sábado, 18 de novembro de 2017

[Castle Fic] A (Im)Perfect Love Story - Cap.30


Nota da Autora: E para amenizar o capitulo pesado da outra fic, vem algo leve e romantico. Ainda aproveitando as comemorações do niver de Kate Beckett de longe a melhor personagem feminina já criada para a tv, uma parte da historia que faz nossos corações shippers sorrirem. 
Aninha, obrigada pelas dicas no assunto dos rapazes. 
Aproveitando essa publicação, gostaria de agradecer aquelas pessoas que leem e vibram com a minha historia, as personagens, suas vidas e descobertas. Não é fácil escrever cenários, detalhes, plots para manter uma fic crescendo. Precisamos de vários bons elementos para criar uma historia que cative o leitor. Cito como exemplo a talentosa Nora Roberts que como J.D. Robb criou a melhor lieutenant dos livros. Neles, Nora prova meu ponto de que uma historia não se faz com um único personagem e sim com o todo. Eu penso nisso e tento ser como ela todas as vezes que sento na frente do meu notebook para escrever. Divirtam-se! 


Cap.30  

Castle a guiou em direção a cama. Antes de fazer qualquer movimento, ele a contemplou. O decote avantajado valorizava os seios que estavam maiores devido a amamentação. Ela continuava perfeita. Sua musa. Sua esposa. Aproximou-se devagar primeiro acariciou-lhe o rosto, as mãos desceram para os braços. As testas se tocaram. Castle sorria. Finalmente, ele a abraçou pela cintura e sorveu seus lábios apaixonadamente. Beckett deslizava as mãos da nuca, pelas costas até o bumbum apalpando-o e beliscando como gostava de fazer. Ambos riram entre o beijo, mas as bocas não se largaram. Castle usou o momento para abrir o zíper do vestido e em um único gesto, ele fez a peça cair deixando-a completamente nua a sua frente. 
— Surpreso? - ela optara por não colocar nenhuma lingerie - você tem muitas roupas.  
— Não seja por isso - em questão de segundos ele estava nu na frente dela. Beckett riu - já faz muito tempo, Kate. 
— Sim, muito tempo… - ela tornou a abraça-lo e beija-lo. Castle a colocou deitada na cama. Sem pressa, ele começou a toca-la. Usava as mãos, os lábios, cheirava-lhe a pele. Beckett fechou os olhos e se deixou levar pelas caricias. Ele sorveu um dos seios, usou a lingua para brincar com o mamilo. O corpo dela arqueou ao contato tão ansiado. De seus lábios, um pedido escapou. 
— Mais, Cas… mais… 
Ele atendeu o pedido, na verdade estava indo com cuidado, zelo. Não queria machuca-la. Repetiu o gesto no seio, porém sentiu Beckett empurrando-o para baixo. Sorrindo, ele deslizou a boca pelo estômago dela, beijou-lhe o ventre e sentiu as pernas dela se afastando para dar-lhe acesso. Com cuidado, Castle tocou o interior da coxa ouvindo os gemidos ansiosos que ela emitia. Então, ele a provou. Usou os dedos para penetra-la de leve enquanto seus lábios brincavam com o clitoris. Beckett agarrou os lençóis arqueando outra vez o corpo. Como ela sentira falta disso. Deus! Isso era bom demais. 
— Oh, Cas… sim… mais, por favor… 
Ele continuava a mágica no centro dela, podia perceber o corpo de Beckett começando a tremer. Ele também estava excitado, louco para tê-la porém estava receoso de querer ir rápido demais, com tanto desejo. Não queria estragar nada. Ele afastou os pensamentos e se concentrou na sua tarefa. Sabia que Kate estava no limite, o orgasmo aconteceria a qualquer momento. Deixou sua mão deslizar outra vez pela lateral do corpo dela até acariciar-lhe os seios. Os dedos continuavam trabalhando dentro dela, Castle colocou-se sobre ela e tomou-lhe os lábios. O beijo foi apaixonado e intenso. A dança das línguas simplesmente a fez gemer e Beckett recebeu o orgasmo. Cheio, forte, intenso. 
— Oh, Castle… - ele distribuia beijinhos por seu pescoço, rosto, colo. Quando ela recuperou um pouco do fôlego, segurou o rosto dele e olhando profundamente naqueles olhos azuis falou - faça amor comigo, Rick. Por favor, me ame… quero você dentro de mim. 
— Tem certeza? E-eu não quero machuca-la. Faz algum tempo e… 
— Você não vai… eu confio em você, Rick - ela sorriu e beijou os lábios dele. Sorrindo, ele beijou a testa dela, entrelaçou os dedos nos dela e devagar a penetrou. A reação de Kate foi imediata. Ela fechou os olhos e soltou um longo gemido. Em seguida, abriu os olhos para fita-lo. Castle viu amor através do olhar dela, como a permissão para continuar. Ele moveu-se dentro dela. Começou devagar, dentro e fora. Um ritmo leve. Sentiu as mãos de Kate em suas costas tocando-o, querendo confirmar que era real. Atracou as pernas envolta da cintura dele - mais rápido, Castle. Mais rápido. 
Ele não pensou mais, optou por apenas sentir e viver o momento. O pedido da esposa soou como música em seus ouvidos e se entregou totalmente ao que estavam vivendo. Aumentando o ritmo, ele se deixava invadi-la, afundando-se dentro dela. Devorava-lhe o pescoço, os lábios e movia-se cada vez mais rápido, mais precisamente com ela. Castle estava muito proximo do orgasmo, mas não queria que acontecesse antes dela, não podia. Usando as mãos, ele vagou pela lateral do corpo da esposa provocando até encontrar os seios novamente. Massageando, ele a estimulou e sentiu o tremor começar. 
— Vamos, Kate… apenas deixe acontecer. Não se segure… sinta! Comigo… - ele aumentou o ritmo e a penetrou o mais fundo que pode. Então a explosão aconteceu, Castle ouviu o grito dela ecoar no quarto. Isso o fez se entregar completamente. Tudo o que sentia em um gesto. O prazer corria em suas veias e fazia seu coração bater forte. Ela estava satisfeita, rindo e extasiada após fazer amor com ele. Kate abriu os olhos sorrindo. O peso do corpo do marido sobre o seu. Beijou-lhe o ombro. O pequeno carinho o fez virar-se para deitar ao lado dela. No mesmo instante, ela se aconchegou no peito dele inalando seu cheiro e acariciando sua pele. 
— Hey, tudo bem? - ela levantou o rosto para poder fita-lo. Sorriu. 
