terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

[Castle Fic] A (Im)Perfect Love Story - Cap.36





Cap.36 

Inicio de outubro 

Kate Beckett estava pronta. Às oito da manhã, ela vestia uma calça preta, blusa branca de botões e o blazer preto. Nos braços, segurava a filha que mamara há cerca de meia hora. Castle terminava de tomar café. 
— Nem acredito que estou voltando ao trabalho. Passou rápido não acha? 
— Sim, mas confesse que está empolgada. Voltar, ver a justiça sendo feita, muito café, a papelada que você adora e quem sabe não temos casos para investigar juntos? 
— É, eu gosto da ideia de voltar, investigar, mas e Lily? Fico pensando como ela irá reagir. Está acostumada a mim praticamente 24 horas do dia, ainda mama no peito. Vai estranhar e…
— Tem certeza que está falando de Lily? - ele sorria. 
— É tão óbvio assim? 
— Amor, é perfeitamente natural você ficar com saudades. Não seria a primeira nem a ultima mãe a se sentir assim. Saudosa, receosa. Com o devido tempo, ambas irão se acostumar. Além do mais, não é como se você não pudesse escapar de vez em quando. É a capitã, a chefe do 12th distrito. Pode se dar ao luxo de sair para ver sua filha ou esticar o horário de almoço. Vamos nos adaptar a tudo isso. 
— E você, escritor, também precisa se lembrar que tem bastante trabalho pela frente. Você ainda vai ter tempo para investigar? 
— Talvez não como antes. Mas se precisar de mim, eu darei um jeito. Sempre terei tempo para você, Kate - ele inclinou-se para beija-la no instante que Martha surgia na sala. 
— Bom dia, meus queridos! Pronta para caçar bandidos, Katherine? 
— Acredito que sim, embora torça para que o numero de assassinatos em Nova York diminua. Quanto menos violência, melhor. 
— Posso pegar minha neta? Já está na hora de vocês, não? Nós vamos nos divertir muito hoje, certo Lily? - Martha viu a nora beijar a cabecinha da filha murmurando palavras doces até entrega-la em seus braços. Suspirando, ela se pos de pé e ajeitou os cabelos. Castle já estava a postos com a bolsa dela em mãos. 
— Vamos? - ela trocou um olhar com ele e sorriu. 
— Vamos. 
12th distrito 
Assim que as portas do elevador se abriram, ela soltou a mão de Castle e após um longo suspiro, deu um passo em direção ao grande salão. Os primeiros policiais ao vê-la sorriram e cumprimentavam-na. 
— Bom dia, Capitã…
— Seja bem-vinda, Capitã… 
— Capitã Beckett, bem-vinda de volta - Beckett retribuiu sorrindo e agradecendo. No meio do salão, ela pode experimentar novamente o ambiente de uma delegacia. O burburinho de vozes, os telefones tocando, o cheiro do café e as pilhas de papeis sobre as mesas. Quadro de evidências, policiais e detetives conversando. Ela tornou a olhar para Castle que sorriu aproximando-se da esposa e sussurrando ao seu ouvido. 
— Bem-vinda de volta a sua segunda casa, Capitã. 
Esposito que estava ao telefone, acenou em sua direção e assim que desligou veio ao encontro deles. 
— Olha quem resolveu voltar a comandar esse lugar! É bom ver você, Beckett - ele a abraçou. 
— É bom estar de volta, Espo. Como andam as coisas por aqui? 
— Ah, você sabe. É Nova York, sempre tem alguém com motivo para matar alguém. A selva continua ativa e louca. Estamos com três homicídios em aberto. 
— Algum interessante? - perguntou Castle. 
— Nah! Muito chatos para você, Castle. 
— Ryan? 
— Está na sua sala. Disse que precisava falar com promotor de um caso que vai a julgamento amanhã. Ele tem andado muito no ciclo das burocracias ultimamente. Acho que gostou do lance. 
— Vou falar com ele. A gente conversa mais depois - Beckett se dirigiu a sua sala. Pelo vidro, viu Ryan ao telefone falando com alguém. Ao virar-se, percebeu que Beckett estava na porta. Fez sinal para que ela entrasse. 
— Claro, Johnson. Podemos ir por esse caminho. A evidência suporta o seu discurso. Certo. Se tiver alguma outra pergunta, basta ligar. Eu tenho que ir. Reunião importante. Até amanhã - colocou o fone no gancho já se levantando e sorrindo - Beckett! - ele abraçou a amiga - é um prazer vê-la por aqui outra vez. Como senti sua falta esses meses! E Lily? Deve estar crescida. 
— Está ótima! E eu morrendo de saudades e preocupada. 
— Martha está com ela? Vai ficar bem. Hey, Castle! Pronto para investigar conosco? - ele apertou a mão do escritor e deu um abraço nele - confesso que senti falta de suas teorias malucas em uns casos que investigamos. 
— Vocês as chamam de malucas, mas quando resolvem seus casos não reclamam. Bom ver você, Ryan. Acho que gostou de ser chefe, não? Cheio de pose… - Ryan riu.  
— Que tal um café? Tenho muito o que conversar para lhe colocar a par de tudo que anda acontecendo. É aquela época do ano outra vez. 
— Orçamento?
— Exato, acho que teremos que trabalhar juntos nos números. 
— Por favor, mas primeiro o café - ela disse. 
— Volto já! - Ryan deixou a sala e Beckett passou a examinar o local. A sala estava intacta. Exatamente do jeito que ela deixara. A mesma organização, os mesmos objetos sobre a mesa.  Pegou o porta retrato com a foto dela e de Castle. Tinha sido tirada nos Hamptons. 
— Acho que precisará de um novo porta-retrato para sua mesa, amor. Tenho que providenciar um com uma bela foto de Lily. 
— É… ela servira de guia e inspiração. Como você. 
A única exceção em sua mesa era uma foto de Jenny e as crianças que Ryan provavelmente colocara pelo mesmo motivo que ela. Beckett também notara um quadro na parede cheio de anotações. Planejamento organizacional. Bela sacada, Ryan… ela pensou. O amigo retornou à sala com três canecas de café fumegando. Viu que Beckett observava o quadro. 
