quinta-feira, 30 de novembro de 2017

[Castle Fic] A (Im)Perfect Love Story - Cap.31


Nota da Autora: Esse capitulo tem um lado interessante a ser abordado. Aprendemos que Rick Castle costuma se isolar quando escreve. A verdade é que todo escritor (eu me incluo) necessita de um pouco de reclusão, nós nos trancamos no nosso mundo imaginário e esquecemos do real. Aqui, vocês verão Kate se adaptando a isso. Todo autor gosta de passar suas impressões na própria historia, ou contar algo que realmente gosta. Tem algo sobre mim nesse capitulo. Conseguem adivinhar o que é? E se preparem porque os próximos capítulos estaremos viajando... divirtam-se! 


Cap.31 

Três dias depois, Beckett estava na cozinha servindo-se de café após fazer os ovos para ela e Castle. Onde ele se metera, pensou. Martha apareceu na sala. 
— Martha, por acaso sabe onde seu filho se meteu? Os ovos vão esfriar. Castle! - ela gritou - viu? Sequer me responde. 
— Deixe que vou ver o que ele está aprontando - Martha se dirige ao escritório. Nada. Segue para o quarto da neta onde o encontra sentado na poltrona com a filha no colo. Conversava baixinho com a menina como se ela pudesse escutar e entender. 
— Richard! Não ouviu sua esposa chamando? Ela fez o café para você, kiddo. Não devia deixa-la esperando. Me dá minha neta, eu vou cuidar de Lily enquanto vocês tomam café - Castle fez uma careta para a mãe e entregou a filha após beijar-lhe a testa. Ao chegar na cozinha, logo reparou na cara de poucos amigos da esposa. Tratou de usar seu charme para trazer um sorriso para o rosto de Beckett. Ele a agarrou pela cintura e depositou vários beijinhos na sua face e no pescoço o que provocou cócegas nela fazendo-a rir. 
— Para, Castle! Não adianta jogar seu charme para cima de mim. Não vai funcionar - ele mordiscou o lóbulo da orelha dela, Beckett riu e deu um soquinho no ombro dele - quer sentar para comer? Vai ficar frio e ruim. 
— Nada do que você faz é ruim, Kate - ele finalmente se sentou. Ela ficou de frente para o marido no outro lado do balcão. 
— Vai sair hoje? 
— É a folga de Johanna. Estou esperando ela me dizer que horas e aonde vamos nos encontrar. 
— Deve ser na parte da tarde - disse Beckett. 
— Talvez. 
— Você sabe que ela e Paul tem aquela regra de que quem está de folga faz o jantar então imagino que não poderia se encontrar muito tarde. Ou ela pode não fazer o jantar, estariam quites - Beckett deixou escapar sem querer. 
— Do que você está falando? - Castle se fez de desentendido. 
— Não vem com essa historia de bancar o inocente que não vai colar. Você provocou o desentendimento.
— Não entendi. 
— Deixa de ser cínico, Castle! Você está incitando Paul para jogar, quer que fique viciado como você. Droga! Eu prometi para a Joh que não ia falar disso com você. 
— Hey! Eu apenas sugeri. Se Paul perdeu o controle, não é minha culpa. Não sei qual o problema de vocês com o jogo. Tanto Johanna como você, Beckett, queriam que eu e ele nos entendêssemos, agora que parecemos estar encontrando algo em comum, ficam reclamando. 
— Só se eu não te conhecesse. Sugerir é uma coisa, virar vicio é outra. E não estou reclamando, fiquei chateada por saber que eles quase brigaram feio por sua causa. 
— Ela disse isso? Que eu saiba, Paul mentiu para ela. Fui eu quem mandou ele contar mentiras? - Beckett bufou - acho que provei meu ponto. 
— Sempre saindo como o bonzinho da historia… 
— Porque eu sou… - ele sorriu para ela e esticou a mão para toca-la - os ovos estão deliciosos. Será que pode me servir de café, amor? - ela não aguentou e rir. Jogou o pano de cozinha na cara dele. 
— Convencido! 
— Apenas falo a verdade - o celular dele vibrou - ah, é Johanna. Hey! Tudo bem? Sim, você escolhe onde - aguardou - almoço? Por mim tudo bem! Uma hora, combinado - desligou - bem, tenho que me preparar para o meu compromisso. 
— Vocês vão almoçar? 
— É, acho que você tinha razão no fim. Ela deve querer terminar cedo para fazer o jantar de Paul. Você podia se inspirar e fazer o nosso jantar também, que tal? 
— Está me achando com cara de serviçal doméstica? Não sou sua escrava. 
— Claro que não, capitã. Era só uma sugestão. E quanto ao escrava, saiba que não me importo nem um pouco de ser o seu, especialmente se for para satisfazer prazeres sexuais - ele roubou um beijo dela de surpresa. 
— Vai trabalhar, Castle - ria balançando a cabeça. 

Le Cirque

Castle já estava sentado em sua mesa cativa quando Johanna entrou no restaurante. Ele se levantou para cumprimenta-la e puxou a cadeira para sentar a sua frente como o perfeito cavalheiro que era. 
— Confesso que fiquei surpreso com o convite para o almoço. É meio difícil trabalhar na mesa de um restaurante. 
— Eu sei, mas eu realmente estava com muita vontade de comer o filé daqui. Podemos fazer assim, na primeira parte do almoço você me conta o que está pensando em fazer com a historia agora que irá escrever três livros. Depois, pode começar a me fazer perguntas. Tenho certeza que seu telefone tem um aplicativo que pode gravar tudo e reaproveitar nas suas anotações para escrita. Você é bem geek - ele riu. 