— Sim, muito. É bom voltar para casa. Fazer isso de novo. 
— Tem certeza que não exagerei? Não te machuquei? 
— Não, babe. Foi muito bom, deixou um gostinho de quero mais… - foi a vez dele rir - e-eu venho lutando contra esse desejo há semanas. A vontade de ter você, fazer amor, era grande demais. 
— Por que não me contou? - ele perguntava acariciando seus cabelos. 
— E-eu queria ter certeza de que estava pronta, depois de Lily e… - ela se levantou sentando-se na cama. Castle fez o mesmo - acho que não era apenas eu que tinha dúvida. 
— Por favor, Kate. Não pense que não a desejava. Eu estava lutando contra meu corpo há algum tempo. Eu não queria apressar as coisas. Você teve um bebê, está experimentando algo novo. Sei que é diferente para cada mulher. Eu apenas quis respeita-la. Obedecer sua vontade, seu tempo. 
— Que bom. Sabe por que? - ela encostou o corpo no dele, uma das mãos acariciava sua nuca. Castle pode ver o desejo no olhar dela, mas resolveu entrar na brincadeira. 
— Não, por que? 
— Porque eu estou desejando você outra vez. Sem rodeios, Castle - ela sorveu os lábios dele com vontade. A resposta de Castle foi imediata. Com um único movimento, ele a jogou na cama outra vez devorando sua boca e deslizando uma de suas mãos até o centro dela. Rindo entre o beijo, ele a provocou fazendo-a gemer. No segundo seguinte, ele a penetrou de uma vez. A noite estava longe de terminar. 
Quando Lily chorou por volta das cinco da manhã, Beckett ainda zonza tentou deixar a cama. O peso das pernas do marido a impediam. Empurrou-o para o lado e finalmente conseguiu ficar de pé ao lado da cama. 
— Onde você vai? - a voz grogue perguntou. 
— Sua filha quer comer… - devagar, ela seguiu para o quarto da filha. Pegou a menina no colo e sentou-se na poltrona. Somente então percebeu que estava completamente nua. Sorriu - vai ser mais fácil, não meu amor? - ofereceu o seio para a menina que o pegou rapidamente. Kate suspirou fechando os olhos para tentar descansar um pouco. Não faziam nem duas horas que adormecera. Eles decidiram dar uma canseira um no outro. Quase três meses de espera, era o mínimo! Tornou a rir. Lily pressentiu a felicidade da mãe. Fez alguns sons para chamar sua atenção. Beckett acariciou a cabecinha da filha e começou a cantar. Logo em seguida, ela trocou Lily de lado. Enquanto a menina mamava agradecida, ela tentava não adormecer. 
Após ter certeza que Lily estava satisfeita e já ciente de sua digestão, Beckett a embalou em seu colo e a filha adormeceu quase imediatamente. Colocou-a de volta no berço e caminhou meio trôpega até sua cama. Castle estava desmaiado. Ela encontrou uma camiseta de Castle sobre a poltrona. Pensou em vesti-la, mas desistiu lembrando a si mesma que a melhor forma de se esquentar era transferir calor humano. Se aconchegou na cama ao lado dele jogando o edredom sobre os dois procurando receber o máximo de calor do corpo do marido.  
Ao acordar ainda preguiçosa pela manhã, Beckett virou-se a procura do marido. A cama estava vazia exceto pelo notebook dele sobre o travesseiro. Sem se importar em vestir qualquer peça de roupa, ela jogou o roupão sobre o corpo nu. Queria saber onde ele estava. Havia silêncio na casa o que indicava que se Lily chorara, ele a ouvira. Ao se aproximar da porta do quarto da filha para checar, foi surpreendida por Castle com uma bandeja de café da manhã. 
— Quem mandou você sair da cama? Pode voltar. O café está quentinho assim como os ovos. 
— Lily? 
— Está dormindo. Eu acordei quando ela chorou mais ou menos uma hora atrás. Troquei a fralda, cantei um pouco e adormeceu o que foi ótimo porque pude cuidar do nosso café. Vem… - ele levou a bandeja até a cama. Sentou-se tirando o notebook de cima de seu travesseiro colocando-o na cabeceira. Beckett já sorvia um gole do café com o desenho de um coração. Ela adorava esses pequenos mimos. Beliscou um pedaço de bacon enquanto Castle comia os ovos, ela pegou um pedaço do pão. 
— Que horas são? Você já acordou há muito tempo?  
— Quase nove e meia. Eu acordei oito horas. 
— Estava escrevendo? 
— Apenas ajeitando um capitulo. Na verdade, meu notebook está aqui por outro motivo. Mas isso é para depois - ele disse puxando-a em sua direção para beijar-lhe seus lábios. Abraçados, eles continuaram a fazer a refeição. Assim que terminaram, Lily reclamou. Beckett foi ao encontro da filha para alimenta-la. Ao terminar o ritual, ela trouxe a menina nos braços. Encontrou Castle com o notebook sobre as pernas escrevendo. 
— Pode segura-la um instante? Se não quisermos sair da cama ainda é melhor eu trazer o berço portátil - Castle esticou os braços para receber a filha. Enquanto Beckett cuidava de providenciar o berço, ele conversava com a menina. 
— Hey, minha princesa… mamãe está muito feliz hoje, não? Sequer quer sair da cama. Isso é porque o daddy fez algumas mágicas ontem, mas isso não é conversa para você. Ainda é muito pequena. Promete que vai ficar quietinha para eu paparica-la mais um pouquinho? É o nosso segredo, viu? 
— O que você cochicha para a nossa filha, Castle? 
— Estou fazendo um trato com ela. Lily prometeu ficar quieta enquanto estamos na cama. Temos negócios importantes para tratar. 
— Se seus negócios são o que estou pensando, pode esquecer. Não irei fazer nada disso na frente da minha filha. 
— Capitã Beckett! Que mente pervertida você tem! Não estava me referindo ao fato de que voe não consegue manter suas mãos longe do meu corpo e nem aquela palavrinha mágica que  começa com T ou seria com F? - ela revirou os olhos - não importa. Eu estou falando de outra coisa - Beckett pegou a filha do colo dele e colocou no berço. 
— Que outra coisa? - ele a puxou pelo braço fazendo-a sentar no colo dele. Beijando-lhe o pescoço e arrancando risadinhas da esposa, ele a abraçou pela cintura e ficou mordiscando o lóbulo da orelha dela por um tempo. Sentindo o corpo arrepiar, ela retrucou - Castle, você está fazendo o que disse que não faria… 