— Aqui está - entregou as canecas para eles - vejo que está observando meu quadro. Eu decidi fazer isso porque ficava mais fácil de saber meus prazos, o que é critico. Usei o código de cores para definir urgência. Eu sei que o computador pode fazer tudo isso, mas sou um cara visual. Se não quiser aderir a ideia, não se preocupe. Eu tiro da sua parede em dois tempos. 
— Não, a ideia é bem interessante. Especialmente em tempos de orçamento. 
— Eu comecei por causa dos relatórios. Tivemos dois meses muito agitados durante o verão e eu não queria me perder na aprovação na papelada de conclusão dos casos e isso me ajudou. Quando começamos a falar de orçamento, sabia que ia ser bastante util. 
— Não duvido. Eu também gosto dessas coisas, uso em meus livros. Eletronicamente, claro. 
— Voce está esquecendo que tem um monitor de 42” no seu escritório, Castle. 
— Pode mandar instalar uma tv aqui se quiser. 
— Não, eu gosto do modo antigo. Então, quer me contar o que anda acontecendo por aqui? - eles sentaram-se com as canecas na mão e Ryan contou como estavam as coisas nos últimos meses que Beckett esteve afastada. A conversa demorou bem mais do que ela imaginou, porem estava muito satisfeita com a maneira como Ryan conduzira tudo. Quando consultou o relógio, já passava de meio-dia. Ela sabia que teria que reunir toda a sua equipe e conversar rapidamente com eles, queria fazer isso antes de sair para o almoço. 
— Vamos reunir o pessoal rapidamente? Sei que alguns já devem ter ido para o almoço. 
— Se quiser esperar para ter todos aqui sugiro que os reuna por volta de duas horas. Podemos alerta-los para que estejam aqui. 
— Acho que será melhor mesmo - Ryan mandou uma rápida mensagem a todos marcando a reunião e escreveu no quadro principal de informações para que estivessem no salão às duas da tarde - agora se me dá licença, eu vou almoçar - Ryan fez uma pequena reverência apontando a porta para a sua capitã. Ela já estava do lado de fora quando chamou pelo marido que parecia não ter ouvido, na verdade ele estava avaliando o quadro de Ryan - Castle? Você vem? 
— Oh, sim… certo! Vejo você depois, Ryan. Belo trabalho! - apressou o passo para alcançar a esposa. Sozinhos no elevador, ele tornou a comentar - ele realmente trabalhou bem como capitão, não? Muito organizado e metódico. Você consegue ver o zelo e a metodologia em cada parte daquele quadro. 
— É, mas eu nunca duvidei que ele varia um bom trabalho. Confesso que me surpreendi positivamente. Está tudo atualizado e os indices do distrito continuam altos. Vou saber mais quando for me encontrar com Gates no fim do mês. Sabe o que é mais interessante nisso tudo, escritor? 
— Eu tenho uma certa influência sobre o trabalho de Ryan? - vendo a careta de Beckett, ele complementou - Não, o que? 
— Eu tenho um possível substituto. O que significa que se eu quiser, ou melhor, se nós quisermos nos afastar do distrito por mais tempo não há problemas. 
— Se afastar? Mas você acabou de voltar… 
— Não estou falando nesse instante, Castle. Estava pensando se quisermos fazer uma viagem, tirar umas férias… Ryan assume a casa. 
— Oh! Não tinha pensado por esse lado. 
— Pois pense! Uma viagem para Paris pode vir bem a calhar. Fiquei com vontade desde que Johanna mencionou a dela e podemos visitar Alexis, não? Um pensamento para o futuro…
— Já está anotado. O que você quer comer? Precisamos comprar algo, não tem almoço em casa. 
— Remys. Você sabe exatamente o que pedir. 
— Ótimo. 
Quinze minutos depois, eles estavam no loft. Beckett perguntou como Lily se comportou pela manhã, Martha elogiou a neta e logo a colocou no colo da mãe para receber um pouco de carinho e leite. Depois de colocar a filha para dormir, ela sentou-se ao lado do marido para saborear seu cheeseburguer, as fritas e o milkshake de morango que era seu preferido. Terminaram a refeição e agradeceu o marido com um beijo carinhoso nos lábios. 
— Você sabe como agradar uma garota… 
— Sabe como é, essa garota é bem simples de agradar. Ela prefere um milkshake de morango em vez de uma joia. 
— Quem disse? Cuidado com suas palavras, escritor… 
— Você nunca reclama do jeito como as uso. 
— Touché. Precisamos voltar. Tenho a reunião, esqueceu? 
— Claro que não, capitã. Seu distrito a espera. 
De volta ao 12th, Beckett reuniu os seus funcionários no salão. Todos os olhos estavam atentos à sua capitã. 
— Primeiramente gostaria de dizer que é muito bom estar de volta. Para aqueles que não sabem nos últimos quatro meses eu embarquei em uma outra jornada, assumi outra profissão: a de mãe. Lily está muito bem e já estava mais do que na hora de voltar à ativa, afinal Nova York precisa do melhor time de detetives, sargentos, oficiais. Durante meu tempo ausente, o lieutenant Ryan esteve no comando dessa que considero minha segunda casa e fez um excelente trabalho. Agradeço a cada um de vocês que contribuiu ajudando-o a tornar nossa cidade mais segura. E Lieutenant Ryan, parabéns! Você cuidou muito bem do forte enquanto estive longe. Estou orgulhosa de todos vocês. Agora, voltem ao trabalho. Nova York precisa de nós. Obrigada! - sorrindo, ela recebeu uma salva de palmas. Fez sinal para Ryan a acompanhar a sua sala, eles ainda tinham vários assuntos para tratar juntos. 