— Tenho mesmo. Tudo bem, faremos isso. 
— Podemos sempre tomar um café depois. Tem um bem na esquina e você pode seguir com seu trabalho, escrever o que precisar. 
— Ótimo! Que tal pedirmos a comida antes? 
— Excelente - eles pediram o almoço, as bebidas e mergulharam numa longa conversa no universo de Nikki Heat. O tempo parecia voar à medida que os detalhes e as ideias iam sendo discutidas. Castle fez muitas perguntas a Johanna que respondeu todas que podia da maneira cientifica e leiga a fim de dar significado para que o escritor as entendesse da forma correta. Ao terminarem o almoço com direito a cheesecake de sobremesa, ele ficou com a consciência pesada. Sabendo que iam continuar o trabalho na cafeteria, Castle chamou o maitre. 
— Quero lhe fazer uma pergunta. Eu sei que vocês fecham às três e meia e tornam a abrir às seis. Será que poderiam preparar um chateaubriand para viagem? O problema é que não quero levar agora. Eu preciso terminar um trabalho e imagino que posso passar de volta umas seis, talvez antes. Acha que consegue preparar o prato para mim? - ele virou-se para Johanna - estou pensando em Kate. Ela gostaria de um jantar especial, principalmente depois do que eu disse essa manhã. 
— Agora que você falou, Paul não reclamaria se tivesse um filé do Le Cirque para jantar. Assim poderíamos ficar despreocupados com o horário e focar no trabalho. É possível fazer dois? 
— Claro que sim, Sr. Castle. Para nosso cliente VIP sempre damos um jeito. Qual o ponto dos filés? 
— Ao ponto para mal - eles falaram na mesma hora. Riram - é tem que ter sangue para aqueles dois - completou Johanna. 
— Querem pagar agora ou quando vierem buscar? 
— Pode incluir na conta - disse Castle. 
— Ótimo! Eu só peço para quando estiverem próximos de vir, liguem para cá. Assim podemos fazer o filé somente perto de entrega-los. Prezamos pela qualidade de nossos pratos. 
— Claro! Pode trazer a conta para nós. 
— Aceita o café? 
— Não, hoje iremos dispensar o café. Obrigado - afinal eles iriam toma-lo em outro lugar. Quando a conta chegou, Castle não deixou Johanna pagar - de jeito nenhum! Estou aqui a trabalho. Fazendo pesquisa para o meu livro e você é minha fonte. 
— Mas o filé de Paul… nao é justo! 
— Claro que é. Eu estou tirando a namorada dele de casa, impedindo-a de cozinhar e tenho que me redimir por outras coisas - ele piscou para ela. A principio, Johanna não entendeu - não quero ninguém brigando por minha causa. 
— Ah, você está falando do jogo… Kate lhe contou… 
— É, em sua defesa, saiu sem querer. Não se preocupe, não vou fazer de Paul um viciado. Isso é por conta dele - pagou a conta e juntos seguiram para a cafeteria da esquina a fim de continuar o trabalho. 
Ao chegar em casa por volta das sete da noite, encontrou a esposa sentada na poltrona dando de mamar a filha. 
— Você demorou. Quase um almoço ajantarado. Encontro proveitoso? 
— Muito - ele se inclinou para beija-la - trouxe seu jantar. Especial. Fomos no Le Cirque. Achei que a minha esposa merecia um belo jantar hoje para compensar o fato de que a deixei sozinha o dia todo e provavelmente farei o mesmo amanhã quando me sentar no escritório para transcrever tudo o que obtive hoje. 
— Ah! É um daqueles períodos de reclusão… pretende virar a noite, escritor?  
— Deveria, porém acho importante passar um tempo com a minha esposa e minha princesa. Ela está terminando de comer? 
— Sim, viu o estômago como está quase estourando? Ela está pesadinha. 
— É, notei essa manhã. Quase três meses! Passou tão rápido! Lily, por favor, termine logo porque não quero que a mamãe coma frio. 
— Você não vai jantar comigo? 
— Claro que sim. Quer que fique com ela um pouco? Posso fazê-la dormir. Sou bom nisso, o encantador de bebês, esqueceu? 
— Da ultima vez que se intitulou assim, o encantador falhou - ela riu entregando a filha para o marido - coloque-a para arrotar, vou tomar um banho rápido - Beckett já estava quase saindo do quarto quando sentiu o puxão no braço. Castle sorveu seus lábios com vontade. 
— Agora pode ir. 
Eles sentaram para jantar à mesa. Castle colocou a filha no bebê conforto ao lado deles para que pudessem observa-la. O filé estava magnifico como sempre e o vinho escolhido por Castle caiu como uma luva. 
— E não se preocupe, eu fiz outra boa ação no dia de hoje. 
— Mesmo? Posso saber o que? 
— Como eu de certa forma roubei Johanna, paguei o jantar de Paul. Ela levou um filé para ele também. 
— Nossa! Como estamos bonzinho hoje… - ela implicou - pena que vai se esconder no escritório com a Nikki. Eu bem que estava precisando de uma massagem. 
— Massagem de verdade ou aquele outro tipo de massagem, capitã? - ela riu. 
— De verdade. Acho que dei um jeito nas costas aqui na região da omoplata e próximo ao pescoço. 
— Eu posso cuidar disso. Já disse que não pretendo escrever hoje. A menos que você esteja cansada e durma, ai talvez eu adiante um pouco da escrita - ela colocou a ultima garfada na boca. 
— Estava mesmo delicioso. Você acertou, escritor. 