— Só estava dando carinho a minha esposa. Não posso? - ele sorriu e roubou um beijo dela - tudo bem, vamos aos negócios - trazendo o notebook para perto, ele colocou o aparelho na frente de Beckett - pode segura-lo em seu colo? Já estou com o meu bastante ocupado. 
— O que você quer com o notebook? 
— Quero te mostrar algo - ele abriu um arquivo que Beckett reconheceu ser parte da storyline que ele criara para o seu novo livro no qual tinha Johanna como uma personagem - esse é o manuscrito do crime que Nikki Heat está investigando com a Dr. Marshall. Lembra que eu disse que precisaria de sua ajuda eventualmente? Está na hora. 
— Você está me dizendo que vai deixar eu ler spoilers do seu proximo livro? Capítulos? 
— Não é nada disso. Nosso acordo continua. Isso é apenas o quadro de evidências do crime. Quero suas impressões como investigadora. Especialmente em como ligar a arma do crime ao nosso assassino. Pode me ajudar? - ele viu o sorriso iluminado no rosto da esposa. Sabia que fizera a coisa certa. 
— Se você insiste… - eles permaneceram agarrados na cama conversando e discutindo as possibilidades realísticas para o caso em questão como faziam nos velhos tempos de parceria.  Beckett foi invadida por uma sensação de nostalgia. Isso era uma das principais atividades que sentia falta sendo capitã. Investigar com Castle. O momento do casal durou mais de duas horas. Apenas quando Beckett notou passar do meio-dia foi que convenceu Castle a fazer uma pausa. Por Deus! Ela sequer vestira uma roupa! Caminhando na direção do banheiro, ela retirou o roupão que usava ficando totalmente nua na frente dele. Castle acabou seguindo-a até o banheiro mesmo sabendo que Kate não o deixaria se juntar a ela no chuveiro. Admira-la por mais uns segundos era suficiente por hora. À noite, ele a convenceria que precisavam de mais. 
— Estava pensando. Terei que dar as boas noticias a Johanna sobre a aprovação do livro. Afinal, precisarei de uma nova sessão com ela para continuarmos a desenhar o crime e fazer alguns ajustes após suas considerações. 
— Você falou um monte e não disse nada. 
— Que tal chamar Paul e Johanna para almoçar conosco hoje? - do chuveiro, ela respondeu. 
— Castle, não é assim que funciona com os dois. Temos que checar se estão disponíveis. Não se marca nada em cima da hora com médicos especialmente eles que trabalham com emergência. Deixa eu terminar que ligo para a Joh. Fique de olho na Lily. 
Vendo que ele saiu do banheiro, Beckett suspirou. Deixou a agua quente molhar sua cabeça e bater incansavelmente em seus ombros ocasionando um instante de relaxamento sem igual. Claro que ela estava muito bem. A noite com Castle fora maravilhosa em vários sentidos. Ela estava satisfeita física e psicologicamente. Foram mais de dois meses sem um contato intimo, sem todas as preliminares que estavam acostumados, o jogo de sedução. Era incrível sentir tudo o que o toque de Castle a proporcionava. O efeito psicológico não ficou atrás. A preocupação em machuca-la, a confiança de um no outro e seu marido outra vez conseguira tirar seu chão. Esse ultimo momento compartilhando o novo livro, o trabalho, relembrando fases deliciosas e importantes de suas vidas foi a cereja do bolo. Ele a conhecia como ninguém. Sabia que esse gesto foi quase um afago na alma para curar a carência e o ciúme bobo que sentira há dias atras. Kate suspirou. Era bom se sentir util. 
Após sair do banho, a primeira coisa que Castle a perguntou foi sobre a ligação para Johanna. 
— Castle, eu acabei de sair do banheiro. Vou secar meu cabelo e dar de mamar para a nossa filha. Prioridades. Depois eu ligo para a Joh. 
— Não se esqueça. É ela e Paul. 
— Pensei que o livro fosse interesse de Joh. Não necessariamente Paul precisa estar presente. Ele já afirmou que apoia a namorada no que ela decidir. 
— Kate, não é legal. Somos um casal, Johanna pode se sentir incomodada, estranha…
— Nossa! Do jeito que você fala parece que vamos passar o tempo todo nos agarrando - ela revirou os olhos. Claro que o interesse de Castle na presença de Paul era outro que não podia revelar a esposa - não acho que almoço seja uma boa ideia. Prefiro jantar. É mais fácil para eu não me preocupar tanto com Lily. 
— Tudo bem. Pode ser jantar. O que você quiser, amor - ela balançou a cabeça rindo do marido. Pegou a filha nos braços e levou-a para o quarto a fim de amamenta-la. Enquanto Lily saboreava o leite da mamãe, Kate acariciava a cabeça da filha. Conversava com ela baixinho. 
— Você está ficando tão linda, meu amor. Não vejo a hora de te ver andando por esse loft. A cara do seu daddy bobo. Ah, Lily… você vai se apaixonar pelo seu daddy. Ele é incrível e irresistível, mas esse é o nosso segredo porque ele também é muito convencido. A pequena mãozinha segurava o peito da mãe. Kate acariciava os dedinhos e inclinava-se para sentir o cheiro delicioso de bebê. 
Ficou quase uma hora paparicando a filha até que ela dormisse outra vez. Ao se dirigir para a sala ouviu o barulho das panelas. Castle devia estar fazendo o almoço. Ela fez o que prometera para o marido e como imaginava eles estavam de plantão. Johanna adorou a ideia do jantar, mas só estariam disponíveis dali a dois dias. Beckett disse que não havia problema. Considerassem o convite como feito. 
— Dois dias. Quinta-feira. Eles estarão de folga na sexta, mas saem do plantão às seis da tarde. Disse que viessem às oito. Satisfeito, Castle? 
— Ótimo. Você não contou o motivo, certo? 
— Não, somente disse que tínhamos novidades e queríamos botar o papo em dia. Você vai cozinhar? 
— Já estou fazendo isso, Beckett. 
— Não, estou me referindo ao jantar… 
— Ah, sim! Não se preocupe, não terá que fazer nada. É por minha conta. Lily dormiu? 
— Sim, a barriguinha está para explodir de tanto leite. Muito comilona essa sua filha. Só pode ter puxado para o pai. 