Nos dias seguintes, Beckett tentava organizar sua nova rotina. Trabalho, casa, ser mãe. Castle também tentava uma nova adaptação. Com os livros e a filha pequena, eles estabeleceram que o escritor ia na companhia da capitã para o distrito apenas três dias por semana ou quando os rapazes realmente achassem que precisavam da sua ajuda, o que incluía qualquer caso bizarro, condições expressas do próprio escritor. 
Eles sobreviveram à primeira semana e aos poucos foram entrando no ritmo. Beckett estava impressionada com a forma como o tempo estava passando rápido. O fim do mês se aproximava e logo iria conversar com Gates sobre o seu desempenho após sua volta. Felizmente, o 12th distrito continuava muito bem. 
Chegou em casa e encontrou Castle sentado na poltrona conversando com a pequena Lily. Ela se aproximou e beijou-lhe o rosto. 
— Seu pai ficou sem criatividade e veio conversar com você, meu bebê? Melhor inspiração que esses olhinhos e essa boquinha não há - ela sentou-se no braço da poltrona. 
— Tenho que concordar, ambos são iguais ao da minha musa. Certo, Lily? 
— O que estão conversando? 
— Estávamos falando da mãe incrível que ela tem. Um certa capitã do 12th distrito. Badass. Não se preocupe, eu expliquei o que isso significa. E quanto a minha criatividade, ela vai muito bem. Trabalhei a tarde toda, mas no momento que essa princesinha acordou, tive que vir ficar um tempo com ela. Lily, será que está na hora daquele leitinho especial? - ele olhou para Beckett - o que acha, mamãe? 
— Pode me dar Lily.
— Eu vou cuidar do nosso jantar. Relaxe, capitã. Sem pressa, tome um banho. Eu aviso quando estiver pronto. 
Uma hora depois, com Lily dormindo no berço, Beckett apareceu na sala usando uma roupa simples. Calça de moletom e uma camiseta da NYPD. 
— Estou com fome. Esse jantar sai ou não sai? 
— Está pronto. Sirva vinho para nós. Eu vou tirar a massa e misturar tudo - eles sentaram para comer em cinco minutos. Castle perguntou como foi seu dia, Beckett falou dos crimes que estavam sendo investigados e da preparação que estava fazendo para a reunião com Gates na próxima semana. Então retornou a pergunta. 
— E quanto ao seu dia? 
— Foi bem produtivo. Consegui escrever uma cena que estava parada por dois dias e terminei mais dois capítulos, o que me leva ao meu proximo desafio. Preciso falar com Johanna outra vez para entender alguns detalhes dos nossos prontuários. Liguei para ela. Vamos nos encontrar para um café amanhã e ela me intimou a levar Lily. Tem algum problema? 
— Ela está de folga? 
— Não necessariamente. Ela entra às seis no plantão. Vamos nos encontrar às três. 
— É claro que pode levar Lily. Vai ser bom ela fazer um passeio e Joh pode chamegar também. 
— Ótimo! Ela me fez prometer que ia perguntar de você. Não quer confusão com a mamãe - ele riu. 
— Ela me conhece bem. Divirtam-se. 
Dois dias depois, uma sexta-feira para ser mais exata, Castle estava animado transformando todas as anotações da conversa com Johanna no novo capitulo que escrevia. Lily estava com Martha o que lhe dava liberdade para desligar e viajar em suas historias. Era por volta de duas da tarde quando finalizou o capitulo e decidiu fazer uma pausa. Tomar um café quem sabe comer um pouco de sorvete. Na cozinha, reparou a mãe cantando e dançando com a neta nos braços. Riu sozinho. Fazia tempo que ele não via sua mãe tão empolgada. Bem, Alexis já crescera há uns bons anos. Com o pote de sorvete de chocolate e uma colher, ele foi ao seu encontro para provoca-la. 
— Se fizer isso mais uma vez, vai acabar traumatizando minha filha. 
— Deixe de besteira, Richard. Ela está adorando. Eu teria colocado música de verdade, mas quando liguei a televisão não consegui acessar o que queria. Tem uma mensagem piscando toda hora - Castle pegou o controle remoto e ligando o aparelho entendeu o que a mãe falava. Era o PS4. Alguém estava jogando online e o chamava. Reconheceu o login que ele mesmo criara. Paul. Rapidamente pegou o controle e respondeu ao médico. 
Castle esperou alguns segundos antes de ver o que o médico diria. Será que queria ajuda com o jogo? Se está no videogame no meio da tarde, sinal de que Johanna estava trabalhando.  “Afim de uma partida”. Por que não, pensou Castle. Ele respondeu e começaram a jogar. Parecia ter funcionado por quinze minutos, mas a verdade era que com Paul sendo novo no videogame, era difícil explicar como deveria agir. Escreveu outra mensagem. “Isso não está funcionando como deveria”. Paul respondeu quase imediatamente “Ocupado? Quer vir até aqui jogar um pouco?”. Ele teve que rir. E Kate queria culpa-lo por Paul estar gostando do jogo. Ele precisava de uma distração, não? A escrita estava adiantada então não faria mal. Lily. Sua mãe estava em casa, podia olhar a menina. Beckett deveria voltar do distrito apenas cinco horas. Podia jogar um pouco. Respondeu a Paul com um sim. 
— Mãe! Cade você? Mãe? 
— O que foi, kiddo? 
— Eu preciso sair por umas duas horas! Será que pode tomar conta da Lily? Se não puder, vou leva-la comigo. 
— Se você não for demorar, não vejo problema. Katherine deve estar em casa por volta das cinco - foi apenas após ouvir as palavras da mãe que Castle pensou. Se de repente decidissem fazer algo ou se o jogo tomasse mais tempo. Algo lhe dizia que era melhor levar Lily. 
— Quer saber? Melhor eu leva-la. Um passeio fará bem a minha pequena. Vou arruma-la. 
— E se Katherine chegar e ela não estiver aqui? 
— Não vai acontecer - ele arrumou a menina, pegou a bolsa e o carrinho e saiu. Quinze minutos depois batia na porta de Paul. 
