitão acho que agora ela não quer falar não hein, quer fazer.
Não vamos perder mais tempo... E a autora acaba o capitulo assim hahaha
Que maldade! Aqui vai a vantagem de estar atrasada na leitura, não vou ter que esperar. Só um clique e ja to la...