— Calma, ainda não terminou - ele se levantou da mesa e foi até a geladeira voltando com um pedaço de torta - afinal, um jantar do Le Cirque nunca está completo sem um pedaço de cheesecake. Mais uma boa ação para você. 
— Ah, Castle… - ela puxou-o pela camisa tascando um beijo nos lábios. 
Castle cumpriu o prometido para a esposa. Eles foram para o quarto, a fez deitar de bruços e com um dos oleos próprios para massagem, se ajoelhou ao lado dela na cama e começou a usar os dedos vagarosamente pelas costas dela. 
Não demorou muito para Beckett estar gemendo baixinho. O toque dos dedos de Castle parecia magia. Estava completamente relaxada. Ele achou o ponto onde ela reclamara. Dedicou-se a desfazer os nós que se formaram ali. Depois, apenas continuou explorando o corpo da esposa. As mãos escapavam sorrateiramente para a lateral do corpo, acariciando os seios, beijando-lhe a nuca e arrancando gemidos gostosos de Kate. 
— Está melhor? 
— Sim, muito… eu estava quase dormindo… 
— Posso continuar um pouco até você pegar no sono… - e foi o que ele fez. Dez minutos depois, ele sabia que ela adormecera. Cobriu seu corpo com o edredom, deixou a babá eletrônica na cabeceira ao seu lado e seguiu para o escritório. 
Beckett apenas acordou com o choro da filha por volta de uma hora de manhã. Reparou que a cama continuava vazia ao seu lado. Vestiu o roupão e foi amamentar Lily. Ao terminar e ter certeza de que a menina dormira, ela caminhou para o escritório. Ele estava sentado na frente do computador, porém não escrevia. O olhar era para o monitor, os óculos sobre a testa. Beckett podia ver que ele estava cansado, os olhos azuis pareciam perdidos em meio a tanta informação na tela. 
Ela se aproximou devagar. Colocou a mão levemente em seu ombro, tirou os óculos da testa colocando-os sobre a mesa e beijou-lhe o topo da cabeça. 
— Vem para a cama, babe. Você está dormindo acordado. Seus olhos estão vidrados nesse monitor. Amanhã você continua. 
— E-eu só estava pensando numa ideia e… - ela colocou o indicador sobre seus lábios para cala-lo. 
— Não tente me enganar. Já chega por hoje - ele acariciou a mão dela ainda sobre seu ombro. Desligou o monitor e fechou o notebook. Levantou-se da cadeira espreguiçando-se. Ela o empurrou na direção do quarto - tome um banho e venha para a cama. O pijama é opcional. 
— Beckett, você acabou de dizer que eu deveria dormir… 
— É para dormir mesmo, é que eu gosto de encostar meu corpo no seu enquanto durmo. Pele quente - ela deu um selinho nos lábios dele e deitou-se na cama para espera-lo. No instante que Castle deitou ao seu lado e Beckett se acomodou no calor do corpo do marido, ela adormeceu rapidamente. 
No dia seguinte, Castle acordou cedo e após o café se trancou no escritório para escrever. Sabendo de todo o ritual do marido, do jeito meticuloso e como ficava extremamente chato quando estava criando nesse nível, ela decidiu por cuidar da filha. Amamentou-a, trocou fraldas, deu banho e colocou-a para dormir. Sozinha, ela sentou-se no sofá para ler. Duas horas depois, estava entediada e com fome. 
Depois de fazer uma inspeção na geladeira, Beckett acabou escolhendo um peito de frango, preparou uma quinoa com verduras e um suco verde. Sentou-se no balcão para comer. Martha apareceu na sala e decidiu ir ao encontro da nora. 
— Katherine, o que você está fazendo almoçando sozinha? Cadê o Richard? 
— Ele está concentrado escrevendo. Não tem problema, Martha, ele me avisou ontem que ia precisar se dedicar ao livro. 
— Ah, é aquela época de isolamento.   
— Sim, mas está tudo bem. É o trabalho dele - ela come mais um pedaço do frango e suspira - exceto que… droga! Eu estou entediada. Lily está dormindo e não tenho muito o que fazer. Tentei ler um livro, consegui me concentrar por duas horas. O problema não é a historia, sou eu. 
— Entendo completamente. Por que você não espera Lily acordar e vai dar um passeio com sua filha? Saia desse loft, vá ver gente, conversar, respirar ar puro ou pelo menos o ar de Nova York. Se dê a chance de aproveitar o resto do verão, não está tão quente.  Vai ser bom para as duas. 
— Você acha? Eu tenho receio de que algo possa acontecer. Lily é tão pequena, indefesa. 
— Bobagem, Katherine. Ela está vacinada. Precisa explorar o mundo e você precisa de uma mudança de ares. Termine de almoçar, tome um banho e assim que a sua filha acordar arrume-a e ganhe as ruas de Nova York. Olhe vitrines, pare em alguma confeitaria coma um doce, satisfaça um pouco o seu ego de alguma maneira. Você vai se sentir bem, energizada. 
— Obrigada, Martha. Acho que irei seguir seu conselho. 
— E tem mais uma coisa, se precisar de um tempo exclusivamente para você, não hesite em me dizer. Terei o maior prazer em ajuda-la com isso. Fico com minha neta sem problema algum - ela acariciou a mão da nora e se levantou subindo as escadas. 
Beckett fez exatamente o que Martha sugeriu. Após um longo banho de espuma, vestiu-se e ficou sentada na cama esperando a manifestação de Lily. Meia hora depois, a menina choramingou com fome. Ela deu o leite, aprontou a filha, arrumou a bolsa com as coisas necessárias e pegou o carrinho. Certa de que não esquecera nada, ela deixou o loft. 