— Hey, Castle… você trouxe a Liily?  
— É, podia ter deixado com a minha mãe, mas pensei que se nos estendermos e… 
— Por acaso ela não precisa de Kate para se alimentar ainda? 
— Nós começamos a dar fórmula para ela em emergências. Temos duas horas para nos divertir. Beckett sai do distrito às cinco, com o trânsito deve chegar no loft depois das cinco e meia. 
— Ótimo. Joh sai às seis do plantão - Castle colocou o carrinho com a filha ao lado do sofá. 
— Então, o que vamos jogar? 
— Call of Duty - eles sentaram no sofá com os controles a postos e começaram a brincadeira. Não sentiram o tempo passar. Quando Lily choramingou, Castle pausou o jogo e foi checar a filha conversando baixinho com ela. Paul foi pegar umas cervejas e reparou no relógio do microondas na cozinha. Quinze para as cinco. Se eles quisessem jogar mais um pouco, ele não teria tempo de fazer o jantar para Johanna. De repente, ele se lembrou o que aconteceu da ultima vez. Suspirou. 
— Acho que teremos que parar, Castle. São quase cinco horas. 
— Ah, não! Agora que estávamos chegando na melhor parte! 
— É, mas se eu não parar e preparar o jantar para Joh nem quero pensar no que pode ocorrer e você não vai querer estar aqui quando isso acontecer. Lily terá que comer em algum momento. 
— Tem razão. Beckett deve estar de saída do distrito - ele olhava para a filha e depois para a tv onde o jogo estava em pausa. Abriu um sorriso - tenho uma ideia. Que tal proporcionar para as nossas garotas uma noite de queijos e vinhos? 
— Joh está esperando um jantar, Castle. 
— Algo similar pode ser arranjado. Tenho o lugar perfeito. Posso ligar e pedir para entregar. Só preciso falar com Beckett antes, contar uma mentira branca sobre o seu convite de hoje. Assim ela vem direto para cá. 
— Tem certeza que isso vai funcionar? 
— Vai, só me deixe agir - ele acionou o nome de Beckett. 
— Hey… estou saindo da delegacia. Está tudo bem? 
— Promete não ficar brava? Eu fiquei tao envolvido com a escrita que esqueci de ligar para voce. Paul nos convidou para uma noite de queijos e vinhos. Ele queria tentar uma coisa nova em vez do jantar para Johanna. Estou ligando para que voce vá direto para o apartamento deles. Eu estou saindo de casa. Lily está comigo. 
— Engraçado, essas coisas sempre partem de Joh. 
— Como disse, ele quer tentar algo novo. Ela está de plantão. Não sabe. 
— Tudo bem, vou mudar meu caminho. Até mais - Beckett desligou achando a historia muito estranha. Castle fez a segunda ligação para encomendar a refeição. Quando Beckett chegou ao apartamento, foi fácil entender o que acontecia. As crianças estavam jogando e pelo jeito a tarde toda. Resolveu não falar nada por enquanto. 
— Olá, Paul. 
— Oi, Kate. Como se sente voltando à ativa? 
— Muito bem. Joh ainda não chegou? 
— O plantão dela acaba as seis - Castle se aproximou com a filha nos braços. Beijou o rosto da esposa. 
— Olha quem chegou, Lily? Estava com saudades da mamãe? Sim, estávamos com muita saudade. Não vai me dar um beijo, amor? - Beckett sacudiu a cabeça e beijou Castle rapidamente nos lábios. 
— Seja bem-vinda, Kate. Se quiser amamentar Lily, por favor fique à vontade. Pode usar nosso quarto. 
— Obrigada, Paul. Vou fazer isso, aposto que você não deu nada para Lily comer. Estou certa, Castle? 
— Está. Mamãe deu um suco de maçã umas quatro horas, mas ela deve estar louca por um leitinho. 
— Bem, se vocês me dão licença, eu e Lily temos que colocar as fofocas em dia - Kate seguiu para o quarto. Sentada na cama, Beckett abriu a blusa liberando o seio. Ajeitando a filha nos braços, ela viu Lily abocanhar ávida em busca de leite. Sorriu - ah, Lily! Seu pai pensa que me engana. Sei que tem dedo dele por trás dessa reunião. Se você pudesse falar, me contaria tudo. Não se preocupe, bebê. Eu vou descobrir. Deve estar bem adiantado na escrita. A quem quero enganar? Ele está com a criatividade a mil ultimamente. Só que ele não tinha como saber que era o dia de folga do Paul, o que quer dizer que Paul pode ter o contatado. A armação pode ser dos dois. Interessante… - Beckett suspirou - mamãe estava com saudades - beijou a cabecinha da filha. Ao terminar, Kate deixou Lily no carrinho e foi ao banheiro. Lavou o rosto, as mãos e decidiu que estava na hora de aproveitar a noite. 
Chegando na sala, encontrou Castle jogando e Paul prestando o máximo de atenção no que seu marido fazia. Ela pigarreou para chamar a atenção dos dois. Na mesma hora, Castle deu pausa no jogo. 
— Ela está satisfeita? 
— Está quase dormindo no carrinho, mas você nem reparou que a coloquei aqui, né? - ele ia tentar justificar, porém apenas abriu e fechou a boca sem emitir um único som. Resolveu mudar de tática. 
— Quer vinho, amor? Branco ou tinto? 
— Vou começar com o branco - Castle a serviu e Paul resolveu ir para a cozinha arrumar as tábuas de queijos e frios que Castle encomendara e recebera enquanto Kate estava amamentando. Ele desembalou tendo o cuidado de não deixar qualquer pedaço da embalagem visível porque do jeito que Kate era, capaz de conhecer a empresa e não duvidava que ela estivesse desconfiada dessa ideia como um todo. Paul trouxe a bandeja com os petiscos e uma cestinha com torradas e fatias de pão italiano. Estavam degustando os vinhos sentados no sofá entrou em casa tirando o casaco e falando. 