— Isso é bom. Permanece saudável. Tem alguma sugestão para o nosso jantar? Algo que você queira comer? 
— Acho que qualquer coisa que fizer será bom. 
— Estava pensando em porco, umas costeletas, pure de maçã, coleslaw, chips de batata e um molho de pimenta e barbecue. 
— Nossa! Deu agua na boca. E fome! 
— O almoço está quase pronto. Fiz medalhões de peru, estão no forno. Sua salada tem molho de iogurte e refoguei umas couves de buchelas no alho. 
— Olá, crianças! Que cheiro bom! 
— Oi, Martha. Castle está cozinhando - a sogra sentou-se ao lado de Beckett e fez questão de olhar para seu rosto. Sorriu. 
— Ah… já vi que a noite foi muito boa. Katherine, você está com uma cara ótima. Fico feliz - Beckett ficou vermelha. 
— E meu novo livro foi aprovado. 
— Isso é bom, kiddo. Ótimas noticias no loft dos Castle. Cadê minha neta? 
— Dormindo. Martha, queria lhe perguntar, Castle era muito comilão quando bebê? 
— Demais! Meus seios que o digam! Não foi fácil. Doíam, os mamilos ficaram rachados. Você não está tendo nada disso, certo querida? 
— Não, está tudo bem. Mas Lily definitivamente puxou para o seu filho. É só reparar no estômago dela depois de comer. 
— Contanto que você continue tendo leite, ficará tudo bem. Vou dar uma espiada nela.  
— Não vai almoçar, mãe? Está pronto. 
— Eu já volto. 
Eles almoçaram tranquilamente. Ao terminarem, Beckett ajudou-o a limpar a cozinha. A babá eletrônica indicou o chorinho de Lily. Tinha acordado com presente. Kate optou por dar um banho na menina. Ao terminar, ofereceu o seio novamente que Lily pegou com gosto. 
Com a filha no colo, ela seguiu para o quarto. Encontrou Castle sentado na cama, o notebook entre as pernas cruzadas e os dedos voando rapidamente sobre o teclado. Ficou na dúvida se deveria atrapalha-lo. Acabou decidindo sentar-se ao seu lado com a filha nos braços. A curiosidade falara mais alto e Beckett tentava disfarçar o fato de esticar-se uma vez ou outra para ler o que ele escrevia. Obviamente, Castle notou. 
— Posso saber porque você está quase quebrando o pescoço ai, Beckett? 
— Não estou fazendo nada. Estou paparicando minha filha. 
— Péssima mentirosa você é. Sei que está de olho no que estou fazendo. Tudo bem, essa parte eu posso dividir com você. Afinal, foi por sua causa que eu acabei com um bloqueio. Eu não conseguia escrever a cena. 
— Por minha causa? Eu sequer olhei seu trabalho antes de você mesmo me mostrar. 
— Eu sei. É que ontem eu estava tentando escrever uma cena, um encontro entre Nikki e Rook. Algo descontraído e provocante. Minha mente congelou. Não consegui formar um diálogo. Em parte foram as palavras da minha mãe falando que você estava precisando de carinho, se sentir bonita, amada e… - ele fechou o notebook olhando para a esposa - eu não conseguia seguir adiante com a cena sabendo que precisava resolver o que te incomodava. 
— Então, você está me dizendo que se eu não tivesse me vestido e pedido para você fazer amor comigo iria tomar a iniciativa? 
— Era isso que estava indo fazer no quarto quando você apareceu com aquele vestido deslumbrante. Quase não consegui pensar somou-se à noticia do livro e… 
— Felizmente resolvemos a situação. Isso quer dizer que está usando nossa experiência para escrever a cena de Nikki e Rook? 
— Não necessariamente. Contudo, depois de ontem minha mente está limpa, focada. Já estou na metade da conversa entre eles, melhor dizendo a conversa já acabou. Estão indo para a ação - Castle tornou a abrir o notebook. Olhando para Beckett, ele sorriu e perguntou - você quer ler? 
— Não estaria infringindo os direitos do escritor? 
— Vai em frente, amor. Mas antes me dê a Lily. Sei como você fica empolgada lendo minhas historias - ela riu. Pegou o notebook e concentrou-se em ler o que o marido criara sobre seu alterego. Castle observava o jeito que Beckett franzia o cenho, o sorriso formando no canto dos lábios, os dentes mordendo o lábio inferior e as risadinhas. Então a viu passando a mão nos cabelos, no pescoço. Viu-a suspirar. Beckett ergueu o rosto para fita-lo. 
— Por que você faz isso? Ainda não terminou e… 
— E? 
— Eu fiquei com gostinho de quero mais! - ele gargalhou. 
— Hoje a noite você terá mais… 
— Eu estava me referindo a cena, Castle… - disse revirando os olhos. 
— Certo, vou fingir que acredito. Veremos mais tarde - ela grunhiu. Claro que Castle estava correto em sua afirmação. Assim que Lily saboreou o ultimo leitinho e adormeceu nos braços de Beckett. Ela veio determinada arrancar o marido da frente do notebook no escritório. Não se importava se ele diria “eu te disse”, a verdade era uma só: desde a noite anterior ela esperava ansiosa o momento de estar nos braços de Castle outra vez. 
Ela entrou devagar no escritório. Com cuidado para não fazer barulho. Precisava ter certeza de que não iria irrita-lo. Respeitava muito o trabalho do escritor, conhecia o quanto ele podia ser minucioso e perder o fio da meada em uma cena o deixaria muito chateado. Observando por trás da cadeira, viu que ele digitava rapidamente. A lingua característica para fora tocando o canto da boca. Ela sorria. 
De repente, ele parou. Fez uma anotação no bloco amarelo ao seu lado, parecia estar conferindo alguns detalhes. Por fim, colocou o lápis sobre o papel. Levou a mão aos olhos esfregando-os, erguendo de leve os óculos que usava. Tão sexy, pensou. Nesse instante, ela soube que podia atrapalha-lo. Começou passando a mão sobre os ombros e descendo pelo peito até envolve-lo em um abraço. Beijou seu rosto sussurrando em seu ouvido. 
— Hey… você não cansou de Nikki Heat ainda? 
— Tenho um deadline a cumprir… além do mais, eu tive que mexer um pouco na historia. Tenho que transformar a aventura em quase uma trilogia. 
— Não necessariamente. Podem ser três crimes distintos envolvendo algo de medicina. 
— Não te agrada a ideia de uma trilogia? De qualquer forma, os livros da série Heat devem ser lidos na ordem não estaria saindo do principio original. Seria um novo cliffhanger. 