Beckett optou por primeiramente levar Lily ao parque. Não o Central Park, mas seu lugar favorito de Nova York, palco de tantos acontecimentos memoráveis na sua historia com Castle. 
Para sua sorte, não havia muita gente no local. Estacionou o carrinho de bebê perto de um dos bancos. Pegou Lily no colo e se dirigiu ao balanço. Sentada com a menina no colo, ela começou a se balançar. Beckett parou para observar a paisagem ao seu redor. O céu límpido sem qualquer nuvem estava lindo. A vegetação tinha uma cor brilhante de verde. Automaticamente, ela olhou para a mão esquerda onde o anel de compromisso e a aliança estavam. Ela lembrava-se de cada detalhe daquele dia. Quando pensara que se deparava com uma encruzilhada em sua vida da qual não conseguiria se livrar sem prejudicar seu coração ou machucar a pessoa mais importante da sua vida, Castle a proporcionou a solução da maneira mais séria e tocante. Ele realmente a surpreendeu. 
— Lily esse lugar que estamos é muito especial para a mamãe e para o papai. Foi aqui que muitas cenas da nossa historia imperfeita aconteceu. Quando você crescer mais, eu a trarei aqui para brincar nesse balanço, com outras crianças e principalmente contarei porque esse é o lugar preferido da mamãe em Nova York - ela cheirou a cabecinha da filha. Resolveu voltar para o banco. Notou que havia outra mãe com um carrinho lá. Educadamente cumprimentou-a. 
— Nossa! Ela é tão pequena. Quantos meses? 
— Quase três, faz em duas semanas. 
— E você já sai com ela? Corajosa! É sua primeira? 
— Sim, minha primeira. Lily está vacinada, não tem perigo. Eu estava precisando de um tempo. Ver gente. Não sei se me entende. 
— E como! Lembro na minha primeira gravidez - ela apontou para uma garotinha de aproximadamente três anos que brincava com uns bloquinhos na grama - eu mal saia de casa. Morria de medo que Missy tivesse algo. Não tinha diversão além de fraldas, mamadeiras, era complicado. Você não se cuida direito, não aproveita as noites e os dias, está sempre cansada. E nem me venha falar de sexo. Acho que voltei a ter minha primeira relação com meu marido quando Missy tinha seis meses. Tudo bem que fiz cesariana e o resguardo é maior, mas eu não tinha ânimo para nada e tinha medo. 
— Você não sentia vontade? Desejo? 
— Até sentia, mas eu não sei explicar o que acontecia. Meu marido também não parecia muito seguro ou a fim. Você teve parto normal? 
— Tive. Todos dizem que é melhor. 
— Ah, sim. Eu planejava ter normal, mas quando meu médico disse que Missy estava pesando 3,5 kg eu desisti. Tentei ter o Will Jr. normal, porém uma vez que você faça cesariana, não quer passar pelo sofrimento e as longas horas de espera. Ele está com seis meses agora, ao menos nessa gravidez eu estava mais preparada e o jejum de sexo acabou em quatro meses. Mesmo assim, não acho que façamos tão regularmente como antes. As coisas mudam depois da gravidez entre o casal. Que falta de tato a minha! Eu reclamando das minhas experiências e você escutando. Desculpa, não quis assusta-la. Espero que no seu caso seja diferente.  
— Bem, acho que já está sendo - Beckett deixou um risinho escapar. 
— Você e seu marido já voltaram à ativa? 
— Sim, tudo normal nessa área - ela sorriu e suspirou aliviada. Ela realmente tinha sorte, Castle nunca reclamou de seu corpo, de seus desejos, respeitou seu tempo e não negou fogo quando ela precisou. 
— Você é uma mulher de sorte! 
— Posso afirmar que sim. Eu preciso ir. Quero ir a um outro lugar antes de voltar para casa - Beckett levantou-se, colocou Lily de volta no carrinho e seguiu pelo parque. Ela não pode evitar de ficar triste com a historia daquela mulher. Certamente teria apenas dois finais possíveis: ambos ficariam entediados e pediriam o divorcio ou um deles iria trair o outro o que levaria novamente ao divorcio, o que era ainda mais triste. Balançando a cabeça, ela preferiu não pensar sobre isso naquele momento. Não era sua vida muito menos sua historia. 
A próxima parada foi na livraria da quinta avenida. Não que Kate tivesse alguma compra para fazer. Ela simplesmente gostava do ambiente. Era calmo, aconchegante e o que mais gostava, o cheiro. Ela era apaixonada pelo aroma resultante das páginas impressas prontas para serem consumidas por ávidos leitores e do café. Uma das combinações mais perfeitas em termos de aroma. Beckett vagou pelos corredores empurrando o carrinho da filha. Checava alguns livros, lia resumos e não pode resistir em cheirar algumas paginas. Também fez questão de passar na sessão de mistério e ver os livros do marido. Um banner em seu tamanho real estava ao lado de uma coluna formada pelos exemplares de Driving Heat. Viu que haviam duas pessoas folheando os livros. Uma delas explicava para a outra. 
— É sério, Tina. Se você gosta de thrillers, uma boa historia, um casal quente esse é o tipo de livro para você. Uma personagem feminina forte, Detetive Heat. E o parceiro dela é ótimo. Mas tem que começar do primeiro. É uma sequencia - a amiga ouvira atentamente a recomendação da outra. 
— Tudo bem, qual é o primeiro? 