— Moreno, que dia! Um idiota fez um estrago na ponte do Brooklin. Dez feridos, três em estado grave - ela tirava as botas - estou louca para comer e por uma taça de vinho. Não vou reclamar se quiser abusar de mim hoje e… - ela finalmente se virou percebendo que não estavam sozinhos - wow! Isso é uma surpresa. Vieram nos visitar? 
— Na verdade, Paul nos convidou - disse Castle antes que Beckett se manifestasse. 
— Você os convidou? Isso é novo! Meio inesperado, eu diria… - Kate trocou um olhar com a amiga. 
— É, eu vim direto da delegacia. Olha, se você quiser descansar e ficar com o seu “moreno” para fazer o que tem em mente, nós vamos embora. 
— Não, Kate. Tudo bem. Vai ser bom conversar sobre assuntos diferentes depois do dia agitado que tive. Eu e Paul íamos acabar discutindo os casos provenientes do acidente. O que estão comendo? - Paul rapidamente já entregara uma taça de vinho tinto para a namorada. 
— Queijos diversos e frios - disse Kate. 
— Obrigada, moreno. Mas me conte como teve essa ideia? Muito boa por sinal - ela olhou para a amiga sinalizando que um possível interrogatório ia começar. 
— Eu estava querendo fazer algo diferente hoje para o nosso jantar. Então olhei a geladeira e nada parecia interessante. Pensei em delivery ai lembrei da nossa viagem de Paris. Nice, queijos e vinhos. Como a quantidade era grande eu pensei… não, sinto muito. Eu não posso! Não foi isso que aconteceu. Eu e Castle estávamos jogando. É tudo por causa do videogame - Johanna e Kate se entreolharam. 
— Videogame, agora isso está começando a fazer sentido - Beckett cruzou os braços. A pose de detetive era clara para Castle. Ela não ia deixar barato. De fato, o fuzilou com um de seus olhares, mas foi Johanna quem fez a próxima pergunta capciosa. 
— Estão jogando desde que horas? 
— Um pouco antes das três… - respondeu Paul. 
— Interessante. Pessoas normais jogariam por duas horas. Você teria tempo de fazer o jantar, mas não foi o que aconteceu. A historia se repetiu. Estou certa, Paul? 
— Não foi como da outra vez. Demos uma pausa e falei do jantar. Castle estava preocupado com Lily que precisava comer, então… - Beckett o interrompeu. 
— Então ele o induziu a pedir delivery, inventar essa reunião para que eu viesse alimentar Lily e vocês pudessem jogar mais um pouco, despreocupados. Matando dois coelhos com uma cajadada. Muito apropriado… 
— Hey! Em minha defesa, eu estava no meu escritório escrevendo concentrado. Tinha terminado um capitulo e decidi ir à cozinha pegar sorvete, fazer uma pausa. Minha mãe reclamou que não conseguia acessar a tv. Foi quando vi a mensagem de Paul no PS4. Eu respondi, joguei um pouco online e ele me chamou para vir aqui. Queria umas dicas. 
— E você prontamente pegou sua filha e correu porque não pode dispensar o videogame, não Castle? 
— Por que eu sinto como se estivesse em uma das salas de interrogatório do 12th? De repente, isso virou um interrogatório. Será que preciso chamar meu advogado, capitã Beckett? - ele ironizou. Nesse instante, Paul interviu. 
— Olha, Kate. É tudo minha culpa. Castle está dizendo a verdade. Fui eu quem o contatou e convidou-o para vir aqui. Se não há jantar, não foi por causa dele. Eu achei que seria mais fácil se pedíssemos alguma coisa porque teria mais tempo para observa-lo jogando, tirar umas dúvidas. Ele é inocente nessa historia e Joh? Eu prometi que não mentiria mais para você sobre esse assunto ou qualquer outro. 
Beckett olhou para o marido que estava com a cara agoniada típica de quando ele aprontava, depois fitou Paul. Seus instintos de policial não a enganavam, ela sabia pelo semblante dele que estava dizendo a verdade. Por ultimo, ela olhou para a amiga e comentou. 
— Quem diria! Achei que não ia viver para ver essa cena, Joh. Paul está defendendo Castle? Eu escutei direito? 
— É, parece que sim. 
— Acho que nós perdemos o momento em que eles se tornaram melhores amigos, encobrindo um ao outro. Estou realmente impressionada. Será que esse bromance vai superar nossa amizade? 
— Kate Beckett! Você está nos zoando? Tirando uma com a nossa cara! Paul falou a verdade aqui, abriu o seu coração - Beckett gargalhou e fez um high five com Johanna - que coisa feia, uma capitã da NYPD com essa atitude… você foi maldosa, Beckett. Realmente má. 
— Deixa de drama, Castle! Vai buscar mais vinho… não melhor eu vou. 
— Olha só, Paul. Viu como elas nos tratam? - Johanna ria. Olhando para Beckett, perguntou. 
— Posso? 
— Vá em frente. 
— Cala a boca, Castle - elas riam. Johanna foi até o namorado e deu um beijo nos lábios - tudo bem, moreno. Obrigada por dizer a verdade. Kate, me espere. Eu também quero mais vinho - elas seguiram para a cozinha. Sozinhas continuaram a conversar - você acredita nesses dois? Não esperava mesmo ver Paul defendendo Castle. 
— Isso é um bom sinal. A cara do Castle foi impagável. 
— Parabéns pelo interrogatório. Foi bem divertido. 
— É, foi mesmo. Eu sinto falta disso. Especialmente com ele, como parceiro. O lance de ser vitima é um bom role play para provoca-lo. 
— Agora eu preciso é comer. O que você está fazendo? - ela viu a amiga zanzar pela cozinha. Beckett achou mais duas garrafas de vinho e abriu a geladeira para se certificar de que não havia alguma aberta e deparou-se com um dos pratos de queijo de uma rotisserie que ela estava mais do que familiarizada. Uma de suas preferidas. Castle sempre encomendava coisas de lá. 
— Eu sabia. Nada de Nice… 
— O que foi? 
— Só mais uma prova do crime desses dois. A ideia de queijos e vinhos. Foi Castle. Nós usamos muito essa rotisserie. Joh, será que criamos um monstro? 