— Pode criar um serial killer ou colocar a vida da Dr. Marshall em perigo em algum deles, que tal? 
— São boas ideias, mas… 
— Mas eu digo que está na hora de parar - ela fechou o notebook dele. Com a mão virou o queixo em sua direção. Tirou os óculos que usava deixando-os sobre o papel. Beijou os lábios do marido vagarosamente, provocando de modo sensual - vem, vamos encontrar uma forma de ajudar sua imaginação com a sua verdadeira musa. Tenho certeza que ela pode dar uma ideia para Nikki… - Beckett o puxou pela mão guiando-o até o quarto. De frente para Castle, ela deslizava as mãos para cima e para baixo no peito dele enquanto os lábios continuavam a fazer seu papel. Ele sentiu as mãos dela abrindo o botão da calça. Ele gemeu em antecipação, mas segurou as suas mãos impedindo-a de continuar embora fosse tarde demais, a calça já estava no meio das pernas. Não se importou, Castle a puxou pela cintura e aprofundou o beijo, as mãos de Beckett estavam no seu bumbum. Quebrou o beijo e sussurrou no ouvido dela. 
— Eu te disse, Kate… - ela gargalhou sentindo o corpo tocar o colchão. Ia ser uma ótima noite. 
Dois dias depois por volta das oito e quinze da noite, Paul e Johanna chegavam ao loft dos Castle. O médico trazia uma garrafa de vinho tinto e a namorada segurava uma torta de morango. Castle abriu a porta sorridente recebendo os amigos. 
— Olá! Vão entrando. Bom ver vocês. O que é isso? 
— Álcool e sobremesa. Duas coisas muito importantes em qualquer jantar - disse Johanna - cadê a Kate? 
— Está dando o jantar de Lily. Com sorte, ela dorme depois de mamar. Pode ir até o quarto se quiser. 
— Não, prefiro dar privacidade à mamãe nessas horas. 
— Sendo assim, vou abrir o vinho que trouxeram. O menu de hoje é simples. Costelinhas de porco ao molho barbecue, pure de maçã, uma coleslaw porque Beckett não vive sem salada e chips de batata. 
— Eu já aprovei. Você fez tudo sozinho? 
— Sim, prometi a Beckett que era por minha conta. Você fez bem em trazer a sobremesa porque tudo o que tinha era rodelas de abacaxi bem geladas. 
— Abacaxi é ótimo para digestão - disse Paul pegando a taça de vinho que Castle lhe entregava. Tomou o primeiro gole da bebida e suspirou - estava precisando disso. 
— Dia difícil? - perguntou Castle. 
— Um acidente grave. Três pessoas correndo risco de vida entre elas, uma criança de cinco anos. O motorista irá precisar de transplante e até o momento não há doadores. 
— Poxa! Sinto muito. 
— Foi uma tarde bem complicada para todos nós, mas vamos deixar o trabalho do lado de dentro do hospital por algumas horas. Estamos aqui para nos distrair, conversar com amigos, contar novidades… 
— Novidades, Joh? Aquelas que deixam a gente bem feliz? - Beckett apareceu na sala provocando a amiga. Johanna sabia muito bem ao que ela se referia. 
— Ué! Não é esse o motivo do jantar? Você disse que tinham novidades - assim que ela sentou-se no sofá, Castle entregou a taça de vinho para a esposa - você me parece estar muito bem para quem tem um bebê de quase três meses em casa. O seu semblante está leve, quase brilhante - Kate sabia o que ela estava fazendo, jogando verde. Não ia cair nessa. Tratou de mudar o ritmo da conversa. 
— O que acha, babe? Quer contar agora ou deixamos para a hora do jantar? 
— Prefiro manter um pouco do suspense. E quanto a vocês dois, nada diferente? Excitante? 
— Entendi o que você está fazendo, Castle. Tudo bem, se querem manter o suspense vou aceitar. Na verdade, nós temos algo para contar a vocês - Johanna acariciou o joelho do namorado - é até bom poder dividir essa situação com alguém que talvez tenha uma opinião ou passou por isso. Semanas atrás, Audrey me ligou de Paris cheia de ideias e planos. Ela quer ficar em Paris. Terminar o ensino médio lá. Está encantada com a cidade, com a cultura, a vida parisiense. A verdade é que ela já tinha tudo planejado quando me ligou. Simplesmente decidira todo o seu futuro e agora era com a mamãe para banca-la. 
— Joh, não foi assim que aconteceu. Ela planejou, pesquisou para dar o cenário de uma maneira mais simples de você entender e concordar. Como vocês já perceberam, Joh pirou com a notícia. 
— Paul, não me leve a mal porém terei que ficar do lado de Johanna nessa. É sempre um choque para qualquer pai ou mãe perceber que sua filha cresceu e quer ganhar o mundo. Isso torna-se ainda pior quando você sabe que ela é uma pessoa responsável, decidida e totalmente capaz de seguir sozinha mesmo que cometa erros lá na frente. 
— Ele está falando de Alexis, diria que se aplica a Audrey também. E apesar de ser mãe de primeira viagem posso entender um pouco do que Castle e Johanna sentiram. Meu pai surtou quando disse que ia fazer um semestre fora. Tinha 16 anos - de repente, Kate calou-se - engraçado, minha mãe adorou a ideia. Dona Johanna acreditava que era preciso experimentar e explorar quando se é jovem, queria a filha independente. 
— Soa cada vez mais como a nossa Joh aqui - disse Paul - eu tive que relembrar isso a ela. 
— E o que aconteceu? Você concordou? Cedeu? Quer dizer, se ela fizer o ensino médio na França provavelmente terá que estudar mais um pouco para validar o diploma e se inscrever numa universidade aqui, não? Lembro que pesquisei sobre isso na minha época. 
— Ai vem a segunda parte da história. Ela não quer fazer nenhuma das nossas universidades. Nada de Harvard, Stanford, NYU, Yale… Audrey quer estudar gastronomia na Le Cordon bleu. 
— E o fruto não cai longe da arvore outra vez. Joh, ela é mesmo sua filha - disse Beckett rindo - então? 
— Depois de surtar, imaginar um milhão de cenários onde tudo pudesse dar errado e com o coração apertado, eu ponderei o que ela me pediu. Paul me ajudou bastante para que eu compreendesse o que estava em jogo. Quer dizer, é o futuro dela, a vida da minha filha. Se esses são seus sonhos e eu posso ajuda-la a realiza-los, por que não? Conversamos bastante e acertei o que era possível por telefone e email. Mas eu não abri mão de ir a Paris conhecer a diretora da escola e conversar sobre moradia, apoio, essas coisas. Preciso ter certeza de que minha filha está bem. 