— Heat Wave - Beckett não resistiu se intrometendo. 
— Você também leu? - a amiga de Tina perguntou. 
— Sim, todos - li, reli, protagonizei boas partes deles, Beckett pensou. 
— Qual seu preferido? 
— É difícil dizer. Todos tem algo especial. Uma cena, um diálogo… tenho dificuldades em escolher, mas diria que Heat Wave por ser o primeiro e Raging Heat por uma cena especifica com um significado especial na minha vida. Driving Heat foi tocante, você me entende… sem spoilers. 
— Está vendo? Todos adoram os livros de Rick Castle! Compra logo! - rindo, Beckett se afastou. 
Seguiu para a cafeteria que ficava dentro da livraria, pediu um café gelado, um pedaço de uma torta e sentou-se numa mesa de canto onde podia colocar o carrinho da filha sem atrapalhar a passagem das pessoas. Martha tinha razão. Era bom ver pessoas, observa-las em atitudes simples do dia a dia. Levando um pedaço da torta a boca, Kate não pode evitar o sorriso. Sentia-se bem melhor. Lily choramingou. A reclamação significava fome. Beckett a pegou em seu colo e discretamente abriu a blusa para amamenta-la. A menina pegou o seio da mãe com gosto. 
Era engraçado como sua visão mudara uma vez que se tornara mãe. Não que ela tivesse nada contra mães que não se importavam em amamentar em qualquer lugar. Por vezes se questionara o que levava uma mulher a abrir a blusa e oferecer o seio a um bebê. É preciso se colocar no lugar do outro. Hoje, ela não pensa duas vezes em alimentar sua filha no minuto que ela chora. Instinto materno, reconhecimento da necessidade, não sabia como chamar, apenas fazia porque era o melhor para Lily. 
Quando a menina terminou, ela bebeu o resto do café e pediu agua antes de deixar o local. O passeio foi muito bom, andar pelas ruas de Nova York era sempre revigorante. Checou o relógio. Seis e meia. Hora de voltar para casa, pensou. Será que conseguiria convencer Castle de jantar? 
De volta ao loft, ela encontrou Martha ao telefone. Alexis. Esperou a sogra terminar a ligação para saber do marido. 
— Katherine! Como foi o passeio? 
— Excelente, Martha. Me sinto revigorada. Lily também gostou bastante. Ela já mamou e aposto que vai dormir em pouco tempo. 
— Ótimo. Eu posso coloca-la para dormir. 
— E Castle? Continua trancado no escritorio? 
— Sim, ele saiu para pegar um café e voltou. Falou rapidamente com Alexis e voltou. Nem sequer deu falta de você. Acho bom arranca-lo de lá um pouco. Tenho certeza que não comeu nada. 
— É, quero ao menos que jante comigo. Vou pedir comida porque não estou no clima de cozinhar. Acha seguro eu atrapalha-lo? 
— Querida, é você. Se ele ficar emburrado, tenho certeza que dará um jeito de mudar a situação. Vamos dormir com a vovó, Lily - ela pegou a menina do carrinho. Beckett levou as coisas da filha para o quarto e depois de deixar tudo em ordem, foi até o escritório. 
 Ele estava concentrado na tela do notebook. A testa franzida por baixo dos óculos. Mordiscava os lábios e teclava. Beckett optou por uma estratégia diferente dessa vez. Sentou-se na mesa de frente para ele e ficou calada observando-o. Ela ouviu o barulho do teclado cessar. Castle pegou a caneta e rabiscou algo no bloco ao seu lado. Na verdade, ele sabia que a esposa estava ali, sentira o perfume dela, largou a caneta e finalmente a encarou. 
— Hey… 
— Ah, resolveu tentar algum contato humano. Que bom. Como estão indo as coisas? 
— Evoluindo. Tem muitos detalhes para rever e preciso encontrar as palavras certas para me comunicar com o leitor. Você? Cadê a Lily? 
— Com a vó. Eu vim saber se quer jantar. Eu não vou cozinhar, vou pedir algo. Ouvi dizer que não comeu nada o dia inteiro - Castle estava tão focado na escrita que não percebeu que Beckett estava lhe dando abertura para perguntar de seu dia. 
— E-eu não posso parar, Beckett. Faça o que for melhor para você, amor. De verdade - ela suspirou. Levantou-se da cadeira e sem dizer qualquer palavra deixou o local. Com o menu nas mãos, ela escolheu algo para comer, perguntou se Martha iria se juntar a ela porque ia jantar sozinha. A sogra concordou. Iriam de tailandesa. Quarenta minutos depois, o jantar batia a sua porta o que foi perfeito para Beckett que teve tempo de amamentar e tomar um banho enquanto Martha fez Lily dormir. 
Beckett arrumou todas as caixinhas na mesa. Antes de servir-se, ela pegou um prato e colocou um pouco de cada item para o marido colocando o prato dentro do microondas para mante-lo quente. Só então sentou-se com a sogra para comer. Elas conversaram animadamente. Após terminar a refeição, Beckett lavou os pratos e organizou a cozinha. Em seguida, esquentou a comida do marido e levou para ele no escritório. Apesar do cheiro, ele sequer levantou a cabeça, era como se não notasse a presença dela. Beckett podia ficar chateada, mas não foi o que aconteceu. 
Antes de deixar o escritório, talvez guiada por um sentimento de nostalgia ou pela atmosfera que experimentara mais cedo na livraria, ela se encaminhou até a estante e retirou um exemplar de Heat Wave do marido que outra vez não percebera o que se passava ao seu redor. Estava imerso na dança dos dedos sobre o teclado. 