— É bom ver os dois se entendendo. Eu gosto. 
— Eu também, mas não vou perder a chance de zoar só mais um pouquinho. Vai me acompanhar? 
— Claro! - elas voltaram para sala com mais duas garrafas de vinho e sentaram-se ao lado de seus respectivos pares. Bebericavam o vinho e Johanna se esbaldava comendo os diferentes queijos. Beckett achou o momento apropriado para colocar os dois na fogueira outra vez. 
— Nossa, a qualidade desses queijos é incrível. Onde você os comprou, Paul? - viu o rosto do médico enrubescer na hora. Droga! Por que ele não prestara atenção no nome do lugar? 
— Er… e-eu acho que se chama… é… - ele tentou olhar para Castle, mas Beckett o interrompeu. 
— Você não sabe porque foi Castle quem pediu o delivery. Você ao menos sugeriu? O lance de Nice? Ou a ideia… 
— Foi Castle. Tem razão. 
— Você podia ter decorado o nome da rotisserie, não Paul? - elas riram. 
— Castle, eu conheço você muito bem. Eu já sabia que a ideia tinha sido sua porque quando me ligou eu já estava na metade do caminho. Qualquer outra comida com o transito na hora do rush chegaria bem depois de Johanna. Tinha que ser algo prático e a rotisserie fica a dois quarteirões daqui. É, bastou eu ir na cozinha. 
— Às vezes esqueço que casei com a melhor investigadora da NYPD… - Castle resmungou - foi mal, Paul. 
— Ah, Joh! Olha para eles. O que não fazem por um videogame - ela beijou o rosto de Castle - e você não devia esquecer que sou a melhor - beijou os lábios dele - Nossos maridos são duas crianças grandes. 
— Hey! Eu não sou casada… - disse Johanna na defensiva. 
— Potato… po-ta-to… - Beckett respondeu a ela, provocando. Castle entrou na brincadeira. 
— É, só porque você insiste no papel de namorada. Já tem o pretendente, o anel, o apartamento… - foi a vez de Paul ficar vermelho, mas encarou a namorada. 
— Não me olha assim, Paul. Eu não fiz nada de errado e… 
— Você quer continuar a conversa, Johanna? Tem certeza? - Castle instigou mais um pouco. 
— E-eu, vocês… é complicado. E, quer parar de me olhar assim? - Paul não aguentou e riu. 
— Você fica linda nervosa - Beckett tentava segurar o riso, mas não conseguiu. Mesmo assim, socorreu a amiga. 
— Vamos mudar de assunto, para o bem de Johanna. Ela já teve um dia muito agitado hoje. 
— Obrigada, Kate - Paul aproveitou o momento para beijar a namorada. Eles continuaram a conversa em um rumo completamente diferente. Beckett comentou sobre a volta ao trabalho e da boa descoberta que fizera sobre seu substituto. Ele era tão bom que ela estava pensando que fazer uma viagem de férias ou dar uma escapada seria bem mais fácil agora com Ryan para cobri-la no distrito. 
— Quem sabe não vamos a Paris? 
— Essa não é uma má ideia. Viagem de casais - disse Castle - podemos pensar no futuro. Vocês pretendem passar o natal com Audrey? Em Paris? 
— Ainda não sabemos. Sequer pensamos sobre isso. Eu não teria nenhum problema em ir. Você, moreno? 
— Não, a ideia me agrada. Eu geralmente trabalho no natal. Seria uma primeira vez, não trabalhar nessa época. 
— Eu espero que Alexis possa vir para Nova York. Quero celebrar um natal em familia. É o primeiro de Lily. E se não tiverem planos estão antecipadamente convidados para o natal dos Castles. 
— Preparem-se, é intenso. Eu aprendi a apreciar a data depois que ficamos juntos. E sobre Alexis? Eu acho que ela virá, babe. Chame de instinto - eles conversaram mais um pouco e se despediram agradecendo pela noite prazerosa. Castle aproveitou que estava na frente das duas e comentou que esperava o próximo convite de Paul para jogarem - desde que seja na folga do Paul e que você não o impeça de fazer o jantar para Joh - ela piscou para a amiga. 
Chegando em casa, Lily chorou querendo comer. Beckett a levou para o quarto e a alimentou. Ao terminar, seguiu para o banheiro e depois de um banho quente, ela se enrolou debaixo das cobertas, enrolando-se no corpo do marido. Estava quase cochilando quando ele perguntou. 
— Beckett, voce não está com raiva pelo que aconteceu hoje. Está? O lance do jogo e eu sei… - ela colocou o indicador nos lábios dele. Apoiando seu queixo no peito dele, sorriu e respondeu. 
— Claro que não, babe. Está tudo bem. Por que acha que eu estou com raiva? 
— Sei lá, você pegou pesado naquele interrogatório e não pareceu muito contente quando Paul me defendeu - ela riu. 
— Que bobagem, Castle. Na verdade, eu cheguei a comentar com Johanna. Eu gostei de interroga-lo. Eu me lembrei como nós éramos, trabalhando juntos há anos atrás, implicando e provocando. Eu sinto falta disso. 
— Eu também. Adorava ver você revirando os olhos e morrendo de ciúmes sem dar o braço a torcer - ela beliscou a barriga dele - ouch! Disso eu não sinto muita falta, a violência. 
— Faz parte do pacote, bobo. Ou deveria dizer, escritor charmoso e bonitão? 
— Alguém sempre prestou atenção nas supostas bobagens que eu falava… apesar de que o que você falou são duas verdades. Eu sou muito charmoso e bonitão… foi o que fez voce se apaixonar por mim.
— Convencido! - mas sorveu os lábios do marido com vontade. Ele a colocou contra o colchão e deixou as mãos vagarem pelo seu corpo - eu devia puni-lo pelo lance do videogame… sem sexo - ele roçou o lábios sobre um de seus mamilos instigando mesmo com o tecido da blusa que ela vestia - awww Cas, droga… a carne é fraca - disse empurrando a cabeça do marido em direção ao centro das pernas. O sono seria adiado por alguns bons minutos. 