— Isso é ótimo, Joh! Tenho certeza que Audrey está no caminho certo. 
— Meu coração está dividido. Sei que é o melhor para a minha filha, porém ela é minha menina, a pessoa mais importante da minha vida. Estou feliz e com o coração apertado, dá para entender? 
— Completamente, Johanna. Pais são bem trouxas. Os filhos crescem, mas continuam eternas crianças para nós até o instante que percebemos seus feitos, vibramos com suas conquistas e temos a confirmação de que fizemos algo certo - disse Castle - meu conselho? Não se preocupe demais. Ela achará seu caminho, mesmo que tenha que dar algumas cabeçadas pela estrada. Experiência própria. Tem muitos pontos positivos nessa historia. Audrey está confiante, sabe o que quer para o seu futuro. A maioria dos jovens não tem a minima ideia. Ela é inteligente e responsável. E Paris, você ganhou uma viagem maravilhosa. Não será nenhum sacrifico visitar sua filha. Talvez a oportunidade perfeita para vocês curtirem umas ferias, não? 
— Eu ia dizer a mesma coisa. Resolve tudo com Audrey, mata as saudades e de quebra aproveita para passear na cidade luz. Joh, não tem como não ficar feliz pela novidade. 
— Eu sei, Katie… eu sei. 
— Quando está planejando viajar?
— Não tenho muito tempo, as aulas começam em setembro portanto daqui a duas semanas embarcamos para Paris. 
— Depois dessa ótima conversa, acho que podemos jantar - Castle se levantou dirigindo-se à cozinha. 
— Vou pegar mais vinho - disse Paul - quer também, Kate? 
— Claro - entregou a taça a Paul e esperou ficar sozinha com Johanna - está tudo bem, certo? As palavras de Castle a ajudaram de alguma forma? 
— Sim, Kate. Eu estou feliz por Audrey. É apenas coisa de mãe. Você irá experimentar isso várias vezes daqui para frente. Não vou negar que a ideia de ir com Paul a Paris é tentadora, mas Audrey é minha prioridade. Posso mudar o assunto por um instante? Você e Castle fizeram as pazes com os lençóis? Há! Está estampado na sua cara - ao ver Beckett ficar vermelha - muito bem, coelhinha. Quero detalhes! 
— Joh! - ela repreendeu a amiga e sussurrou - não agora, isso é intimo. Mais tarde, talvez. 
Paul serviu o vinho para as mulheres e observou Castle tirar as costelas do forno. O cheiro estava maravilhoso. Aproveitando que estavam sozinhos, ele comentou. 
— Precisamos conversar sobre o site que você me passou. 
— Ah! Você experimentou? O que achou? 
— Xiii… agora não. Quase arrumei problemas com Joh por causa dele. Depois você arruma alguma desculpa ai falamos. 
— Combinado. Garotas! O jantar está servido. Venham antes que esfrie. 
Eles sentaram-se a mesa e iniciaram a refeição. Johanna elogiou o sabor do molho e o ponto da costela. Tudo estava muito gostoso. Castle esperou chegarem à metade do jantar para revelar a noticia que eles aguardavam. 
— Então, como Johanna já dividiu sua novidade conosco chegou a minha vez. Eu estou muito animado com o que tenho pela frente. Gina me ligou ontem para confirmar que minha proposta para o novo livro da série Heat foi aprovada com o plot voltado para crime médico. 
— Wow! Dr. Marshall vai virar de fato uma personagem de best-sellers? Adorei! Isso é incrível, Castle. Parabens! 
— É, parabéns estão mais do que em ordem - disse Paul. 
— Não é somente isso. Você já sabia que teríamos outras conversas para afinar os detalhes do thriller. Na verdade, a editora pediu três livros com o enfoque médico. As aventuras de Nikki Heat e da Dr. Marshall estão apenas começando. 
— Não se esqueça de Rook… - lembrou Beckett fazendo Castle sorrir e apertar sua mão. 
— Três livros? Meu Deus! Vou ficar famosa! Vamos ter muito trabalho pela frente! - Johanna estava empolgada. 
— Você quer dizer Castle terá muito trabalho pela frente, não? - corrigiu Paul. 
— É, para ser sincero, ela está certa. Eu precisarei ainda mais da ajuda de Johanna com três livros. 
— Já tem os plots? Podemos bolar uma epidemia talvez? 
— E começou… - disse Kate rindo - a fã se apossou do corpo de Joh. 
— Estava pensando em uma trilogia, Beckett deu a ideia de um serial killer… ainda tenho que pensar bastante. Contudo eu tenho um deadline de duas semanas para entregar dez capítulos para Gina. Os primeiros cinco que escrevi revisados e mais cinco, o que significa… 
— Que teremos que discutir ideias para os próximos plots. 
— E fazer alguns ajustes no atual depois que discutir algumas ideias do ponto investigativo com Beckett. Pode se preparar para aguentar minhas perguntas malucas na sua próxima folga. 
— Com prazer! Estou muito animada com essa novidade! É excitante, não? - todos riram do jeito da médica. 
— É sim, pena que a reação de Kate ao primeiro Nikki Heat não tenha sido assim… ela ficou muito brava. Claro que o termo certo seria ciúmes porque dei um draft do livro para a reporter do Ledger ler antes dela. Detalhe: ela nunca admitiu. 
— Castle! 
— Tudo verdade e sei que ela amou cada pedacinho. Confessou depois para mim - ele piscou para Johanna - especialmente a tequila. 
— Hey! - ela deu um chute na perna dele - eu estou bem aqui. Sei que a noticia é excelente, nós comemoramos muito e… - o olhar safado de Johanna para ela fez Kate enrubescer - esse não é o ponto. Estamos aqui para nos divertir. Vocês terão bastante tempo para discutir o livro. 
— Kate tem razão, eu me empolguei. Será que pode me passar os chips de batatas? - Castle encontrou um novo assunto e logo eles estavam rindo e trocando ideias que em nada tinham relação com os livros de Castle. 
Quando saboreavam a sobremesa que Johanna trouxera, o choro de Lily invadiu a sala. 
— Acho que alguém quer mamar… vocês me dão licença? 
— Claro, Kate - disse Paul. 
— Essa torta está muito gostosa. Foi você que fez, Johanna? 