Beckett vestiu o pijama, checou a filha mais uma vez e deitou-se na cama para ler. Todas as vezes que folheava aquele livro, ela lembrava-se da festa de lançamento de Heat Wave, do quanto ficara tocada com a dedicatória de Castle e da maneira como os dois conseguiram estragar o momento deles na festa. Sorriu. Os olhos perderam-se nas paginas do best-seller. 
A ultima vez que alimentara Lily, Castle ainda não viera para o quarto. Passavam de meia-noite. Beckett não foi checar como ele estava dessa vez. Acabou adormecendo. Ele deixou-se render pelo cansaço por volta das duas da manhã. Ao chegar no quarto, deparou-se com a cena da esposa dormindo serena enrolada no edredom e na sua cabeceira um exemplar de Heat Wave. Sorriu diante do pequeno gesto. Isso apenas significava uma coisa: Beckett estava sentindo-se excluída do seu mundo de escrita. Ela já conhecia o processo metódico que ele usava, porém dessa vez ela parecia estar sentindo mais os efeitos por estar sem trabalhar. Cuidar de Lily não necessariamente ocupava todo o seu tempo. Castle suspirou. Ele não ficou preocupado, afinal sabia exatamente quando poderia reverter a situação e acabar com esse sentimento que ela estava cultivando para si mesma. Deitou-se ao seu lado e apagou. 
Na manhã seguinte, Beckett acordou com o chorinho de Lily. Ao olhar para o lado, viu que Castle não estava na cama. Será que ele dormiu ao menos duas horas? Ela sentiu sua presença na cama em um dado momento, mas eram apenas oito da manhã e tudo indicava que já estava de volta ao escritório. Balançou a cabeça suspirando. Não ia pensar nisso agora nem ficar chateada. Lily era sua prioridade. 
Depois de amamentar a filha, Kate apareceu com Lily na cozinha e ficou surpresa ao ver o marido à beira do fogão. 
— Bom dia! Eu já ia lhe acordar para tomar café. Sente-se, está quase tudo pronto. Estou esperando as torradas. Cadê a princesa do papai? - ele se aproximou beijando a testa de Beckett e pegando a filha nos braços. Chamegou, beijou e cheirou a menina falando várias bobagens que fizeram a esposa rir. Torradas prontas, ela colocou Lily no bebê conforto e se concentrou no café. 
— Quantas horas você dormiu ontem, Castle? Eu sei que veio para cama em algum momento, mas se levantou cedo… você vai acabar doente com esses exageros. 
— Estou bem, dormi umas cinco horas e me alimentei. A comida tailandesa estava deliciosa. Hoje prometo pegar mais leve. Eu queria adiantar o máximo que pudesse da parte médica. Os cinco capítulos iniciais estão todos revisados, escrevi mais dois e acredito que os próximos serão bem mais fáceis. Tenho organizado cena a cena como irá acontecer. E você? Pretende fazer algo hoje? 
— Acho que irei dar outro passeio com Lily. Ela gostou muito de sair do loft. 
— Outro? Sair do loft? Do que você está falando? 
— Você estava perdido em seu mundo particular que nem notou que nós saímos ontem. 
— Saíram? É seguro? Ela ainda é muito pequena e… 
— Castle, ela está vacinada. Não há perigo. Foi muito bom rever Nova York. Levei-a ao nosso parque favorito. 
— Você a levou aos balanços sem mim? - ele parecia magoado. 
— Levei e Lily gostou. Demos uma balançadinha. Contei para ela que quando estiver maior, eu explicarei porque o lugar é especial. Para falar a verdade, não vejo a hora de conversar essas coisas com ela. Depois, continuamos o passeio pelas ruas da cidade. Fomos a livraria da quinta avenida. 
— Por acaso isso tem alguma relação com o exemplar de Heat Wave na sua cabeceira? 
— Talvez… não se preocupe, escritor. Terá muito tempo para curtir Nova York com sua filha. 
— E onde você está pretendendo ir hoje? Vai demorar? 
— Não sei ainda. E claro que não é um passeio longo, Lily não pode ser exposta à cidade grande tanto assim. Devo ir depois do almoço, umas duas da tarde - ela notou que ele parecia chateado, esticou a mão tocando-o - hey, trata-se de prioridades. Você tem um prazo, uma meta. O passeio foi bom para mim também, ver pessoas, sentir o calor e a vibração da cidade. Me deixou animada, energizada. 
— Que bom. 
Mais tarde como programara, Beckett saiu de casa com a filha nos braços. Dessa vez, optou por não levar o carrinho. Vestiu o canguru acomodando Lily em seu peito. Com a bolsa no ombro, ela deixou o loft. Apos caminhar um pouco pelas ruas de Nova York, ela sabia exatamente onde queria ir. 
Quando as portas do elevador do 12th se abriram no quarto andar, Beckett pode sentir a atmosfera estimulante, os burburinhos, o cheiro de justiça e café. Sim, ela sentia falta de estar ali. Assim que os oficiais notaram sua presença, a cumprimentavam, sorriam, alguns batiam continência em respeito. Ela sorria para todos. Com os olhos no salão, ela procurava por Esposito, nem sinal do amigo. Dirigiu-se então à sua sala que estava ocupada por Ryan. Tinha certeza que ele estaria lá. Pelo vidro podia vê-lo ao telefone. Esperou algum tempo para que ele saísse da ligação e então bateu de leve na porta. 
— Entre… - ao ver a amiga com a filha, Ryan abriu o sorriso. 