XXXXXX

Às vésperas da sua reunião com Gates, Beckett estava bastante ocupada com a leitura dos relatórios dos últimos casos e seus resultados. Ela precisava revisa-los para incluir no número desse mês, não que estivesse precisando aumentar o percentual do distrito nesse mês, porém era interessante mostrar algo mais para a capitã. 
Ela estava com os olhos ardendo. Esticou a mão para pegar sua caneca em busca de café, porém ao leva-la aos lábios percebeu que não tinha nenhum liquido ali. Deixando a caneca de lado, ela esfregou os olhos e checou as horas no computador. 
— Duas da tarde? Onde o tempo foi? - ela esqueceu totalmente de parar para almoçar o que significava que sua filha estava com fome. Não sabia se Castle teria feito uma mamadeira de fórmula. Teria que ligar para checar e manda-lo fazer isso. Infelizmente, ela precisava aceitar o fato de que cada vez mais ela teria que diminuir a freqüência de amamentação de Lily. Pelo menos ela estava começando a comer coisas diferentes. Charlotte introduziu frutas, verduras e diferentes sucos. Pegou o celular, mas mal desbloqueara quando o marido apareceu na sua frente carregando a filha no canguru e um saco em uma das mãos. 
— Olá, capitã. 
— Castle, o que faz aqui? 
— Bem, eu sei que você estaria muito ocupada trabalhando nos seus papéis maçantes e provavelmente perderia a noção do tempo, não almoçaria ou estaria praticamente morrendo de tédio. Então, eu e Lily tivemos uma conversa e decidimos vir visita-la. Assim, minha Lily pode se alimentar com um leitinho e damos tempo para a mamãe relaxar um pouco curtindo a filhota. Como bonus, eu trouxe seu almoço. Não se preocupe, salada e salmão. Bem natureba, do jeito que você gosta. 
— Ah, babe… - ela se levantou pegando a filha do canguru. Inclinou-se para beija-lo nos lábios - obrigada. Eu vou gostar de um tempinho com a minha princesa. Foi só por isso que você veio? 
— Precisa de outro motivo? - ela acariciou a gola da camisa dele. 
— Por que eu o conheço muito bem? O que foi, Castle? 
— Eu apenas precisava de uma pausa. Descansar minha cabeça. 
— Castle, você está começando a ter problemas para escrever? Bloqueio, talvez? 
— Você me conhece até demais. Não é bloqueio. Eu estou muito focado nos meus livros. Escrevo nem sem quantas palavras ao dia sobre Loksat e termos médicos. Eu só preciso de uma distração - ao vê-la erguer a sobrancelha, ele se rendeu - tudo bem, eu preciso de um homicídio. Um caso interessante para investigar. Irá clarear minha mente, ver sangue, interrogar suspeitos, visitar cenas de crime… isso ajuda na escrita. Claro que preferiria investigar algo com você, mas sei que está ocupada e não faz isso com tanta freqüência nesses dias… será que posso? Voce tem algum caso para mim? 
— Temos alguns em andamento. Terá que falar com Ryan, mas se você vai investigar com os rapazes, como fica Lily? Você sabe que não posso ficar com ela na minha sala, tenho muito a fazer e… 
— Relaxe, Beckett. Uma coisa por vez. Primeiro, foque em curtir sua filha e alimenta-la enquanto eu falo com Ryan. Prometo que se tiver um caso que me interesse, eu pego a Lily e levo-a para casa. Minha mãe pode ficar com ela. Eu volto e investigo com os rapazes e por favor, não se esqueça de se alimentar também. Eu vou deixa-la à sós com Lily. Não precisa presa, capitã. Aproveite a companhia de sua filha - ele fechou a porta atrás de si. Rindo, ela fez carinho na filha. 
— Esse seu pai não existe, Lily. Quer apostar que ele vai voltar nessa sala dizendo que Ryan precisa urgentemente da ajuda dele? É, será exatamente o que ele fará - Beckett não estava errada, vinte minutos depois ele adentra sua sala dizendo o quanto Ryan precisava dele naquele momento. 