— Não, essa eu comprei numa confeitaria que tem na Bleecker St., mas sei fazer. É um shortcake de morango. Em vez de bolo, pão de ló - Johanna colocou a ultima garfada do doce na boca. Precisava de uma desculpa para ir falar com Kate. A curiosidade era grande demais - se me dão licença, vou ver se Kate está precisando de uma mãozinha - ela se levantou e seguiu para o quarto de Lily. Ao ver a médica desaparecer, Castle comentou. 
— Ótimo! Tenho certeza que elas vão se demorar lá dentro. Podemos conversar. O que achou do site? Tem alguma preferência por tipos de jogos? 
— No inicio tive que me adaptar, pedi ajuda a um dos residentes do hospital e a Daniel para entender do que se tratava. Você nem me explicou. 
— Você sabia que não podia fazer isso na frente delas. 
— Eu gostei. E-eu me distrai tanto que perdi a noção do tempo. Joh e eu quase brigamos feio. Esse é um dos motivos que não quero falar desse assunto perto dela. Terá que manter segredo. 
— Acredite em mim, Paul. Não adianta esconder. Tem que falar a verdade. Kate odeia videogame quando ela quer minha atenção, de resto está tudo bem. Pense que você pode justificar o jogo como uma espécie de ligação comigo, assim como ela tem os livros. Pode reclamar um pouco, mas vai acabar cedendo. 
— É, você tem razão. Ela ficou chateada porque eu menti. 
— Ótimo, agora que já encontramos uma forma de domar a fera Johanna você pode me dizer que plataforma você gostou mais? É um cara de PS4 ou está mais para XBox? 
— Ambos são ótimos, porém se eu entendi corretamente o XBox tem mais facilidades para se jogar online, não? 
— Na verdade, ambos funcionam bem. A Sony usa o tal do PS+ que lhe dá direito a jogar online, contudo o XBox você pode baixar jogos sem gastar muito. O problema aqui não é dinheiro, eu recomendo o PS4. Voce pode ter o melhor. 
— Acho que terei que optar por ele então. Posso jogar sozinho, mas no inicio precisarei de ajuda. Talvez possa ver qual a plataforma que Daniel tem. Sei que o portátil é PS. 
— Não sabia que ele jogava. 
— Foi ele quem me deu as dicas do site. 
— A próxima pergunta é bem simples: quando você vai comprar o videogame? 
— Acredito que somente após voltar de Paris. Assim, Joh estará mais calma, relaxada e não terei problemas. Essa viagem para a França veio em boa hora. Será crucial para todos nós. 
— Algo me diz que você não está falando mais de videogame… é o que estou pensando? 
— Castle, não comece com especulações. Estou apenas dizendo que é uma mudança em nossas vidas, para melhor em todos os sentidos. 
— Precisamos brindar a isso, então. Vou pegar mais vinho. 
No quarto de Lily, outra conversa bem mais excitante estava acontecendo. Beckett já tinha trocado a fralda da filha e estava sentada na poltrona se preparando para amamentar quando Johanna sentou-se a sua frente e sem rodeios falou. 
— Nada de enrolar, Kate. Quero saber todos os detalhes da sua grande noite. Foi tão bom quanto nos velhos tempos? 
— Ah, Joh… o que você acha? Eu estava com medo de não agüentar ou de decepciona-lo. Sei lá, não tinha ideia de como meu corpo reagiria depois da gravidez. Nunca passei por isso antes. No instante que ele me tocou, era como se cada fibra do meu corpo esperasse pelo gesto. É estranho como algo tão simples como o toque seja capaz de provocar a mais intensa das reações. E Joh… foi intenso, excitante, apaixonante. A sensação era de voltar para casa. 
— Nossa! Seus olhos brilham falando disso. Seu rosto se ilumina. Foi somente uma vez? - Beckett riu - claro que não, que pergunta ingênua essa minha. 
— Ficamos quase a noite inteira. Eu lembro de ter despertado com o choro de Lily por volta das cinco da manhã e sinceramente eu mal tinha cochilado. 
— Wow! Que festa! 
— Foi ótimo, melhor do que eu tinha em mente. Mas sabe, Joh, fazer amor, sentir os lábios e o toque de Castle pelo meu corpo foi excelente embora não tenha sido o melhor gesto da noite. O que quero dizer é que eventualmente voltaríamos a nossa rotina de casal. O que foi de longe uma demonstração de amor foi o que aconteceu na manhã seguinte. Ele pediu minha ajuda com o seu livro. Sabia o que significava, o quanto era importante e fez. Era como se estivéssemos investigando juntos novamente. A boa e deliciosa parceria de anos. 
— Eu gosto muito de ouvir isso. É uma pena que vou ter que quebrar um pouco a imagem de bom moço do seu marido. 
— Como assim? Do que está falando, Joh? 
— Aparentemente seu marido andou incentivando Paul a entrar no mundo dos videogames.  Acho que quer um parceiro. Ele incitou tanto meu namorado que ele passou o dia todo de folga jogando, esqueceu de fazer o jantar e ainda mentiu para mim. Juro que quase brigamos feio, e-eu pensei que ele estava me traindo. Queria mata-lo ao descobrir que mentira por causa de jogo. 
— Eu não sabia de nada disso. 
— Claro que não, Castle arquitetou tudo direitinho. 
— Filho da mãe! Quer que eu brigue com ele? Aplique alguma punição? Sabe que eu posso fazer isso. 
— Não, Kate. Vocês acabaram de voltar à ativa. Deixe. Estou te contando para você ficar ciente e quem sabe mais tarde não pregamos uma peça neles. O feitiço pode virar contra o feiticeiro, não? - Beckett riu. 
— Posso viver com isso - ela colocou a filha no berço e seguiu para a sala com a amiga. Uma taça de vinho a mais e outra fatia da torta de morango, Paul e Johanna finalmente se despediram dos amigos. 
— Fico no aguardo da sua ligação para conversarmos sobre o livro. Tenho que terminar de coletar dados antes da sua viagem para Paris. 
— Pode esperar. É só o tempo de pegar a nova escala amanhã. Tenham uma boa noite - ela beijou Castle, abraçou e beijou a amiga - e vão devagar com a volta aos treinos - Johanna mesmo gargalhou do seu comentário. Dando de ombros como quem pede desculpas, Paul desejou boa noite e saiu puxando a namorada. Assim que a porta se fechou, Castle perguntou. 
— Quer seguir os conselhos de Johanna ou está a fim de “treinar” de verdade?