— Capitã Beckett, veio visitar os amigos? Matar saudades do ritmo louco dos homicídios? E já trouxe uma recruta. A nova rookie da NYPD - ele se levantou para cumprimenta-la - é bom ver você, Beckett. 
— Digo o mesmo de você, capitão Ryan… 
— Hey, interino… não tenho a patente. Essa cadeira é sua. Estou apenas mantendo as coisas em ordem para sua volta. E você escolheu um dia relativamente calmo para vir nos visitar. Aceita um café? Terei o maior prazer em preparar uma caneca para você. Nada para você, mocinha - ele mexeu com a bebê - puxa! Ela cresceu da ultima vez que vi. 
— Quase três meses já, tio Kevin. Logo a mamãe estará de volta à ativa. Eu aceito o café. Cadê o Espo? 
— Acabou de sair para pegar um suspeito. E Castle? Não quis vir com você? Aposto que está louco para voltar a investigar por aqui… 
— Acredito que sim, mas para falar a verdade ele não sabe que eu estou aqui. Está super envolvido com os capítulos do novo livro. E quando ele escreve, você nem imagina o quanto fica chato. Ele se tranca naquele escritório e esquece do mundo. Algumas vezes vira a noite e se esquece de comer. 
— Nossa! Isso deve ser ruim para você, não? 
— Já me acostumei. A primeira vez foi estranho. Ele estava escrevendo Raging Heat, depois em Driving eu ja sabia o que esperar - ela bebeu o café devagar. 
— Pelo menos você não está trabalhando agora e pode cuidar da sua filha porque quando voltar será ele quem vai ficar a maior parte do tempo com Lily, não? 
— Ainda não discutimos isso, claro que não posso trazer minha filha para cá. Martha certamente vai ajudar, mas agora com essa oferta dos três livros, nem sei se Castle terá muito tempo. 
— Três livros? 
— É, Gina ordenou mais três livros com o enfoque médico, thrillers médicos. A nova personagem fez sucesso na editora. 
— Está me deixando curioso. 
— Vai ter que esperar para ler. Assim como eu… - ela riu - ao contrario do que você pensa, musa não tem regalias. 
— Caramba! Então Castle deve estar muito chato… mudando de assunto, quer ver os números desse mês? Vamos, Beckett, você não me engana sei que está morrendo de curiosidade para saber se seu distrito continua bem… 
— Eu não consigo disfarçar… - eles riram. Ryan mostrou tudo, ela comentou alguns assuntos, deu palpites e sugestões. A conversa corria solta até Lily reclamar com fome. Ryan ofereceu a sala para que ela ficasse mais a vontade para amamentar a filha. 
Depois de se fartar com o leite materno, Lily logo fez um presente. Beckett trocou a fralda, conversou mais um pouco com Ryan e resolveu voltar para o loft. Despediu-se do amigo e elogiou o belo trabalho que vinha executando. 
Quando chegou no loft, ela surpreendeu-se ao ver Castle na cozinha mexendo com panelas. Será que acabara de escrever ou estava experimentando um daqueles momentos de bloqueio criativo? Ao vê-la, ele abriu o sorriso. 
— Olá, amor. Como foi o passeio? 
— Ótimo! Ryan mandou um abraço para você e disse que está ansioso pelos novos livros. 
— Você foi ao distrito? Levou nossa filha para um ambiente cheio de criminosos? Maníacos? 
— Castle, eu levei Lily para um dos lugares mais seguros de Nova York, uma delegacia de homicídios com vários policiais armados. Não faz drama. 
— Devia ter me falado que ia até lá podia ter a acompanhado. 
— Você estava ocupado. E pode me dizer o que está fazendo na cozinha? Acabou a criatividade? 
— Estou fazendo nosso jantar, Beckett. E ao contrario do que você pensa, eu estou bem adiantado. Na verdade, eu gostaria de saber se você está muito cansada ou está disponível para me ajudar hoje à noite com suas expertises de capitã e investigadora outra vez. Eu já terminei a parte de Johanna e preciso do seu parecer para saber se estou seguindo a linha correta de investigação. 
— É claro que estou disponível. Mas posso saber qual será o jantar? 
— Risotto ao funghi. 
— Hum, eu aprovo. Se continuar me comprando com essas comidas gostosas vou engordar - nesse instante o celular de Kate toca. Johanna - hey, Joh! Tudo bem? 
— Oi, Kate. Tudo ótimo, como vai minha pequena? 
— Está ótima, com a agenda cheia. Tem passeado bastante. 
— Ah, é bom acostuma-la aos sons e movimentos da cidade mesmo. E Castle? Escrevendo muito, imagino. 
— O livro ocupa 24 horas da vida dele, me esqueceu totalmente - ela riu claramente provocando o marido. 
— Dramática… - ele deixou escapar. 
— É sobre isso que quero falar. Preciso saber se ele ainda precisa da minha ajuda por esses dias. Estou de viagem marcada daqui a três dias com Paul para Paris.  
— Oh, isso é uma noticia e tanto! Joh vai para Paris em três dias - ela disse para o marido - quer saber se ainda precisa dela antes disso - coloca a ligação no vivavoz. 
— Nah… está tudo sobre controle, Johanna. Aproveite bastante Paris com o Paul, em todos os sentidos - a médica riu. 
— Vou tentar. Vamos ficar uma semana longe. São somente cinco dias em Paris, o resto é o transito de viagem. O objetivo é resolver a situação de Audrey e namorar um pouquinho que ninguém é de ferro. Parece pouco, porém eu e Paul não podemos nos afastar tanto do hospital. 
— Cinco dias dá para fazer muita coisa em Paris, Joh. 