— Despeça-se da sua filha, pois ela vai para casa. Daddy tem que trabalhar com o tio Kevin para pegar bandidos - Sorrindo, ela cheirou a cabecinha da menina, beijou-a se despediu da filha sussurrando “viu, o que eu disse, Lily?” e deixou o marido ir finalmente provando o salmão que ele trouxera. 


Continua...

5 comentários:

rita disse...

Estou amando! Como sempre suas fics são excelente. Abraços da amiga.

Gessica Nascimento disse...

Muito bom!
Capítulo mais que perfeito, com selo de garantia, satisfação compl!❤❤❤

cleotavares disse...

Nossa capitã está de volta. Ai gente! é desse modelo, a volta ao trabalho, depois da licença maternidade. Ainda bem que a Kate tem o Castle e a Martha.
E o Paul? Estou gostando dessa versão "menino" que o Castle está transformando-o.
Como pode o Castle achar que engana a Kate, kkkkk Nunquinha.

Unknown disse...

Excelente fins ,cada dia melhor e você sempre arrasando parabéns Karen

Vanessa disse...

Wow,ela ja está voltando para o distrito? O tempo passou rapido.
A preocupação dela com Lily, ou melhor dela longe da pequena nesse periodo. Castle acalmando ela.
"Sempre terei tempo para voce" (corações)
Martha toda animada em cuidar da neta. Kate saindo suspirando foi fofo.
Vamos ao Distrito.
Bem vinda a sua segunda casa, Capitã.
Como não amar Ryan? Ele dando orgulho na função dela, todo fofo, dizendo que sentiu falta dela, incluindo Castle genuinamente na equipe e ainda perguntando da pequena.
Ryan querendo passar o bastão e todo socilicito. Adorei que ele não mexeu na sala dela. Exercendo a função mas respeitando o espaço dela. Apenas a foto da familia dele, para inspirar.
Ja adorei Castle querendo tirar foto de Lily para colocar la.
Castle impressionado com o trabalho de Ryan e Kate dizendo sabia que ele faria um bom trabalho, mas que ele a surpreendeu. A capitã ja ta pensando em viajar e deixar o substituto ahahaha
Hora do almoço e hora de ver a filhota. Castle agradando a sua garota com comida. Essa provocação dos dois me mata hahaha
Hora de voltar ao trabalho. Adorei o discurso dela, elogiando Ryan e a equipe.
Se adaptando a nova rotina, deve ser maravilhoso para ela chegar em casa e encontrar seus dois amores.
E o marido ainda vai preparar o jantar.
Castle vai encontrar com Joh e levar Lily. To rindo do cuidado de Joh em consultar a mamae badass hahahah
Martha toda vovozona cuidando da neta e Castle admirando a cena, claro que tinha que perturbar a mae hahaha
Esse lance de jogo não vai prestar hahahah
Kate ja sacou o lance dos queijos e o convite de Paul. Castle tentando se fazer de inocente não combina. hahaha
Joh chegou com tudo hahaha Ele poderia ao menos ter avisado ela ne.
Paul não consegue mentir, eu não sei se isso é bom ou não pra ele. hahaha
Que interrogatório hahaha
Castle jogando Paul na fogueira e o moreno defendendo o escritor hahaha. Melhores amigos, eu to rolando de rir hahaha
Bromance hahaha
Essas duas são maravilhosas hahaha
Gente a capitã não tem limites, mais descobertas hahaha
"As vezes esqueço que casei com a melhor investigadora da NYPD" hahaha
E agora sobrou para Johanna. "Não me olha assim moreno" hahaha
Aceita logo Joh, vão para Vegas, só um papel. Eles ja estão casados hahahah
E ja está rolando planos de viagem de casais e até natal dos Castles.
De volta pra casa, mais precisamente aconchegados na cama e Castle preocupado que Beckett está brava com ele.
E tudo termina bem hahaha
Acho que punir ele não é uma boa, pq vai estar sendo punida tb. Melhor a carne ser fraca ne hahahaha
A capitã ja ta ralando com esses relatórios e coisas burocráticas. Castle é um lindo, percebeu que a esposa não foi almoçar e foi ate o distrito com a pequena. Assim Lily se alimenta e aproveita a mamae e Kate faz uma pausa para ficar com a filha e comer.
Claro que ele tb uniu o interesse dele em investigar um homicídio tb hahah
Beckett conhece bem o marido. hahaha Vai aprendendo Lily hahaha