— Vamos direto para a competição, se é que me entende - rindo, eles seguiram de mãos dadas para o quarto.   


Continua....

5 comentários:

Unknown disse...

Nossa que capítulo sensacional que você nos proporcionou ,muito bom você esta de parabéns sempre arrasado nas suas fins muito obrigada 👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏

Gessica Nascimento disse...

😃😃😃
Esse capítulo não poderia ser melhor!
Teve de tudo um pouco, na medida certa!!
Parabéns Karen 😍😍😍

Unknown disse...

Muito mas que maravilhoso,parabéns Karen
adoro suas historias

cleotavares disse...

"J.D. Robb criou a melhor lieutenant dos livros." Estou viciada. kk

Agora sim! Nossa casal voltou aos "trinks", tudo normal, agora. Já estava sentindo falta desses momentos "hots".
A Joh é uma figura, toda empolgada com o livro. E o que dizer do Paul, começou meio com um pé atrás com o Castle e agora está aí, todo cheio de segredinhos com os jogos. Só quero vê o que essas duas vão aprontar com seus viciados. kkk

Vanessa disse...


Amei as notas, sei da sua dedicação para fazer algo maravilhoso. E sim, vc utiliza o todo, nas suas historias cada detalhe importa.
Objetos, cenarios, cidades, pessoas, enfim, tudo tem importância e é por isso que é uma viagem incrivel.

Bora para nosso caskett moment
Que praticidade hein dona Kate hahaha
Ele dando atençao a cada parte do corpo dela,indo devagar e ela ansiosa hahahaa
Castle todo preocupado em agradar ela, não estragar as coisas e eis que ela teve seu primeiro orgasmo. hahaha
Ele inseguro de machuca-la, e ela deixando toda confiança nele de que isso não aconteceria.
Esses dois são lindos demais, e eu to quase chorando com tanto amor.
Agora eles conversam.
E vamos para o round 2
E pelo jeito tivemos varios hahaha
Lily dando sinal de vida, ou fome hahaha
Tres meses e a coelhinha está de volta hahaha
Café na cama, isso é bom.
Rindo da conversa de Castle com Lily hahaha
Mais beijinhos e carinhos e provocaçoes. Nosso casal está de volta.
Ele vai deixar ela ajudar na investigação, agradando a musa tb. Gostei disso.
Adoro as reflexoes de KB. Ela percebeu que o marido fez esse afago final haha
Ja quero esse almoço ou jantar pra ontem. Temos novidades para todos os lados hahaha
Dois dias vão demorar hahaha
Martha ja chegou sendo indiscreta como so ela sabe ser hahaha
Kate usando Lily pra disfarçar e tentar ler o que Castle está escrevendo hahaha
O melhor é ele perceber e ela dar uma desculpa fraca haha
Eu adoro quando eles conversam. E ele ainda vai deixar ela ler. Castle agradando a fã numero um tb.
E mais provocações...
Eu acho fofinho ela observando ele escrever. Kate estava determinada em fazer ele parar de escrever mesmo hahaha
Acho que ela não se importou com o "eu te disse"
E vamos ao jantar entre amigos.
As provocações entre amigas ja começaram hahaha
Achei bonitinho Joh se abrindo para os amigos. Castle e ate Kate entendendo ela.
Claro que Joh não perdeu a oportunidade de zoar Kate com aquela questão. To esperando ela contar os detalhes tb. hahaha
Sabia que Joh ia surtar com a noticia. Eu adoro o jeito que ela se joga e não ter medo de ser a fã surtada hahaha
Obvio que Castle tinha que provocar Beckett. O olhar da Joh, eu to rindo tanto hahaha
To gostando do clube do bolinha, mas to mais interessada no da Luluzinha. Mas gostei de dois pontos, Castle dizendo para falar e verdade e segundo ele falando pra usar a desculpa que o jogo é a conexão deles hahaha
Será que o moreno está com planos para casamento, assim oficial? haha
Quarto com a luluzinhas hahaha
Amando a descrição de Kate, acho que ate meus olhos estão brilhando hahaha
E Joh ja entregando Castle hahaha Essas duas vão aprontar.
Treino hein hahahaha
Os coelhos estão ficando para trás. hahaha