— Concordo. E vai com calma com sua filha. Ela não me parece nem um pouco inclinada a mudar de ideia, lembra do que lhe falei. 
— Pode deixar, Castle. Obrigada. Vejo vocês na volta. 
— Boa viagem, Joh! Divirta-se! - ela desligou - quanto tempo para o jantar ficar pronto? Quero tomar um banho. 
— Meia hora. Fique à vontade, Beckett. 
Ela teve tempo para fazer a filha adormecer, tomar banho e usufruir da companhia do marido em um delicioso jantar. Ao finalizarem a refeição, eles seguiram para o escritório e começaram a discutir os pontos que Castle havia separado para ela. Acabaram por passar a noite em claro empolgados com a análise do crime que fez ambos relembrarem dos momentos de parceria que viveram. Eles foram interrompidos por Lily duas vezes, Beckett a alimentou e Castle trocou uma fralda. Foram para cama por volta das cinco da manhã. Na mente de Beckett, ela apenas podia afirmar que esse tempo com o marido era melhor que qualquer encontro romântico de casais. Acomodando-se no abraço dele, ela adormeceu. 
Três dias depois, Johanna está sentada ao lado de Paul aguardando seu voo para Paris ser anunciado nos alto-falantes confirmando o momento do embarque. Paul não comentara nada, contudo notara que a namorada estava tentado parecer calma. Por dentro estava uma pilha de nervos. A voz da funcionaria da American Airlines anunciou o embarque. Ele se levantou e segurando a mão dela a puxou para o portão. Com a mão na parte de baixo das costas de Johanna, ele a guiava carinhosamente. Após identificarem seus lugares no avião, ele acomodou-se, apertou o cinto de segurança e observou-a fazer o mesmo. Com um sorriso nos lábios, ele beijou o rosto dela e exclamou. 

— Paris, ai vamos nós - Johanna suspirou e deixou a cabeça pender no ombro dele. Paul manteve os dedos entrelaçados aos dela durante toda a decolagem. 


Continua....

2 comentários:

cleotavares disse...

É, o senhor Castle está mesmo ocupado com a escrita. Ainda bem que a Martha é um amor de sogra, pra ajudar a Kate com suas ótimas dicas e cuidados com a Lily. Proveitosos passeios de Beckett e Lily. Hummm! Cheiro de livros, é muito bom.
E esses dois em Paris? Isso vai render muita coisa romântica, não?

Vanessa disse...

Beckett brava com Castle é muito legal de ver. E ele sempre querendo resolver as coisas com seu charme hahaha.
Kate deixou escapar o lance do jantar e ainda repreendendo o marido, que se saiu super bem. Castle não presta hahaha
Esses dois me matam com essas provocações. haha
Le Cirque? Eu pensei em como isso pode dar errado? hahaha Não pelo encosto do Espo (a menos que veja os dois saindo do restaurante).
Mas algum reporter, sei la. (estou aqui conspirando hahaah)
Ele lembrando de Kate, fofinho. E querendo se redimir com Joh, pagando o filé de Paul hahaha
Eu achei bonitinho ele contar onde foram e que trouxe o jantar dela, e mais bonitinho dizendo que quer passar um tempo com a esposa e a princesa.
Que maridinho mais dedicado, jantar, sobremesa e massagem ate dormir.
Ela indo buscar ele no escritório foi fofinho. To rindo do pijama opcional hahaha
To gostando da descrição do isolamento do escritor.
Achei bonitinho Kate entediada e Martha dando sugestões para sair do Loft e passear com a filha.
Martha melhor pessoa.
Wawww Kate levou Lily para o parque deles. Ta olhando para aliança e anel e lembrando daquele dia em que Castle a pediu em casamento.
E ainda ta contando pra pequena. Eu to quase chorando aqui.
Katherine Beckett está falando de sua vida sexual com uma estranha? OI? hahahahahaha
Coelhinha sortuda mesmo hahahaa
Ah, Kate, de repente pode ter uma terceira opção, se ambos estiverem dispostos, conversarem e se colocarem no lugar do outro. Eles podem superar isso.
KB vai á livraria seguir o ritual de todo leitor e ainda colocando a fangirl em ação falando dos livros do escritor favorito ( e marido tb).
Pequeno contato humano. Eu fiquei com peninha de Kate, ela querendo compartilhar o dia dela jantando com o marido e ele tão absorto nem percebeu.
Ainda bem que ela contou com a companhia de Martha. Ela ainda foi levar o jantar dele e ele permaneceu como estava. Bem certamente ela ja passou essa fase algumas vezes para se chatear, mas não deve ser facil.
Ela foi ler o primeiro livro. Momento nostálgico.
Ainda bem que Castle leu bem a cena, espero que ele realmente faça algo.
Ele foi preparar o café da manhã.
Castle ficou chateado por ela levar a filha nos balanços sem ele.
Ela foi ao 12th. Ryan sendo fofo. Adoro Kevin.
"Musa não tem regalias" hahaha
Ele ouvindo ela falar, preparou café, e ainda percebeu que ela queria saber como andavam as coisas hahahahah
Ryan se saindo bem como capitão interino. Que orgulho que da.
Castle não estava no escritório. Sabia que ele não ia curtir ela levar a pequena para o distrito, sem ele.
Marido fazendo o jantar e ainda vai precisar da ajuda dela.
Eles passaram a noite em claro empogados com as analises do livro e ainda foram dormir abraçadinhos. Lindo demais, mais significativo que um encontro romantico mesmo.
Paul e Joh indo para Paris.